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CGTP diz que acordo de concertação social é "tardio e insuficiente"

Arménio Carlos criticou o acordo de concertação social que aprovou o aumento do salário mínimo nacional para os 505 euros a partir de Outubro. Além de “insuficiente”, o secretário-geral da CGTP sustenta que este aumento “está a ser uma moeda de troca para os patrões voltarem a ser beneficiados pelo Estado”.

24 de Setembro de 2014 às 20:38
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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, guardou para pouco depois das 20 horas a reacção da central sindical à assinatura, em sede de concertação social, do acordo que visa o aumento do salário mínimo nacional para os 505 euros, já a partir do próximo dia 1 de Outubro.

 

"Este acordo, para além de tardio, é insuficiente", começou por considerar Arménio Carlos, que logo lembrou que "os trabalhadores já deviam estar a receber os 500 euros desde 2011".

 

A CGTP, que se recusou a participar nas conversações da concertação social, acusou ainda o Governo de ter encontrado "outra forma de financiar os patrões para aumentar o salário mínimo nacional". Arménio Carlos referia-se à "redução da TSU de 23,75% para 23%".

 

A justificação para o não envolvimento nas discussões com os parceiros sociais e o Governo é tão simplesmente explicada pelo facto de "esta alteração não ter sido vista nem discutida com a CGTP, razão pela qual nós discordamos".

 

"A CGTP considera ainda que o salário mínimo nacional está a ser moeda de troca para os patrões voltarem a ser beneficiados pelo Estado", insistiu o líder da central sindical.

 

A central afecta ao PCP considerou que o aumento agora acordado "ainda é insuficiente porque o acréscimo aos 500 euros" continua "longe de repor o poder de compra" dos trabalhadores.

 

"Este aumento hoje anunciado, como se verifica, é um aumento de tal forma insuficiente que continuará a deixar milhares de trabalhadores no limiar da pobreza", defendeu.

 

Recorde-se que a CGTP se mostrou defensora de aumentos mais significativos do salário mínimo. Defendia o aumento para os 515 euros, com efeitos retroactivos a partir de Junho deste ano, e, posteriormente, uma subida para os 540 euros já a partir do início de 2015.

 

Por fim, Arménio Carlos garantiu que os principais sectores económicos do país "reúnem todas as condições para responder às reivindicações da CGTP" atrás enunciadas. Por este motivo, o líder da CGTP considera que o Governo e "aqueles que subscreveram este acordo" estão a acentuar o desequilíbrio de forças já existente entre o capital e o trabalho. 

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