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Condições dos franceses atrasam compra da Cosec

A intenção do Ministério das Finanças era conseguir fechar a compra da totalidade da companhia de seguros de crédito Cosec no início de Setembro. No entanto, as condições entretanto impostas pelos franceses da Euler Hermes (EH), que detêm 50% da seguradora, dificultaram o estabelecimento do acordo que permitiria ao Estado português voltar a controlar a principal empresa de seguros de crédito.

22 de Outubro de 2009 às 18:30
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A intenção do Ministério das Finanças era conseguir fechar a compra da totalidade da companhia de seguros de crédito Cosec no início de Setembro. No entanto, as condições entretanto impostas pelos franceses da Euler Hermes (EH), que detêm 50% da seguradora, dificultaram o estabelecimento do acordo que permitiria ao Estado português voltar a controlar a principal empresa de seguros de crédito.

Um desejo anunciado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no Parlamento em Abril, na sequência de reivindicações de várias associações empresariais.

Cinco meses depois, a meio do mês passado, o administrador financeiro da EH colocava o ónus do atraso no Governo português. O acordo "depende mais do comprador, que terá de aceitar os pontos em aberto", afirmou ao "Diário Económico", que admitia a possibilidade de os franceses exigiram um valor mais elevado do que o que foi acordado com o BPI há alguns meses.

Em Julho, o Estado aceitou pagar 27,5 milhões de euros ao banco liderado por Fernando Ulrich, pelos 50% que esta instituição possui na Cosec. À partida, estas seriam as condições financeiras do acordo a estabelecer com os franceses, que poderão ter feito valer o facto de a Cosec usar as bases de dados que o grupo Euler Hermes tem sobre o risco de crédito de vários mercados e empresas internacionais para pedir o preço mais elevado. No limite, a compra pode mesmo fracassar.

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