Notícia
Desvalorização do bolívar provoca descida nos juros das obrigações da Venezuela
O preço das obrigações da Venezuela disparou, depois de Hugo Chávez ter anunciado a desvalorização do bolívar em 50%, com a decisão a levar os investidores a acreditarem que esta medida vai ajudar o país a reduzir o défice.
11 de Janeiro de 2010 às 17:17
O preço das obrigações da Venezuela disparou, depois de Hugo Chávez ter anunciado a desvalorização do bolívar em 50%, com a decisão a levar os investidores a acreditarem que esta medida vai ajudar o país a reduzir o défice.
As obrigações denominadas em dólares, com maturidade em 2027, avançaram 5,55 cêntimos de dólar, para 84,75 cêntimos em Nova Iorque, segundo a Bloomberg que cita dados da JPMorgan Chase. Com a subida do preço, a taxa de retorno das obrigações desceu 0,88 pontos percentuais, para 11,25%. Esta é a menor taxa de retorno desde 2008.
“O anúncio é enormemente positivo para os activos da Vanezuela”, disse o analista do Barclays Capital, Alejandro Grisanti numa nota de investimento citada pela Bloomberg. “É um sinal do presidente Chavez da sua disponibilidade para pagar, ao mesmo tempo que aumenta a sua capacidade de pagar”, o que leva o analista do banco de investimento a manter a sua recomendação de “overweight”, para a dívida pública do país.
A desvalorização vai cortar o défice em metade, dando ao governo mais bolívares por cada dólar de receitas de exportações da petrolífera controlada pelo Estado, Petróleos da Venezuela, disse o analista do RBS Securities, Boris Segura à Bloomberg.
Com esta decisão o défice deve ficar em 3,2% do produto interno bruto da Venezuela, em vez dos 7,4% para que apontava anteriormente a estimativa do RBS.
Ainda assim, Chavez corre o risco de criar uma subida da inflação e da corrupção, segundo disse o líder do Centro do Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard, Ricardo Hausmann, à Bloomberg. Hausmann serviu o governo da Venezuela, na área do planeamento, durante os anos 90.
O país já se debate com inflação galopante, a sua taxa de inflação de 27% ao ano e a mais elevada das economias acompanhadas pela Bloomberg. O actual ministro das Finanças do país, Ali Rodriguez, que apontava para uma taxa de inflação na ordem dos 20% a 22%, já disse que a decisão pode implicar um aumento na ordem dos 5 pontos percentuais.
Para conter a inflação, Chávez ameaçou ontem tomar o controlo de quaisquer negócios comerciais que aumentassem os preços.
As obrigações denominadas em dólares, com maturidade em 2027, avançaram 5,55 cêntimos de dólar, para 84,75 cêntimos em Nova Iorque, segundo a Bloomberg que cita dados da JPMorgan Chase. Com a subida do preço, a taxa de retorno das obrigações desceu 0,88 pontos percentuais, para 11,25%. Esta é a menor taxa de retorno desde 2008.
A desvalorização vai cortar o défice em metade, dando ao governo mais bolívares por cada dólar de receitas de exportações da petrolífera controlada pelo Estado, Petróleos da Venezuela, disse o analista do RBS Securities, Boris Segura à Bloomberg.
Com esta decisão o défice deve ficar em 3,2% do produto interno bruto da Venezuela, em vez dos 7,4% para que apontava anteriormente a estimativa do RBS.
Ainda assim, Chavez corre o risco de criar uma subida da inflação e da corrupção, segundo disse o líder do Centro do Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard, Ricardo Hausmann, à Bloomberg. Hausmann serviu o governo da Venezuela, na área do planeamento, durante os anos 90.
O país já se debate com inflação galopante, a sua taxa de inflação de 27% ao ano e a mais elevada das economias acompanhadas pela Bloomberg. O actual ministro das Finanças do país, Ali Rodriguez, que apontava para uma taxa de inflação na ordem dos 20% a 22%, já disse que a decisão pode implicar um aumento na ordem dos 5 pontos percentuais.
Para conter a inflação, Chávez ameaçou ontem tomar o controlo de quaisquer negócios comerciais que aumentassem os preços.