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Citigroup diz que Tesouro tem de vender participação no banco

A recusa do Departamento norte-americano do Tesouro de vender a sua participação de 34% no Citigroup está a atrasar os planos do banco para pagar os 20 mil milhões de dólares (13,2 mil milhões de euros) que ainda lhe falta reembolsar dos fundos de resgate que recebeu, segundo fontes próximas do processo.

04 de Dezembro de 2009 às 09:21
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A recusa do Departamento norte-americano do Tesouro de vender a sua participação de 34% no Citigroup está a atrasar os planos do banco para pagar os 20 mil milhões de dólares (13,2 mil milhões de euros) que ainda lhe falta reembolsar dos fundos de resgate que recebeu, segundo fontes próximas do processo.

Os executivos do banco, sedeado em Nova Iorque, estão a ficar cada vez mais frustrados, pois não podem vender acções para angariarem capital para o reembolso dos empréstimos [no âmbito do TARP, plano governamental de compra de activos tóxicos, com dinheiro dos contribuintes] enquanto o Tesouro não indicar quando e como libertará os seus 7,7 mil milhões de acções, afirmaram à Bloomberg as mesmas fontes, que pediram para não ser identificadas.

Os investidores poderão mostrar-se relutantes em comprar acções do Citigroup, já que uma venda por parte do Tesouro poderá fazer cair os preços, salienta a Bloomberg.

“A bola está no campo do governo”, diz Chris Kotowski, analista da Oppenheimer, que tem uma classificação de “market perform” para as acções do banco. “Não cabe ao Citigroup decidir vendê-las ou não as vender”, acrescentou.

O plano do Bank of America de restituir 45 mil milhões de dólares (29,8 mil milhões de euros) dos fundos de resgate fará com que o Citigroup seja o único grande banco sujeito a avaliações relativas aos bónus dos seus executivos, por parte de Kenneth Feinberg, do Departamento do Tesouro. Entre outras empresas resgatadas que estão sob a mesma supervisão contam-se a seguradora AIG e as fabricantes automóveis General Motors e Chrysler.

O “chairman” do Citigroup, Richard Parsons, afirmou em Setembro que o banco tem de ser competitivo nas remunerações aos seus colaboradores, para evitar que sejam “roubados” pelos seus rivais. Por pressão de Feinberg, este banco já reduziu em 70% o total dos bónus deste ano – face a 2008 - aos seus 25 colaboradores mais bem pagos, recorda a Bloomberg.

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