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Detectado primeiro caso de gripe das aves em Itália

As autoridades italianas identificaram o vírus H5N1 da gripe das aves num pato capturado na região de Pádua, segundo fonte oficial citada pela Lusa. O vírus detectado é uma versão pouco patogénica.

10 de Novembro de 2005 às 14:05
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As autoridades italianas identificaram o vírus H5N1 da gripe das aves num pato capturado na região de Pádua, segundo fonte oficial citada pela Lusa. O vírus detectado é uma versão pouco patogénica.

«No quadro do plano de vigilância das aves migratórias implementado pelo Ministério da Saúde, o Centro de Referência Nacional da gripe das aves de Pádua identificou uma amostra, recolhida num pato bravo, que deu resultado positivo ao vírus H5N1», diz um comunicado do Ministério da Saúdem

«As análises mostraram claramente que se trata de um vírus debilmente patogénico, sem qualquer ligação com o vírus identificado na Ásia, mas pelo contrário semelhante do ponto de vista genético aos normalmente presentes nas aves selvagens aquáticas europeias, e portanto sem consequência para a saúde pública», precisa, de acordo com a Lusa.

«Geralmente, cerca de 3 por cento das aves migratórias que migram ou vêm hibernar nas zonas húmidas de Itália são portadoras de vírus com base patogénica do subtipo H5», sublinharam peritos do centro citados pela agência noticiosa italiana Ansa.

«Esse vírus debilmente patogénico nada tem a ver com os que circulam no Extremo Oriente. Há diferenças de genoma muito importantes que fazem com que o vírus divirja profundamente da estirpe perigosa para o homem», explicou Donato Greco, director do Centro para o Controlo das Doenças do Ministério da Saúde, citado pela agência de informação nacional.

Risco diminuiu mas pode aumentar na Primavera

Á parte desta descoberta, a responsável pela agência de prevenção de doenças da União Europeia (UE) admitiu hoje que o risco de gripe das aves na Europa diminuiu, mas advertiu para a possibilidade de uma segunda vaga na Primavera.

«Creio que o vírus foi trazido para a Europa pelas aves migratórias, mas muito provavelmente já foram para longe», afirmou Zsuzsanna Jakab, directora do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças.

«Foi também por isso que a propagação não alastrou» além da Turquia, Roménia, Croácia e Rússia, onde a perigosa estirpe H5N1 da gripe foi identificada em aves mortas.

Mas quando as aves migratórias regressarem, na Primavera, «poderemos sem dúvida esperar de novo o aparecimento do vírus», disse Jakab. «Teremos de estar preparados para uma segunda vaga».

Acrescentou que, embora a preocupação dos europeus com a gripe das aves tenha baixado «para o nível que merece», o continente deve continuar a preparar-se para a eventualidade de uma mutação do vírus que o torne facilmente transmissível entre os seres humanos.

«Temos de estar extremamente vigilantes e continuar os preparativos para uma possível pandemia», concluiu, segundo a Lusa.

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