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Economistas apontam para crescimento entre 1,5% e 2% em 2015 (cor.)

Os especialistas que contribuem para a Reacção dos Economistas do Massa Monetária destacam o desempenho do investimento no primeiro trimestre e apontam para um crescimento anual da economia na casa dos 1,5% a 2%.

Krisztian Bocsi / Bloomberg
29 de Maio de 2015 às 17:48
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O desempenho do investimento foi a evolução mais positiva da economia nacional nos primeiros três meses do ano, com o PIB a crescer 1,5%, alicerçado no consumo e no investimento, e sem implicar uma degradação da situação externa. Estes são destaques das análises da equipa de economistas da Universidade Católica, de Filipe Garcia da IMF, e de Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, três dos especialistas que contribuem para a Reacção dos Economistas do Massa Monetária, um blogue do Negócios. As previsões de crescimento para o ano estão agora entre 1,5% e 2%.

 

"O resultado mais promissor está associado ao investimento (FBCF) que evoluiu bastante acima da sua dinâmica recente, com um expressivo crescimento, quer em cadeia (2,9%), quer em termos homólogos (8,5%) que alcançou o valor máximo desde o final de 1998" lê-se na análise do NECEP, da Universidade Católica, que destaca ainda que "o saldo da balança de bens e serviços alcançou um novo máximo histórico (cerca de 500 milhões de euros), o que equivale a 1,1% do PIB (também o máximo histórico) tal como no primeiro e quarto trimestre de 2013".

 

Paula Carvalho, do BPI, também destaca "o andamento e recuperação do investimento, extensível a todos os segmentos", que classifica como "evolução é muito positiva" e à semelhança da equipa da Católica assinala " a robustez do consumo privado, que possivelmente crescerá de novo em terno de 2% este ano", destacando que "esta evolução ocorre em simultâneo com a manutenção da tendência de queda dos níveis de endividamento das famílias, pelo que não constitui sinal de formação de desequilíbrios mas sim reposição dos níveis de consumo num patamar superior, em linha com o andamento do rendimento disponível das famílias".

 

Filipe Garcia, da IMF, analisa que "a economia portuguesa, apesar de estar a crescer "pouco", está a evoluir de forma consistente" e sublinha que o "INE dá ênfase ao consumo privado como motor do crescimento em termos homólogos, mas pensamos que não se deve menosprezar o comportamento do sector exportador".

 

O NECEP, que só publicará uma nova previsão em Julho, apontou para um crescimento em 2015 na casa dos 2,2% um valor que já este mês admitiu "rever em ligeira baixa", ainda que condicional à evolução da economia no segundo trimestre. O BPI, por seu lado, mantém a previsão de 1,8% para o avanço do produto em 2015, a IMF- Mercados Financeiros aponta para 1,5% em linha com o FMI, e o Montepio espera um crescimento de 1,7%. 

 

Pode ler aqui as análises completas.

 

 

Corrigido e actualizado às 19:40: Por lapso, escreveu-se numa versão inicial que o NECEP apontava para um crescimento anual da economia portuguesa entre 1,6% e 2,4%, com um ponto médio de 2%, o que configurava uma revisão em baixa da sua anterior previsão de crescimento (2,2%). O que o NECEP de facto estima é que "o crescimento tendencial actual do PIB" esteja compreendido entre esses valores, como se pode ler no Massa Monetária. Em Abril, o NECEP apontou para uma previsão de crescimento de 2,2% do PIB em 2015, um valor que, no arranque de Maio, admitiu "rever em ligeira baixa". A próxima previsão do NECEP será feita apenas em Julho.

 

Notícia actualizada com previsão do Montepio.

 

 

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