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Costa tem "confiança" nas "boas condições" para discutir OE2022

António Costa apresentou na manhã desta quarta-feira os principais pontos do Orçamento do Estado para 2022 aos deputados socialistas. O primeiro-ministro afirma que a proposta apresentada “dá continuidade” às políticas do executivo.

Estela Silva / Lusa
14 de Outubro de 2021 às 12:50
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O primeiro-ministro apresentou esta manhã os principais pontos do Orçamento do Estado 2022 (OE) ao grupo parlamentar do PS. Numa altura em que os partidos já tomam posições sobre a proposta em cima da mesa, António Costa destacou que o executivo parte para o debate com "humildade e confiança".

Nesta apresentação, que contou com a presença do ministro das Finanças, o socialista defendeu que o trabalho desenvolvido sob a coordenação de João Leão dá "continuidade" às propostas de políticas apresentadas em anteriores orçamentos. 

Perante os socialistas, Costa parafraseou a gíria do futebol, defendendo que "como em equipa que ganha não se mexe, em políticas que ganham também não se mexe". Desta forma, o líder do executivo sublinhou a importância de "manter a continuidade e o rumo certo", com políticas "ajustadas ao ciclo que estamos a viver".

Na ótica do primeiro-ministro, "mais do que recuperação, [fala-se em] transformação da economia" após a crise trazida pela pandemia. "Se compararmos o que aconteceu nesta crise com aquilo que aconteceu na anterior, fica bem patente o que é responder a uma crise com austeridade e responder a uma crise com solidariedade", defendeu António Costa.

O primeiro-ministro recordou os trabalhos de discussão de propostas anteriores com os partidos, recordando que o executivo já "conseguiu provar que é possível romper com a austeridade e ter as contas certas". A proposta de Orçamento para o próximo ano começará a ser discutida na generalidade entre os dias 26 e 27 de outubro.

Neste momento, o CDS-PP anunciou esta quinta-feira que o partido vai votar contra o OE2022 na generalidade, considerando que a proposta "confirma, insiste e persiste no caminho de empobrecimento" do país. Antes disso, no dia seguinte à entrega do documento, o PCP afirmou que pretende votar contra a proposta "como está atualmente", sustentando que "não dá sinais" para resolver os problemas do país.

Já o BE salientou que "dificilmente haverá condições" para viabilizar a proposta do Orçamento tal como está. A deputada Mariana Mortágua disse na terça-feira que este é o "Orçamento do PS", com "um alcance muito limitado", e que não responde às prioridades identificadas pelo BE. 

(notícia atualizada)

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