O défice da balança comercial portuguesa relativamente ao comércio extracomunitário desceu 1% no primeiro trimestre deste ano, beneficiando de um aumento de 16,5% nas exportações, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A balança comercial nacional, referente ao comércio com os países que não integram a União Europeia (EU), registava um saldo negativo de 1,42 mil milhões de euros (284,7 milhões de contos) no final de Março.

As exportações nacionais para os países fora da UE registaram um crescimento homólogo de 16,5% entre Janeiro e Março de 2001, totalizando 1,26 mil milhões de euros (252,7 milhões de contos).

As importações avançaram 6,5% no mesmo período, ascendendo aos 2,68 mil milhões de euros (537,4 milhões de contos), segundo a mesma fonte.

A taxa de cobertura das importações pelas exportações aumentou para os 47%, números que comparam com os 43% registados nos primeiros três meses de 2000.

No final do ano 2000, o défice extracomunitário de Portugal situava-se nos 1,44 mil milhões de euros (290,1 milhões de contos).

Exportações crescem mais de 30% para EUA e Brasil

As exportações para os Estados Unidos aumentaram 31,4% para os 384 milhões de euros (77 milhões de contos), enquanto as vendas de bens e serviços para o Brasil cresceram 34,1%, totalizando 54,9 milhões de euros (11 milhões de contos).

Os principais parceiros comerciais de Portugal, ao nível das exportações, foram os EUA, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e os países integrantes da EFTA, ou Associação Europeia de Comércio Livre, que foram responsáveis por um total de 53,2% das remessas de Portugal para fora da EU, contra os 52,1% verificados no período homólogo.

Em relação às importações, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), EFTA, em conjunto com os EUA e o Japão, foram responsáveis por 55% das compras nacionais de bens e serviços fora do espaço comunitário.

Combustíveis minerais lideram aumento das exportações

Nos primeiros três meses deste ano, os principais produtos exportados foram as máquinas e aparelhos, matérias têxteis, madeira e cortiça, bem como os combustíveis minerais, que foram responsáveis, no seu conjunto, por 51,2% das vendas nacionais para fora da UE.

As exportações de combustíveis minerais registaram um aumento homólogo de 79,8%, enquanto as vendas de máquinas e aparelhos avançaram 31,7% e o segmento da pasta e papel apresentou uma progressão de 42,7%.

Relativamente às importações, as compras de máquinas e aparelhos aumentaram 26% e os equipamentos agrícolas registaram um crescimento de 13,4%, enquanto os veículos e outros materiais de transporte evoluíram em sentido contrário, ao recuar 6,3%. Estes três segmentos representaram 67% das importações nacionais.