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Congresso da década já começou em Pequim

O 18.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), que vai escolher a liderança da segunda maior economia do mundo até 2022, começou hoje em Pequim.

08 de Novembro de 2012 às 07:36
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A reunião, descrita na imprensa local como "o acontecimento mais importante da vida política chinesa", decorre até à próxima quarta-feira no Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim, com 2.270 delegados. Todos os edifícios em torno da Praça Tiananmen e as principais artérias da cidade estão engalanadas com bandeiras vermelhas e faixas de pano da mesma cor com slogans saudando o "Shi Ba Da" (18.º congresso).

"Sem o Partido Comunista a Nova China não existiria", diz um dos slogans, recordando o refrão de uma famosa canção revolucionária.

Um outro slogan deseja ao PCC "longa vida", expressão que em chinês significa, literalmente, dez mil anos.

Vêem-se também mais agentes da polícia a patrulhar as ruas e milhares de pessoas sem uniforme e com braçadeiras vermelhas, descritas como voluntários para ajudar a "manter a segurança e garantir o sucesso do congresso".

A sessão de abertura começou às 09:00 (01:00 em Lisboa), com o hino nacional da China e um minuto de silêncio pelos líderes já falecidos, de Mao Zedong (1893-1976), o fundador da República Popular, há 63 anos, a Deng Xiaoping (1904-97), o impulsionador da política de "Reforma e Abertura", que nas últimas três décadas transformou o país na segunda maior economia.

A seguir, o secretário-geral do PCC, Hu Jintao, iniciou a leitura de uma síntese do relatório ao congresso, que se prolongou por cerca de hora e meia.

O documento integral, com 46 páginas, intitula-se "Marchar firmemente no caminho do socialismo com características chinesas e lutar para completar a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos".

Na primeira fila da tribuna, reservada aos 23 membros do Politburo do PCC, sentaram-se também o antigo presidente Jiang Zemin, os ex-primeiros-ministros Li Peng e Zhu Rongji e outros "delegados especiais".

Embora reformados e sem cargos oficiais, 55 "veteranos camaradas" ainda participam na eleição da futura direcção do partido, o maior do mundo, com cerca de 82,6 milhões de filiados.

O actual vice-presidente, Xi Jinping, deverá substituir o presidente Hu Jintao na chefia do PCC, iniciando a ascensão ao poder de uma nova geracçao de líderes.

Xi Jinping tem 59 anos, menos onze que Hu Jintao e menos 27 do que Jiang Zemin.
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