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Custo da mão de obra em Portugal foi de 16 euros por hora em 2022, metade da média europeia

Em 2022, o custo médio da mão de obra, por hora, foi estimado em 30,5 euros na União Europeia e 34,3 euros na Zona Euro. Aqui ao lado, em Espanha, este valor foi de 23,5 euros por hora, sendo necessário ir até ao leste europeu para encontrar um valor tão ou mais baixo do que o português

Bloomberg
30 de Março de 2023 às 10:47
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De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, em 2022, o custo médio da mão de obra, por hora, foi estimado em 30,5 euros na União Europeia e 34,3 euros na Zona Euro.

Em Portugal, este valor situou-se no ano passado em 16,1 euros por cada hora, praticamente metade da média europeia. Aqui ao lado, em Espanha, o custo da mão de obra foi de 23,5 euros por hora, sendo necessário ir até ao leste europeu para encontrar um valor tão ou mais baixo do que o português

Em 2021, estes custos de trabalho situavam-se nos 29 euros na UE e nos 32,8 euros na Zona Euro. 

No entanto, revela o gabinete de estatísticas de Bruxelas, os custos médios da mão de obra na Europa "escondem diferenças muito significativas entre os diferentes países", com os custos horários mais baixos registados na Bulgária (8,2 euros por hora) e na Roménia (9,5 euros por hora), e os mais elevados no Luxemburgo (50,7 euros), na Dinamarca (46,8 euros) e Bélgica (43,5 euros).

Quanto a setores económicos, o preço da mãos de obra na indústria foi de 30,7 euros por hora na UE e 36,6 euros na área do euro em 2022. Já na construção, estes valores chegaram a 27,3 euros e 30,8 euros, respetivamente.

Nos serviços, os custos por cada hora trabalhada foram de 30,2 euros na UE e 33,3 euros Zona Euro na área do euro. Na economia maioritariamente não empresarial (excluindo administração pública), foram de 31,3 euros e 34,8 euros, respetivamente.

Em 2022, e por comparação com 2021, o custo da mão de obra em toda a economia  aumentaram 5% na UE e 4,7% na Zona Euro. Aqui, os valores aumentaram em todos os Estados-Membros. Os maiores aumentos registaram-se na Lituânia (+13,3%), Irlanda (+9,3%) e Estónia (+9,1%).

Já para os países da UE que estão fora da Zona Euro, o valor da mão de obra (expresso em moeda nacional) também aumentou em 2022 em todos os países, com os maiores aumentos registados na Bulgária (+15,3%), Hungria (+13,9%), Roménia (+12,2%) e Polónia (+11,7%). O aumento menos expressivo foi na Dinamarca (+2,3%).

Além disso, diz o Eurostat, "em 2022, a maioria dos países da UE eliminou gradualmente os regimes de apoio introduzidos em 2020, e alargados em 2021, para aliviar o impacto da pandemia de covid-19 nas empresas e nos trabalhadores. Estes consistiam principalmente em acordos de trabalho de curto prazo e demissões compensadas pelo governo. Esses regimes foram registados como subsídios (ou deduções fiscais), com sinal negativo na componente não salarial dos custos do trabalho. Portanto, a eliminação gradual dos esquemas de apoio relacionados ao covid contribui positivamente para o crescimento dos custos de mão de obra por hora". 

De acordo com o Eurostat, as duas principais componentes do preço da mão de obra por hora são os salários e os custos não salariais (por exemplo, as contribuições sociais dos empregadores). A percentagem dos custos não salariais no total dos custos laborais para o conjunto da economia foi de 24,8% na UE e de 25,5% na Zona Euro em 2022.

As quotas mais baixas dos custos não salariais registaram-se na Lituânia (5,4%) e na Roménia (5,3%) e as mais elevadas em França (32,0%), Suécia (31,9%) e Itália (27,8%).
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