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Comissão Europeia prevê inflação nacional de 3,5% em 2001

A Comissão Europeia estima, num relatório divulgado hoje, que a taxa de inflação nacional deverá situar-se nos 3,5% este ano, aumentando o diferencial face aos 2,2% avançados para o conjunto da Zona Euro.

25 de Abril de 2001 às 13:59
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A Comissão Europeia estima, num relatório divulgado hoje, que a taxa de inflação nacional deverá situar-se nos 3,5% este ano, aumentando o diferencial face aos 2,2% avançados para o conjunto da Zona Euro, noticiou a «Lusa».

As previsões da Comissão Europeia estão acima das metas traçadas pelo Governo para o corrente ano, que apontam para um incremento dos preços na ordem dos 3,1%.

Caso se confirmem os números avançados hoje, o diferencial entre a inflação nacional e a da Zona Euro vai aumentar para 1,3 pontos percentuais, depois de situar-se em 1 ponto percentual no mês de Março.

No mês passado, a inflação portuguesa ascendeu aos 3,6%, contra a média de 2,6% registada no conjunto dos países que integram a União Económica e Monetária (UEM).

Ambas as taxas deverão continuar acima da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE) no corrente ano. Em 2002, a inflação da Zona Euro deverá atingir esse objectivo, ao diminuir para os 1,8%, com a inflação nacional a cair para os 2,3%, estima a CE.

Relativamente ao desemprego, o mesmo relatório prevê que a taxa de desemprego nacional deverá continuar abaixo dos níveis registados na Zona Euro, ao atingir os 4,2% em 2001, contra os 8,5% na zona da moeda única. Em 2002 o desemprego deverá aumentar para 5,1% em Portugal.

Portugal não deverá cumprir metas orçamentais

Ainda de acordo com os números avançados nas previsões de Primavera da Comissão Europeia, Portugal não deverá cumprir as metas orçamentais previstas no programa de Estabilidade e Crescimento, cujos objectivos foram revistos em Fevereiro deste ano.

O défice global do sector público administrativo nacional deverá ascender aos 1,5% do produto interno bruto (PIB) em 2001, contra os 1,1% previstos pelo Governo.

Em 2002, o défice público de Portugal deverá continuar nos 1,5% do PIB, de acordo com a Comissão Europeia, números que contrastam com os compromissos assumidos pelo Governo e que apontam no sentido de reduzir este défice para os 0,7% do PIB.

A CE estima que o produto interno bruto (PIB), tal como já havia sido noticiado, registe um crescimento de 2,6% em Portugal.

Para a Zona Euro a CE estima um crescimento económico de 2,8%, também abaixo do anteriormente previsto.

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