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Costa admite restrições mais apertadas a partir da próxima semana
O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu esta quinta-feira que, a partir do próximo fim de semana, as restrições à circulação podem estender-se aos dias de semana. As escolas deverão ficar de fora do reforço das medidas.
O Governo admite endurecer as medidas de restrição à circulação a partir da próxima semana. Na conferência que se seguiu ao Conselho de Ministros desta quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que está em cima da mesa aplicar o recolher obrigatório e o impedimento à circulação entre concelhos aos dias de semana.
"A confirmar-se a evolução que os números têm revelado, muito provavelmente teremos de adotar na próxima semana medidas de restrição mais elevadas, como tem vindo a acontecer na generalidade dos países da Europa", reconheceu o primeiro-ministro.
Face ao aumento do número de casos de Covid-19 nos últimos dias, o @govpt adotou novas medidas para combater a pandemia. #Covid19 #EstamosOn
— República Portuguesa (@govpt) January 7, 2021
O primeiro-ministro vai ouvir, já esta sexta-feira, os partidos e os parceiros sociais, de forma a preparar a adoção de novas medidas, que podem ser aplicadas no próximo dia 12, após a reunião do Infarmed, que permitirá avaliar os dados mais recentes da pandemia.
Apesar de o estado de emergência estar em vigor até 15 de janeiro, o Governo admite que o agravar das restrições pode começar antes. "Pode ser útil não esperar por dia 15 para tomar novas decisões", ressalvou Costa. As restrições deverão ser agravadas se nos próximos dias for confirmado o agudizar da crise pandémica, depois de esta quarta-feira terem sido identificados mais de 10 mil novos casos e de hoje, quinta-feira, terem sido registados mais de nove mil casos. "É necessário fazer o que é necessário fazer", sentenciou o chefe do Governo.
Questionado ainda sobre a realização das presidenciais, a 24 de janeiro, o primeiro-ministro clarificou que estas vão realizar-se, apesar do estado de emergência. "A lei do estado de emergência não permite qualquer tipo de restrição à atividade política", sublinhou.