Notícia
Emissões de gases na produção de energia caem para níveis recorde em 2023
"As contas revelam um recorde muito significativo, da ordem de 3,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o valor mais baixo pelo menos desde 1990, o primeiro ano em que Portugal reportou as emissões de gases com efeito de estufa", diz a associação Zero.
09 de Janeiro de 2024 às 09:33
Portugal alcançou em 2023 um recorde de produção de energia renovável, o que permitiu reduzir as emissões de gases poluentes na produção de eletricidade para o nível mais baixo de que há registo, anunciou esta terça-feira a Zero.
Depois de a empresa Redes Energéticas Nacionais (REN) ter anunciado que o país bateu o recorde de produção de energia de fontes renováveis em 2023, a associação ambientalista Zero salienta hoje em comunicado que nesse ano se bateram três recordes na área da energia: mais produção de renovável, mais dias seguidos só com renovável e menores emissões de sempre. E diz que o setor da energia já não é o principal responsável pelas emissões em Portugal.
Na sequência do anúncio da REN, de que a produção renovável abasteceu 61% do consumo de energia elétrica em Portugal no ano passado, o valor mais elevado de sempre, a Zero estimou as emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás responsável pelo aquecimento global.
"As contas revelam um recorde muito significativo, da ordem de 3,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o valor mais baixo pelo menos desde 1990, o primeiro ano em que Portugal reportou as emissões de gases com efeito de estufa", diz a associação.
Em 2022, as emissões de CO2 tinham sido de 6,1 milhões de toneladas.
Além dos dois recordes, a Zero especifica outro: durante seis dias seguidos, entre 31 de outubro e 06 de novembro, o consumo do país foi assegurado por eletricidade exclusivamente renovável.
Para se chegar a estes números, lembra a associação, encerraram as duas centrais termoelétricas de carvão, que com as centrais a gás natural produziam anualmente entre nove e 17 milhões de toneladas de CO2.
Chegou-se assim a 2020 com 6,6 milhões de toneladas de emissões e a 2021 com 4,6 milhões.
Em 2022, devido à seca, os valores voltaram a subir, para 6,1 milhões, mas no ano passado, com o aumento da energia solar e da produção hidroelétrica, as emissões voltaram a baixar.
"As emissões são agora provenientes da operação das quatro centrais de ciclo combinado a gás natural de Lares, Pego, Ribatejo e Tapada do Outeiro, cujo decréscimo de produção entre 2022 e 2023 foi de 43 por cento", explicam os ambientalistas.
A Zero conclui assim que o setor da energia deixa de ser o principal responsável pelas emissões, passando o pódio para o transporte rodoviário como o principal responsável por emissões de CO2 em Portugal.
No comunicado, a Zero alerta ainda para a necessidade de políticas fortes nas áreas da eficiência energética e da redução do consumo, questiona a necessidade de manter a central a gás natural da Tapada do Outeiro após o fim do contrato de aquisição de energia (em março), e pede rapidez nos investimentos nas redes de transportes e distribuição de energia elétrica, para suportarem mais produção de eletricidade de fontes renováveis.
Além de se desenvolverem as infraestruturas de armazenamento, é importante também acelerar na produção de energia renovável, sempre ouvindo as populações e com decisões transparentes, alerta ainda a Zero.
Depois de a empresa Redes Energéticas Nacionais (REN) ter anunciado que o país bateu o recorde de produção de energia de fontes renováveis em 2023, a associação ambientalista Zero salienta hoje em comunicado que nesse ano se bateram três recordes na área da energia: mais produção de renovável, mais dias seguidos só com renovável e menores emissões de sempre. E diz que o setor da energia já não é o principal responsável pelas emissões em Portugal.
"As contas revelam um recorde muito significativo, da ordem de 3,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o valor mais baixo pelo menos desde 1990, o primeiro ano em que Portugal reportou as emissões de gases com efeito de estufa", diz a associação.
Em 2022, as emissões de CO2 tinham sido de 6,1 milhões de toneladas.
Além dos dois recordes, a Zero especifica outro: durante seis dias seguidos, entre 31 de outubro e 06 de novembro, o consumo do país foi assegurado por eletricidade exclusivamente renovável.
Para se chegar a estes números, lembra a associação, encerraram as duas centrais termoelétricas de carvão, que com as centrais a gás natural produziam anualmente entre nove e 17 milhões de toneladas de CO2.
Chegou-se assim a 2020 com 6,6 milhões de toneladas de emissões e a 2021 com 4,6 milhões.
Em 2022, devido à seca, os valores voltaram a subir, para 6,1 milhões, mas no ano passado, com o aumento da energia solar e da produção hidroelétrica, as emissões voltaram a baixar.
"As emissões são agora provenientes da operação das quatro centrais de ciclo combinado a gás natural de Lares, Pego, Ribatejo e Tapada do Outeiro, cujo decréscimo de produção entre 2022 e 2023 foi de 43 por cento", explicam os ambientalistas.
A Zero conclui assim que o setor da energia deixa de ser o principal responsável pelas emissões, passando o pódio para o transporte rodoviário como o principal responsável por emissões de CO2 em Portugal.
No comunicado, a Zero alerta ainda para a necessidade de políticas fortes nas áreas da eficiência energética e da redução do consumo, questiona a necessidade de manter a central a gás natural da Tapada do Outeiro após o fim do contrato de aquisição de energia (em março), e pede rapidez nos investimentos nas redes de transportes e distribuição de energia elétrica, para suportarem mais produção de eletricidade de fontes renováveis.
Além de se desenvolverem as infraestruturas de armazenamento, é importante também acelerar na produção de energia renovável, sempre ouvindo as populações e com decisões transparentes, alerta ainda a Zero.