O défice do Estado atingiu os 8.570,4 milhões de euros, nos primeiros sete meses deste ano, um valor 2,69 vezes superior ao registado no mesmo período do ano passado. As Finanças justificam esta deterioração das contas públicas com a queda de 19% das receitas.

O défice do subsector Estado aumentou de 3.178,4 milhões de euros, nos primeiros sete meses do ano passado, para 8.570,4 milhões de euros, de acordo com o Boletim de Execução Orçamental divulgado hoje.

Apesar do défice do Estado quase triplicar nos primeiros sete meses do ano, o Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, Emanuel do Santos, salientou que “a taxa de crescimento de Junho para Julho abrandou significativamente face ao mês anterior” e justificou a evolução com melhores dados do lado da receita e um “controlo da despesa pública”.

A receita do Estado registou uma queda homóloga de 18,8% para 19.114,6 milhões de euros enquanto a despesa aumentou 3,7% para 27.685 milhões de euros.

Quanto à despesa, o secretário de Estado salienta que cresceu 3,7%, um valor que afasta a necessidade de um orçamento rectificativo, uma vez que no orçamento suplementer a taxa de crescimento implícita para a despesa está na casa dos 6%.