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Costa: Últimos trimestres devem ser vistos como início de “uma década de convergência”

O primeiro-ministro defendeu que o crescimento da economia mostra que Portugal está "no caminho certo". "E quando se está no caminho certo há uma boa coisa a fazer, que é não mudar o caminho", apontou.

Pedro Elias
22 de Setembro de 2017 às 15:56
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O primeiro-ministro António Costa congratulou-se esta sexta-feira, 22 de Setembro, com os números do défice e com a revisão em alta do crescimento do PIB para 3%, no segundo trimestre, dizendo que o país está "no bom caminho".

Questionado sobre a possibilidade de aliviar a trajectória de ajustamento orçamental, o primeiro-ministro sublinhou que os planos do Executivo são "conhecidos" e constam do Programa de Estabilidade.

"Felizmente, quer a economia quer a execução orçamental demonstram que estamos no caminho certo. E quando se está no caminho certo há uma boa coisa a fazer, que é não mudar o caminho", afirmou António Costa, àmargem da reunião do conselho nacional para a economia social.  

O primeiro-ministro acrescentou que "não podemos ter estes últimos trimestres como excepção, mas como regra", como o início de uma "década sustentada de convergência".

Sobre a possibilidade de serem superadas as estimativas do Governo no que respeita ao crescimento económico em 2017, o governante admitiu que "temos sempre a ambição de fazer melhor. "Mas aquilo que temos estado a constatar é que estamos a crescer de forma mais sólida", o que demonstra a forma "prudente" como o Executivo tem feito as suas estimativas e o "rigor" da execução.

CGD no défice "não terá impacto" na apreciação do desempenho orçamental

Fazendo eco das palavras do ministro Mário Centeno, António Costa garantiu que, independentemente da forma como venha a ser classificada a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, isso "não terá impacto na apreciação do desempenho orçamental". 

"Hoje já é claro que não terá impacto na apreciação do desempenho orçamental. Uma coisa é o efeito contabilístico, outra coisa é o juízo para efeitos de défices excessivos", sublinhou o primeiro-ministro, acrescentando que se trata de uma "medida absolutamente excepcional". "E independenetemnte de como venha a ser classificada não terá impacto na avaliação da Comissão Europeia".

O ministro das Finanças já havia garantido esta sexta-feira que o Executivo não está preocupado com uma eventual contabilização da recapitalização da CGD no défice, considerando que, mesmo que isso aconteça, não terá efeitos na avaliação de Bruxelas a Portugal.

"Nós temos uma execução orçamental que está totalmente alinhada com o Orçamento do Estado para 2017 [OE2017], apresentado na Assembleia da República, e com os compromissos internacionais do país. O Governo está e vai cumprir esses objectivos, o que faz com que qualquer impacto eventual, mesmo contrário a anteriores decisões da Comissão, que possa vir a ser registado no défice, seja de natureza temporária", apontou Mário Centeno, em declarações à Lusa.

(Notícia actualizada às 16:22)



 

 

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