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Comércio apoia novo salário mínimo mas alerta para efeitos nos preços

Em comunicado, a Confederação do Comércio (CCP) esclarece que subscreve o aumento do salário mínimo mas diz que as empresas que fornecem serviços ao Estado deveriam poder subir preços.

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Para que não restem dúvidas, a Confederação do Comércio e Serviços (CCP) emitiu esta tarde um comunicado no qual esclarece o apoio ao aumento do salário mínimo nacional para 505 euros em Outubro.

 

"A CCP subscreve assim o aumento do salário mínimo, tendo em conta que contribui para alguma reposição do poder de compra e a dinamização da procura interna, um dos factores chave da retoma, como têm vindo a comprovar as estatísticas económicas nacionais", lê-se no comunicado.

 

A entidade liderada por João Vieira Lopes tinha-se batido por um adiamento da decisão para Janeiro, argumentando que as empresas que fazem contas com base em contratos e orçamentos anuais não deveriam poder suportar um aumento a meio do ano.

 

"A nossa proposta foi sempre no sentido do aumento do SMN a Janeiro de cada ano, por uma razão de lógica de mercado de alguns sectores. Explicámos que não deveriam ser prejudicadas empresas com contratos anuais de fornecimento, designadamente ao Estado e a grandes empresas privadas".

 

Nesse sentido, a entidade liderada por João Vieira Lopes diz que os termos do acordo não impedem um actualização das tabeles de preços dos serviços prestados, nomeadamente ao Estado.

 

"A eventual mitigação por via da redução da TSU não obsta a que o Governo e todos os utilizadores venham a permitir a actualização das tabelas de preços dos serviços prestados pelas empresas contratadas por entidades públicas e privadas", pode ler-se no comunicado.

 

Governo, UGT e confederações patronais chegaram esta quarta-feira, 24 de Setembro, a acordo para o aumento do salário mínimo nacional, que vai subir 20 euros em Outubro para 505 euros brutos.

 

Em contrapartida, o Governo reduz em 0,75 pontos a taxa contributiva das empresas que têm trabalhadores com o salário mínimo, e que passarão assim a pagar uma taxa de 23%.

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