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China com corrida às energias renováveis na preparação para os Olímpicos de inverno

Em 2021, a China criou mais infraestruturas de produção de energia eólica do que qualquer outro país, numa corrida às energias renováveis para tentar minimizar o impacto ambiental dos Jogos Olímpicos de inverno. Ainda assim, as energias renováveis pesam pouco no mix energético da China.

VASSIL DONEV
04 de Fevereiro de 2022 às 11:37
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A construção de infraestruturas para a produção de energia renovável tem atravessado um pico de crescimento na China ao longo dos últimos anos. No ano passado, a China terá mesmo sido o país que mais aumentou a capacidade de produção eólica, numa tentativa de compensar o impacto ambiental de receber os Jogos Olímpicos de inverno. O evento arranca esta sexta-feira em Pequim, com alguma polémica à mistura.

A China tem como objetivo assegurar o primeiro evento olímpico a atingir a neutralidade carbónica, já que o evento tem um peso significativo na questão ambiental. Combinadas, as emissões resultantes do transporte de atletas e espectadores e do próprio gasto energético para assegurar o evento tem consequências ambientais.

De acordo com o site Quartz, no ano passado a China terá visto nascer o maior parque eólico do país, com 134 turbinas, que poderá gerar eletricidade para abastecer 900 mil lares no país. E, de acordo com as contas do Carbon Brief, a China terá acrescentado quase 17 gigawatts à capacidade eólica, que terá aumentado para um total de 26 GW.

E a energia solar também tem crescido exponencialmente na China. O país instalou mais 54,9 GW de energia solar em 2021, elevando a capacidade total para mais de 305 GW - que será o equivalente a 30% do total de energia solar instalado a nível global.

No entanto, apesar destas valências, as energias renováveis têm ainda um peso diminuto no mix energético do país. De acordo com os dados apresentados pelo Quartz, o carvão representou 57% do consumo energético da China em 2020, seguido pelo petróleo, com 20%, e os 8% do gás natural. A energia hídrica representou somente 8% do total de energia consumida. Os restantes 15% foram distribuídos entre a energia eólica e solar e ainda pela energia nuclear.
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