Notícia
Dificuldades no crédito atrasam internacionalização das empresas
Os planos de investimento da Sonae para a internacionalização das suas áreas de negócios estão a ser condicionados pelas dificuldades de acesso ao crédito. Segundo o adjunto da comissão executiva do grupo, Paulo Simões, a Sonae tem em vista uma série de projectos internacionais em áreas como a Distribuição e os centros comerciais, "mas é provável que o plano de investimentos se atrase devido às dificuldades de acesso a financiamento".
27 de Novembro de 2008 às 00:01
Os planos de investimento da Sonae para a internacionalização das suas áreas de negócios estão a ser condicionados pelas dificuldades de acesso ao crédito. Segundo o adjunto da comissão executiva do grupo, Paulo Simões, a Sonae tem em vista uma série de projectos internacionais em áreas como a Distribuição e os centros comerciais, "mas é provável que o plano de investimentos se atrase devido às dificuldades de acesso a financiamento".
As explicações do responsável da Sonae ilustram um dos efeitos da actual crise na estratégia das empresas portuguesas e foram avançadas durante a "IV Conferência Risco País" da Coface, que decorreu ontem no Porto. Na sequência das dificuldades sentidas em Portugal, a Coface anunciou que mantém o "rating" A2 para o País, que irá permanecer sob "vigilância negativa".
A instituição francesa considera que "o comportamento das empresas relativamente aos prazos de pagamento não é tão estável como nos países A1", sublinhando o que já tinha afirmado antes - "os atrasos de pagamento em Portugal duplicaram desde o início do ano" e "os processos de insolvência cresceram mais de 40%".
A Coface considera que Portugal está a ser afectado pelo efeito dominó, devido às dificuldades sentidas em Espanha, país particularmente afectado pela crise e alvo de "30% das exportações" portuguesas. O país vizinho registou um aumento de 66% nos incidentes de pagamento desde Janeiro de 2008.
As explicações do responsável da Sonae ilustram um dos efeitos da actual crise na estratégia das empresas portuguesas e foram avançadas durante a "IV Conferência Risco País" da Coface, que decorreu ontem no Porto. Na sequência das dificuldades sentidas em Portugal, a Coface anunciou que mantém o "rating" A2 para o País, que irá permanecer sob "vigilância negativa".
A Coface considera que Portugal está a ser afectado pelo efeito dominó, devido às dificuldades sentidas em Espanha, país particularmente afectado pela crise e alvo de "30% das exportações" portuguesas. O país vizinho registou um aumento de 66% nos incidentes de pagamento desde Janeiro de 2008.