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CGTP e UGT avançam para greve geral (act)

Proposta será formalmente apresentada aos orgãos de decisão das duas centrais sindicais, anunciaram hoje Carvalho da Silva e João Proença, numa conferência de imprensa conjunta. Veja aqui o vídeo da RTP.

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A CGTP e a UGT vão avançar para greve geral. No final de uma reunião com João Proença, Carvalho da Silva anunciou hoje que a proposta será levada aos orgãos directivos das duas centrais sindicais.

"Decidimos reforçar o trabalho de articulação da acção (...) Incluimos nesta nossa disponibilidade a a decisão de levar aos orgãos de direcção a proposta de uma greve geral", afirmou o líder da CGTP.

"Foi decidido por consenso apontar várias formas de luta, incluindo a greve geral", acrescentou minutos depois João Proença, secretário-geral da UGT, numa conferência de imprensa conjunta.

A data será decidida por esses orgãos, acrescentou. O secretáriado geral da UGT reúne na quarta-feira e o Conselho Nacional da CGTP reúne amanhã e quarta. A decisão terá ainda que passar por um plenário de sindicatos.

A data concreta "estará ligada ao orçamento", afirmou João Proença, quando questionado sobre se a greve geral poderia coincidir com a aprovação final do Orçamento do Estado, a 29 de Novembro. O dia será conhecido na quarta-feira, acrescentou.

Os cortes nos salários da Função Pública e nas pensões, o aumento do horário de trabalho no sector privado e a repartição de sacrifícios, que os sindicatos consideram "injusta" justificam esta greve geral.

"Estamos perante medidas que para além de uma enorme injustiça, comprometem o desenvolvimento do nosso País. Apenas agravam a crise, provocam mais recessão económica, provocam mais desemprego", afirmou Carvalho da Silva.

"Há nelas violações imensas de direitos fundamentais, violações de direitos de contratação colectiva, violações da Constituição, e algumas constituem uma operação de transferência rápida e dura de mais-valias que pertenciam aos trabalhadores e que são passadas para o lado do capital", disse o líder da CGTP.

"Todos os dias são exigidos sacrifícios aos mesmos: trabalhadores e pensionistas. Os sacrifícios estão a agravar claramente as desigualdades em Portugal. Há quem esteja a empobrecer muito, há quem esteja a perder poder de compra e há quem esteja a ganhar com a crise. E isto é inaceitável”, acrescentou João Proença, da UGT.


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