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Economia paralela deve valer 17% do PIB, metade do considerado pelo Chega

Principal referência internacional estima que a economia paralela em Portugal deve valer 17% do PIB, metade do considerado pelo Chega. Economistas avisam que usar estes supostos fundos é pouco fiável para financiar medidas de grande impacto orçamental.

Graças ao setor bancário, o crescimento dos dividendos na Europa ultrapassou qualquer outra região.
Thierry Roge/Reuters
28 de Fevereiro de 2024 às 08:56
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A economia paralela em Portugal está a descer há duas décadas e chegou, no ano passado, aos 17% do PIB, ou cerca de 44 mil milhões de euros - um valor que é praticamente metade do que é calculado pelo Chega, escreve, nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, o jornal Público

Recorde-se que, para financiar o seu programa eleitoral, que prevê cortes de impostos e aumento das despesas elevados, o partido populista de extrema-direita pretende acabar com a economia paralela em seis anos. O Chega usa um estudo da faculdade de Economia do Porto que calcula que a economia paralela vale cerca de 34% do PIB - ou cerca de 89 mil milhões de euros. 

No entanto, pela própria natureza da economia paralela, as estimativas diferem e são pouco fiáveis. Há um economista com reputação internacional - e que tem sido a principal referência nestas estimativas - que é citado pelo Público e que coloca o valor da economia paralela em Portugal bem abaixo do Chega. Segundo Friedrich Schneider, economia informal em Portugal corresponde a 17% do PIB, cerca de 44 mil milhões de euros. 

Além disso, o economista austríaco destacou que a economia paralela está a descer há duas decádas em Portugal e que há um limiar a partir do qual não parece ser possível reduzi-la mais - e que no caso português poderá rondar os 10%.
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