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Comissão avisa para grande desigualdade salarial e para riscos do salário mínimo

A Comissão Europeia avisa que aumentos adicionais de salário mínimo podem prejudicar o emprego e diz que Portugal está sob vigilância em relação à desigualdade de rendimentos.

Reuters
22 de Novembro de 2017 às 14:43
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A Comissária Europeia responsável pelo Emprego e Assuntos Sociais avisa que dada a elevada prevalência de salário mínimo em Portugal aumentos adicionais podem prejudicar o emprego, e alerta para a grande desigualdade de rendimentos em Portugal, a qual coloca o país sob vigilância de Bruxelas.

Questionada sobre a evolução de salários em Portugal, Marianne Thyssen começou por se centrar na desigualdade de rendimentos: "Portugal está classificado entre os países ‘A acompanhar’. A desigualdade permanece elevada. Em 2016, o rendimento dos 20% mais ricos na população era 5,9 vezes o dos 20% mais pobres. Na "Europa, a média é de 5 vezes", afirmou, na conferência de imprensa em que a Comissão Europeia apresentou as avaliações de económicas e orçamentais dos vários Estados-membros.

Sobre o aumento do salário mínimo, que está neste momento em análise pelos parceiros sociais, que se reúnem no final da semana sobre os planos para 2018 que deverão conduzir a um aumento adicional para os 580 euros, Thyssen, começou por lembrar a regra geral de avaliação de Bruxelas: "Queremos salários mínimos adequados, mas que preservem o acesso ao emprego e incentivos para procurar emprego" e "estes são critérios que usaremos para avaliar os desenvolvimentos" em Portugal em 2018, disse, para avisar depois sobre os riscos da situação nacional.

Thyssen notou que em Portugal "mais de 20% dos empregados ganham o salário mínimo, e que nesta situação aumentos adicionais de salário mínimo podem prejudicar o emprego dos menos qualificados". É assim "crucial que Portugal continue a acompanhar de perto os efeitos do aumento do salário mínimo, juntamente com os parceiros sociais, e esteja preparado para tomar medidas caso se observem efeito negativo sobre o emprego", afirmou.
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