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Companhias aéreas europeias despediram 35 mil empregados desde o 11 de Setembro

As transportadoras aéreas europeias que pertencem à Association of European Airlines (AEA) já reduziram a sua força laboral em 35 mil postos de trabalho desde que ocorreram os atentados terroristas nas Torres Gémeas de Nova Iorque, a 11 de Setembro de 200

14 de Outubro de 2004 às 18:11
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As transportadoras aéreas europeias que pertencem à Association of European Airlines (AEA) já reduziram a sua força laboral em 35 mil postos de trabalho desde que ocorreram os atentados terroristas nas Torres Gémeas de Nova Iorque, a 11 de Setembro de 2001, de acordo com o presidente da associação sectorial Vagn Soerensen, que defendeu hoje em Bruxelas que as transportadoras estão a enfrentar uma situação crítica.

O presidente da AEA – que reúne 30 companhias aéreas entre as quais a TAP – afirmou: «alguns dos nossos membros estão a lutar para sobreviver». Vagn Soerensen alertou que as companhias aéreas da Europa «podem colectivamente apresentar uma vez mais um ano não lucrativo, depois de perdas acumuladas de 6,4 mil milhões de dólares (5,18 mil milhões de euros) em cinco anos».

«Vimos contenção na maneira que a nossa capacidade foi aumentada este ano, na medida em que os nossos aviões estão mais cheios do que nunca», sublinhou. «Baixámos as taxas, em resposta à intensificação da concorrência na Europa, mas financiámos estes benefícios aos consumidores através de um controlo rigoroso dos custos internos».

A situação actual «não se prende com falta de controlo de custos», destacou, exemplificando os 35 mil postos de trabalho perdidos desde 11 de Setembro de 2001 na indústria. Tem a ver com «modelos de negócio» – em determinados casos as companhias não conseguirão vencer ineficiências estruturais, afirmou.

Vagn Soerensen relembrou que o transporte aéreo foi liberalizado na Europa, mas que o mesmo não aconteceu à actividade de companhias que permitem às transportadoras operar, como controlo de tráfego aéreo ou a gestão dos sistemas de reservas informáticas. «Estes fornecedores de serviços desfrutam de um poder de mercado de oligopólio que tem como efeito impor aumentos de custos às companhias aéreas – quer as mesmas operem através de ligações sem escala ou em rede».

Uma outra particular preocupação expressa pelo mesmo responsável advém do desejo dos legisladores, particularmente na Europa, afirmou, imporem uma série de acréscimos de custos através de «novos impostos, taxas e legislação complexa» – não existe «coerência na abordagem», definiu.

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