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Costa defende mais contribuições para o orçamento da UE e novos impostos europeus
O primeiro-ministro sublinhou hoje que deverá aumentar a contribuição dos Estados-membros para o orçamento da União Europeia, nomeadamente pela tributação da economia digital, da economia do carbono ou das transacções financeiras.
António Costa disse esta quarta-feira no Parlamento que o Governo português defende que haja um aumento das contribuições dos Estados-membros para o Orçamento comunitário. O primeiro-ministro respondia a uma questão colocada por Assunção Cistas, do CDS-PP, que quis saber "quanto é que Portugal vai pagar a mais para o orçamento europeu". "Já dissemos que apoiamos a proposta da Comissão de que essas contribuições sejam alargadas para 1,2% do produto", afirmou o primeiro-ministro.
Além disso, prosseguiu Costa, "apoiamos a criação de recursos próprios da união, seja por via da taxação da economia digital, das transacções financeiras ou da economia do carbono". Essa é a forma de conseguir um aumento de recursos para a União Europeia sem que seja necessário reduzir o nível da Política Agrícola Comum ou da política de coesão, entende o primeiro-ministro.
Assunção Cristas também não quer que se corte nessas áreas "tão importantes para Portugal", mas sublinhou que, para o CDS-PP é de rejeitar a criação de novos "impostos europeus" em áreas que apontou como muito "sensíveis" e em que Portugal está a conseguir ser competitivo, como é o caso da área digital. E lembrou que, com o crescimento económico que o país atravessa, será possível acomodar um aumento das contribuições para o orçamento comunitário sem que seja preciso criar novos impostos.
O debate quinzenal desta quarta-feira no Parlamento teve como tema a "Economia, Inovação e Conhecimento" e o primeiro-ministro anunciou um conjunto de iniciativas na área que serão aprovadas e lançadas na reunião do Conselho de Ministros de 15 de Fevereiro.