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Economia italiana só vai recuperar da pandemia no final de 2022

A Confindustria prevê uma "recuperação gradual" do produto interno bruto (PIB) italiano a partir do segundo semestre deste ano, fixando um aumento de 4,1% em 2021 e de 4,2% no ano seguinte.

EPA
10 de Abril de 2021 às 14:35
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A economia italiana só deverá recuperar do "turbilhão" causado pela pandemia no final de 2022, uma previsão que dependerá da campanha de vacinação no país e na Europa, indicou hoje a Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria).

O centro de estudos daquela associação prevê uma "recuperação gradual" do produto interno bruto (PIB) italiano a partir do segundo semestre deste ano, fixando um aumento de 4,1% em 2021 e de 4,2% no ano seguinte.

Contudo, os economistas da Confindustria não falam em "crescimento", mas estimam que estes dados "preencham o turbilhão aberto em 2020 pela pandemia" causada pelo novo coronavírus.

Estas previsões, sublinham, estão "condicionadas" pela evolução da vacinação em massa em Itália e na Europa, dada a possibilidade de o vírus "estar efetivamente controlado nos próximos meses".

O Comissário Europeu da Economia, Paolo Gentiloni, que assistiu hoje à apresentação do relatório, considerou estes dados "consistentes" com os que estão a ser trabalhados por Bruxelas e que serão apresentados em maio.

Por outro lado, uma "importante contribuição" para esta recuperação será a chegada dos fundos europeus destinados ao país, 209.000 milhões de euros em subvenções e empréstimos.

De facto, sem a ajuda do fundo de recuperação da União Europeia (Próxima Geração UE), a recuperação do PIB italiano seria 0,7% menor em 2021 e 0,6% inferior em 2022, de acordo com o relatório.

Quanto à economia global, a recuperação será "assimétrica" e o seu 'boom' será impulsionado pelos Estados Unidos e pela China. Na Europa, o colapso da economia italiana tem sido "mais forte e a sua recuperação mais lenta do que o esperado".

Esta situação aumentou o fosso com as referidas potências e com os maiores países europeus, como a Alemanha, a Finlândia e os Países Baixos.

A razão fundamental desta "fraqueza" italiana é que um dos setores mais afetados pela crise sanitária tem sido o turismo, que representa 13% do PIB do país e tem sido sobrecarregado por restrições impostas às viagens e à mobilidade.

Uma melhoria da situação global e o aumento da procura ajudariam Itália a aumentar as suas exportações, que caíram 13,8% em 2020, com a eclosão da crise, acrescenta o relatório.

De acordo com as estimativas da Confindustria, Itália aumentará as exportações em 11,4%, ainda este ano, e em 6,8% no próximo ano.
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