O défice do subsector Estado atingiu os 7,01 mil milhões de euros, o que equivale a 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a síntese de execução orçamental divulgada hoje.

O Governo conta agora com as receitas extraordinárias (transferência do fundo dos CTT para a Caixa Geral de Aposentação e a titularização dos créditos fiscais) para trazer o défice para os 4,1% e o défice do Sector Público Administrativo para os 2,9%.

Do lado das receitas, o boletim de execução orçamental destaca a ligeira melhoria das receitas fiscais em 2,9 pontos percentuais face ao valor arrecadado até Setembro.

Apesar disso, nos dez primeiros meses do ano, os impostos renderam aos cofres menos 2,7% do que no ano anterior, o que se explica pela redução de 6,5% dos impostos directos (contra 12,8% no mês anterior) e de 0,2% nos impostos indirectos.

As despesas com pessoal atingiram no final de Outubro 9,77 mil milhões de euros, o que representa um agravamento de 3,9% face à execução do ano anterior. O maior agravamento nesta rubrica veio dos abonos variáveis ou eventuais, de 7,6%, e da Segurança Social, de 10,8%, o que se explica pela corrida dos funcionários às reformas antecipadas.