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Custo da Terceira travessia do Tejo pode triplicar

A ponte Chelas-Barreiro, que foi orçada em 600 milhões de euros pelo Governo, pode vir a custar 1,7 mil milhões de euros graças ao projecto de Alta Velocidade e à hipótese desta travessia vir a comportar um tabuleiro para tráfego rodoviário, adianta o "Pú

Negócios negocios@negocios.pt 08 de Novembro de 2006 às 09:06

A ponte Chelas-Barreiro, que foi orçada em 600 milhões de euros pelo Governo, pode vir a custar 1,7 mil milhões de euros graças ao projecto de Alta Velocidade e à hipótese desta travessia vir a comportar um tabuleiro para tráfego rodoviário, adianta o "Público" de hoje citando Carlos Fernandes, administrador da Rave.

Segundo este jornal, o Governo autonomizou 600 milhões de euros do custo da travessia como pertencendo ao projecto de alta velocidade, de modo a obter fundos comunitários para o mesmo, deixando os restantes 600 milhões para a rede convencional.

Assim, mesmo que se opte por não dotar a ponte Chelas-Barreiro de um tabuleiro rodoviário, esta travessia custará 1,2 mil milhões de euros.

Carlos Fernandes, durante o congresso nacional ferroviário, garantiu que esta travessia vai contar com quatro vias - duas para a alta velocidade e duas para as linhas convencionais – o que irá permitir a passagem do TGV para Madrid, suburbanos para Setúbal, intercidades para as regiões do Alentejo e Algarve e ainda mercadorias, adianta o "Público".

O representante do ministro das Obras Públicas no congresso nacional ferroviário, Crisóstomo Teixeira, reconheceu ao jornal que a previsão de 22% de financiamento comunitário presente no projecto de alta velocidade delineado pelo Governo é uma "proposta" até 2013, realçando que o projecto se mantém para além dessa data e que os quadros comunitários de apoio não vão acabar. Crisóstomo Teixeira ainda afirmou ao Público que "as entidades que realizam este projecto têm outras receitas e capacidade de endividamento", isto para o caso do apoio comunitário não se concretizar.

Portugal está a adaptar o seu projecto de alta velocidade aos "requisitos europeus", para poder beneficiar de um apoio comunitário mais alargado, afirmou também Carlos Fernandes.

O administrador da Rave aponta o exemplo da linha Lisboa-Madrid, onde um troço de 170 quilómetros entre Évora e Mérida foi autonomizado para ser considerado transfronteiriço e poder aceder até 30% de financiamento europeu, em vez dos 10% a que teria direito se fosse considerado uma linha transeuropeia.

Outro exemplo é a própria terceira travessia, já que a Comissão Europeia dá prioridade aos projectos que incluam a transposição de obstáculos naturais. Segundo o "Público", o novo regulamento comunitário admite financiar até 50 por cento dos estudos para este tipo de projectos e igual percentagem para a instalação de um sistema de sinalização e controlo de velocidade que permite gerir com segurança o tráfego nas linhas férreas.

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