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Congresso confirma Joe Biden como presidente dos EUA. Trump promete "transição ordeira"

O Senado e a Câmara dos Representantes rejeitaram as últimas objeções levantadas pelos republicanos aos resultados eleitorais e confirmaram Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, após as manifestações violentas de quarta-feira em Washington.

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Rita Faria afaria@negocios.pt 07 de Janeiro de 2021 às 08:52

Joe Biden foi formalmente reconhecido pelo Congresso como o próximo presidente dos EUA esta quinta-feira, 7 de janeiro, pondo fim às tentativas de Donald Trump de desafiar os resultados eleitorais, e que culminaram ontem em manifestações violentas no Capitólio, em Washington, quando se preparava a ratificação do resultado das eleições.

Minutos depois do anúncio, Donald Trump reagiu, insistindo que discorda do resultado, mas prometendo uma "transição ordeira" do poder.

"Embora discorde totalmente do resultado das eleições, e os factos dão-me razão, haverá uma transição ordeira a 20 de janeiro", garantiu Trump num comunicado publicado no Twitter pelo seu assessor Dan Scavino.

"Sempre disse que continuaríamos a nossa luta para garantir que só os votos legais fossem contados. Embora isto represente o fim do maior mandato da história presidencial, é apenas o começo da nossa luta para Tornar a América Grande Novamente!", acrescentou o presidente cessante, no comunicado.

A vitória de Biden foi confirmada depois de a Câmara dos Representantes e o Senado terem rejeitado uma ronda final de objeções ao veredicto eleitoral levantadas por apoiantes do presidente cessante. Com uma maioria esmagadora, a câmara alta do Congresso rejeitou a objeção de alguns senadores à vitória de Biden no estado do Arizona. Os poucos votos a favor foram todos de senadores republicanos, mas alguns membros do partido que haviam planeado apoiar objeção decidiram mesmo inverter o sentido de voto depois dos protestos de ontem. 

A manifestação com cerco ao Capitólio obrigou os congressistas norte-americanos a suspenderem os trabalhos de contagem formal dos votos eleitorais e levaram as autoridades de Washington a decretar o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declaram que o edifício do Capitólio estava em segurança e os trabalhos foram retomados.

Na abertura da sessão, na quarta-feira à noite, o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, lamentou um "dia sombrio" e condenou "as violências".

"Mesmo após uma violência e um vandalismo sem precedentes neste Capitólio, os representantes eleitos do povo dos Estados Unidos são de novo reunidos, neste mesmo dia, para defender a Constituição", sublinhou Pence.

"Não ganharam", disse, dirigindo-se aos apoiantes do Presidente cessante, Donald Trump.

Pouco depois, Trump pediu aos apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetiu a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

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