Notícia
Crise no Governo: CGTP lembra que sempre alertou para "risco" de maioria absoluta
A líder da estrutura sindical reagiu esta quinta-feira à crise política vivida pelo Governo no âmbito da saída de Alexandra Reis da TAP.
29 de Dezembro de 2022 às 19:29
A líder da CGTP disse hoje que sempre alertou para "o risco" de uma maioria absoluta, considerando que, neste momento, há "um comportamento que não vem ao encontro das necessidades dos trabalhadores", referindo-se à atual situação política.
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, no âmbito das audiências aos parceiros sociais.
Questionada sobre se a atual crise política relacionada com a TAP, que levou à demissão de três governantes, foi abordada na reunião com o chefe de Estado, Camarinha sublinhou que a intersindical "sempre considerou que as maiorias absolutas não beneficiam a situação dos trabalhadores e da população em geral".
"Não é de agora. Antes das eleições alertámos para este risco que se corria com uma maioria absoluta. Há de facto um comportamento que não vem ao encontro das necessidades dos trabalhadores e das populações e há um conjunto de situações que tem vindo a ocorrer que o Governo terá de resolver", disse a líder sindical.
Porém, acrescentou, "para a CGTP a questão é as opções que o Governo toma, as opções que têm de ser alteradas e a mudança de rumo que é preciso no nosso país".
"O que transmitimos [ao Presidente da República] é que esta maioria absoluta não está a dar resposta aos problemas e às necessidades dos trabalhadores e depois há também alguma falta de rigor nalguns comportamentos que têm consequências a nível do Governo", reforçou Isabel Camarinha.
Para a CGTP, "a questão de fundo não é que mude o ministro A, o secretário de Estado B ou a secretária de Estado C", mas sim "qual é a opção que o Governo faz em relação à situação que estamos a viver", nomeadamente quanto ao aumento do custo de vida e à "degradação das condições dos trabalhadores e da população em geral".
Além da CGTP, o Presidente da República recebeu antes a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), seguindo-se após a intersindical a CIP - Confederação Empresarial de Portugal. Na quarta-feira, o chefe de Estado recebeu no Palácio de Belém a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a UGT.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, demitiu-se na quarta-feira à noite para "assumir a responsabilidade política" do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro.
Esta foi a terceira demissão do Governo em dois dias, depois de Alexandra Reis, da pasta do Tesouro, no centro da polémica com a indemnização, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, que acompanhou a decisão de Pedro Nuno Santos.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, no âmbito das audiências aos parceiros sociais.
"Não é de agora. Antes das eleições alertámos para este risco que se corria com uma maioria absoluta. Há de facto um comportamento que não vem ao encontro das necessidades dos trabalhadores e das populações e há um conjunto de situações que tem vindo a ocorrer que o Governo terá de resolver", disse a líder sindical.
Porém, acrescentou, "para a CGTP a questão é as opções que o Governo toma, as opções que têm de ser alteradas e a mudança de rumo que é preciso no nosso país".
"O que transmitimos [ao Presidente da República] é que esta maioria absoluta não está a dar resposta aos problemas e às necessidades dos trabalhadores e depois há também alguma falta de rigor nalguns comportamentos que têm consequências a nível do Governo", reforçou Isabel Camarinha.
Para a CGTP, "a questão de fundo não é que mude o ministro A, o secretário de Estado B ou a secretária de Estado C", mas sim "qual é a opção que o Governo faz em relação à situação que estamos a viver", nomeadamente quanto ao aumento do custo de vida e à "degradação das condições dos trabalhadores e da população em geral".
Além da CGTP, o Presidente da República recebeu antes a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), seguindo-se após a intersindical a CIP - Confederação Empresarial de Portugal. Na quarta-feira, o chefe de Estado recebeu no Palácio de Belém a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a UGT.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, demitiu-se na quarta-feira à noite para "assumir a responsabilidade política" do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro.
Esta foi a terceira demissão do Governo em dois dias, depois de Alexandra Reis, da pasta do Tesouro, no centro da polémica com a indemnização, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, que acompanhou a decisão de Pedro Nuno Santos.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.