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Centeno considera prematuro antecipar nova recessão em 2021

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, realçou esta quarta-feira a revisão em alta das previsões económicas atribuíndo esse facto à forma "forte" como as economias têm reagido à pandemia. E não antecipa, por enquanto, uma contração do PIB português em 2021.

O Banco de Portugal tem negado o envio do relatório sobre o BES.
Alexandre Azevedo
28 de Janeiro de 2021 às 00:20
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"A análise que fazemos é que em todos os momentos de desconfinamento, a reação da economia, emprego, consumo, investimento foi automática, foi muito forte. E na verdade aconteceu isso: todas as previsões económicas foram sendo revistas em alta ao longo do tempo pela reação que as economias tiveram", referiu Mário Centeno, no programa "Grande Entrevista", da RTP, hoje transmitido.

Mário Centeno disse ainda que interpreta essas revisões em alta "como a capacidade de adaptação que as economias têm tido a laborar" num ambiente de dificuldades como o que a crise pandémica veio impor.

O governador do Banco de Portugal acrescentou que vários motivos têm contribuído para esta situação, nomeadamente as políticas implementadas pelas autoridades monetárias e orçamentais nos países onde a pandemia tem sido "severa" e que se mostraram eficazes no combate aos efeitos imediatos dos impactos causados pela crise sanitária.

Apesar de Portugal ter entrado neste mês de janeiro num confinamento geral semelhante ao que vigorou no ano passado em abril e durante parte dos meses de março e maio, o Governador do Banco de Portugal acredita que o Produto Interno Bruto deste primeiro trimestre não vai ter uma queda tão acentuada como a registada no segundo trimestre do ano passado.

"O comportamento da economia em novembro, em que também houve medidas de confinamento, [comparado] com o que aconteceu em março e os indicadores preliminares que temos de janeiro indicam que não vamos ficar em números dessa grandeza",afirmou.

Questionado sobre se prevê para 2021 uma nova recessão, Mário Centeno referiu que "não anteciparia" esse desfecho, embora tenha referido que os dados existentes são ainda escassos.

"Ainda é cedo. Temos que ver. Os números que temos para as compras e levantamentos em ATM tem uma queda muito significativa nos primeiros dias no novo confinamento, atingiram valores em queda superiores a 20% ", referiu para acrescentar que ao mesmo tempo há os "indicadores de consumo de energia que, mesmo corrigidos do efeito da temperatura, tem valores de variação praticamente nula em janeiro".



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