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Europa fecha no vermelho. Incerteza nas tarifas e política monetária pressionam

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

Aurelien Morissard/AP
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07.03.2025

Europa fecha no vermelho. Incerteza nas tarifas e política monetária pressionam

Os principais índices europeus fecharam a última sessão da semana divididos, mas com a maioria a registar perdas, pressionados pela incerteza em relação à trajetória das taxas de juro na Zona Euro, assim como às barreiras dos Estados Unidos (EUA) sobre os seus parceiros comerciais.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – deslizou 0,46%, para os 553,35 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX recuou 1,75%, o francês CAC-40 perdeu 0,94%, o espanhol IBEX 35 valorizou 0,17%, o italiano FTSEMIB caiu 0,48%, o holandês AEX cresceu 0,07% e o britânico FTSE 100 deslizou 0,03%.

As tarifas norte-americana fizeram com que as praças europeias experienciassem uma crescente volatilidade esta semana, com os investidores a tentarem decifrar o significado por trás do último adiamento das tarifas dos EUA sobre os produtos do Canadá e do México abrangidos pelo acordo comercial tripartido (USMCA). Os avanços e recuos em torno da imposição de taxas alfandegárias por parte de Donald Trump, Presidente norte-americano, têm ditado uma crescente incerteza face ao rumo da economia global.

"A incerteza está a vir da Casa Branca, uma vez que a política comercial e outras políticas são alteradas diariamente", disse à Bloomberg Jamie Constable, estratega de mercados da Singer Capital Markets. 

No entanto, a promessa do novo Governo da Alemanha de gastar centenas de milhares de milhões de euros em defesa e investimento em infraestruturas deu um novo impulso aos índices do Velho Continente durante esta semana.

Quanto à política monetária, os investidores estão a digerir o sinal dado pelo Banco Central Europeu (BCE), durante o dia de ontem, de que a fase de flexibilização da política monetária está a chegar ao fim. O BCE decidiu esta quinta-feira avançar com um corte de 25 pontos base, que leva os juros de referência - que se aplicam aos depósitos - para 2,5%. Mas o decisor de política monetária alertou que a economia do bloco enfrenta "desafios contínuos".

Entre os setores, as telecomunicações registaram a maior valorização com uma subida superior a 2%, com a Deutsche Telekom a fechar o dia a ganhar mais de 3%. Por outro lado, a maior queda foi do setor dos bens e serviços, que cedeu 1,76%.

Quanto aos movimentos de mercado, a Salvatore Ferragamo - empresa italiana de artigos de luxo – afundou mais de 15%, após ter registado um prejuízo superior ao previsto e ter apontado para um abrandamento na procura. Empresas ligadas ao setor do luxo acabaram por seguir o mesmo caminho, afetadas por dados dececionantes sobre as exportações chinesas. A LVMH – dona de marcas como a Louis Vuitton e segunda empresa mais valiosa da Europa – caiu mais de 2%, assim como a Hermès.  

07.03.2025

Juros das dívidas soberanas europeias agravam-se novamente

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta sexta-feira, seguindo a tendência dos últimos dias, apesar de a subida das "yields" não ter sido tão expressiva.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 1,3 pontos base para 3,345%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 0,1 pontos para 3,493%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 1,6 pontos base para 3,551%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 0,3 pontos para 2,833%. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a tendência inversa e caíram 2,7 pontos base para 4,636%. 

07.03.2025

Dólar perde força com emprego a abrandar nos EUA

O dólar continua a desvalorizar, para mínimos de vários meses em relação ao euro e ao iene, depois de dados do lado de lá do Atlântico terem mostrado que a maior economia do mundo criou menos empregos do que o esperado no mês passado, sugerindo que a Reserva Federal (Fed) norte-americana poderá cortar as taxas de juro várias vezes este ano.

Face à divisa nipónica, a "nota verde" desvaloriza 0,40% para os 147,390 ienes.

"O relatório de sexta-feira sobre o emprego foi mais fraco do que o esperado, o que é preocupante, porque este relatório não tem em conta os recentes cortes de postos de trabalho do Governo do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental liderado por Elon Musk), pelo que sugere que as empresas estão a fazer uma pausa nas contratações até que haja mais certezas sobre a política tarifária e as perspectivas económicas", explicou à Reuters Glen Smith, diretor de investimentos da GDS Wealth Management.

O índice do dólar – que mede a força do dólar face às principais rivais – cai a esta hora 0,36% para os 103,689 pontos.

Os futuros das taxas de juro dos EUA apontam atualmente para 78 pontos base de flexibilização, ou cerca de três cortes de 25 pontos base, durante o decorrer do ano, de acordo com cálculos do LSEG, sendo o primeiro corte deste ano nas taxas diretoras esperado para junho.

Por cá, o euro valoriza 0,63% para os 1,085 dólares, depois do corte de juros por parte do Banco Central Europeu. Já a libra sobe 0,28% para os 1,292 dólares. 

07.03.2025

Ouro valoriza com queda do dólar e dados do emprego

O ouro segue a valorizar esta sexta-feira, impulsionado por uma maior procura enquanto ativo-refúgio, no mesmo dia em que foram conhecidos importantes dados do mercado laboral norte-americano.

O ouro sobe a esta hora 0,20%, para os 2.917,750 dólares por onça.

A economia dos EUA criou 151 mil empregos em fevereiro, um valor que fica abaixo das estimativas dos analistas de 160 mil postos de trabalho, revelou esta sexta-feira o Departamento norte-americano de Estatísticas do Emprego. Já a taxa de desemprego dos EUA fixou-se em 4,1% em fevereiro, um crescimento face aos 4% registados no mês anterior.

 

Os valores sugerem que a Reserva Federal norte-americana poderá vir a cortar as taxas diretoras durante este ano, o que oferece uma perspetiva positiva para o metal amarelo, que não rende juros.

Também a queda do dólar segue a impulsionar o ouro, que torna o metal precioso menos caro para detentores de outras divisas.

O índice de dólar da Bloomberg, que mede a força da "nota verde" face às principais rivais segue a cair 0,36% para os 103,689.

"O número mais fraco do que o esperado [no mercado laboral] está a dar ao ouro um ligeiro impulso... também um dólar mais fraco (...) está a ajudar", disse à Reuters Bob Haberkorn, da RJO Futures. 

07.03.2025

Petróleo em alta após comentários de vice primeiro-ministro da Rússia sobre planos da OPEP+

O petróleo negoceia em alta esta tarde, afastando-se da tendência de quebra de preços dos últimos dias, depois de o vice primeiro-ministro russo, Alexander Novak, ter sugerido que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), liderada pela Rússia e Arábia Saudita, poderia reverter o seu aumento de produção depois de abril. Ainda assim, o crude continua a caminho de um declínio semanal de mais de 3% devido a preocupações com as políticas tarifárias dos Estados Unidos (EUA).

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – sobe 1,43% para os 67,31 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,63% para os 70,59 dólares por barril.

O mercado pode ter reagido de forma exagerada ao aumento da produção dos membros da OPEP+, mas o vice primeiro-ministro russo esclareceu que os aumentos na produção só acontecerão se puderem ser absorvidos para manter o equilíbrio do mercado, explicou à Reuters Giovanni Staunovo, analista do UBS.

A OPEP+ tenciona prosseguir com o aumento da produção previsto para abril, acrescentando 138 mil barris por dia ao mercado.

Ainda do lado da oferta, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que o objetivo dos EUA é reduzir as exportações de "ouro negro" iraniano a um mínimo. A Administração norte-americana, estará a considerar um plano para inspecionar os petroleiros iranianos no mar, informou a Reuters na quinta-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.

07.03.2025

Wall Street negoceia no verde em dia de dados do emprego. Broadcom ganha 6%

Wall Street abriu a última sessão da semana com os índices a negociar em terreno positivo. Os mercados estarão a reagir a importantes dados do mercado de trabalho do lado de lá do Atlântico. Isto à medida que a atenção continua centrada nas tarifas alfandegárias da Administração norte-americana aos seus parceiros comerciais, bem como ao discurso do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, sobre o estado de saúde da maior economia mundial.

O S&P 500 sobe 0,39% para os 5.760,74 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganha 0,58% para 18.173,73 pontos. Já o Dow Jones avança 0,27% para 42.695,99 pontos.

No que toca ao mercado de trabalho, a economia dos EUA criou 151 mil empregos em fevereiro, um valor que fica abaixo das estimativas dos analistas de 160 mil postos de trabalho, revelou esta sexta-feira o Departamento norte-americano de Estatísticas do Emprego. Já a taxa de desemprego dos EUA fixou-se em 4,1% em fevereiro, um crescimento face aos 4% registados no mês anterior. Ainda assim, os dados não deverão alterar de forma significativa a avaliação que a Fed faz da robustez do mercado laboral.

O presidente da Fed, Jerome Powell, falará esta tarde sobre o estado da economia norte-americana na Booth School of Business da Universidade de Chicago. Powell falará numa altura em que se perspetivam alguns riscos para uma nova subida da inflação, como potenciais mudanças nas políticas comerciais e de imigração e perturbações geopolíticas nas cadeias de abastecimento. A Fed decidiu manter as taxas diretoras inalteradas no intervalo 4,25%-4,5% em janeiro, interrompendo o seu ciclo de redução das taxas após três reduções consecutivas em 2024. A próxima reunião dos decisores de política monetária no país terá lugar a 19 de março.

Quanto aos movimentos de mercado, a Broadcom segue a ganhar quase 6%, depois de a empresa que produz "chips" para a Apple e outras grandes empresas tecnológicas ter apresentado uma previsão de receitas otimista, dando sinais de que a despesa em computação ligada à inteligência artificial continua a ser saudável.

Já a Hewlett Packard Enterprise, que também apresentou resultados após o fecho da sessão desta quinta-feira, sobe mais de 1%, apesar de ter afirmado que os lucros do próximo ano seriam afetados por tarifas, margens fracas nas vendas de servidores e problemas de execução. A empresa também disse que iria eliminar cerca de 3 mil postos de trabalho, segundo a Trading Economics.

Quanto às "big tech", a Nvidia avança 2,41%, a Amazon sobe 0,37%, a Microsoft cede 0,68%, a Meta ganha 0,92%, a Alphabet valoriza 0,63% e a Apple pula 1,64%. 

07.03.2025

Europa não escapa a onda vermelha nas bolsas mundiais. Trump gera incerteza nos mercados

As bolsas europeias estão a seguir a tendência registada nos EUA e na Ásia e negoceiam, esta manhã, maioritariamente no vermelho, com os avanços e recuos nas tarifas de Donald Trump a injetarem incerteza e volatilidade no mercado. Isto numa altura em que o Banco Central Europeu continua a cortar nas taxas de juro, embora tenha deixado algumas reservas em relação ao futuro da política monetária da Zona Euro e tenha revisto em baixa as suas perspetivas de crescimento económico.

A esta hora, o "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, recua 0,47% para 553,27 pontos, com quase todas as praças e setores a negociarem em território negativo. O índice prepara-se mesmo para fechar a semana no vermelho, quebrando uma série de 10 semanas com saldos positivos. O setor automóvel é um dos que mais cai esta manhã, corrigindo dos ganhos avultados registados na sessão anterior.

Já no setor de luxo, as perdas também são consideráveis. Empresas como a Richemont e a Burberry estão a perder mais de 5% do seu valor em bolsa, enquanto a Kering recua perto dos 3%. O setor está a ser pressionado pela indefinição em torno da política comercial dos EUA e a introdução de tarifas às importações chineses por parte da maior economia do mundo.

Entre as principais movimentações de mercado, a Elia Group está a viver o seu melhor dia de sempre, ao disparar 12,86% após ter apresentado resultados bastante positivos. Por sua vez, a Atos cai mais de 10%, depois de a tecnológica francesa ter anunciado que vai reduzir a quantidade de ações em circulação no final do mês.  

Entre as principais praças europeias, o alemão DAX perde 1,21%, o francês CAC-40 recua 0,66%, o italiano FTSEMIB cai 0,18%, enquanto o espanhol IBEX 35 retrai 0,42% e o britânico FTSE 100 regista um decréscimo de 0,30%. Em contraciclo, o holandês AEX ganha 0,01% e o português PSI avança 1,31%. 

07.03.2025

Juros respiram na Zona Euro, após dois dias de grandes agravamentos

Após dois dias de grandes agravamentos, os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro conseguiram, finalmente, respirar esta sexta-feira. As "yields" das obrigações do bloco de países estão a aliviar, depois de os juros da dívida alemã terem vivido o pior dia desde a queda do muro de Berlim na quarta-feira. 

O pessimismo alastrou-se para todo o mundo, com as "yields" norte-americanas e asiáticas a registarem grandes movimentações. Os juros da dívida japonesa, com maturidade a trinta anos, alcançaram mesmo esta sexta-feira o valor mais elevado desde a crise financeira de 2008. 

No entanto, as obrigações europeias parecem ter encontrado um ponto de equilíbrio esta manhã. Os juros das "Bunds" alemãs, com maturidade a dez anos e de referência para a região, recuam 1,2 pontos base para 2,818%, enquanto as "yields" francesas cedem 0,5 pontos para 3,530%.

Entre os países do sul da Europa, os juros da dívida portuguesa encontram-se a negociar inalterados face ao fecho da sessão de quinta-feira, nos 3,332%. Já os da dívida espanhola perdem 0,7 pontos para 3,485% e os das obrigações italianas aliviam 1,3 pontos para 3,942%.

Fora da Zona Euro, as "yields" do Reino Unido negoceiam em contraciclo, ao agravarem-se 1,6 pontos base para 4,679%. 

07.03.2025

Dólar em queda. Euro com melhor semana desde 2009

O dólar continua a negociar em mínimos de quatro meses, numa altura em que a incerteza com a política comercial dos EUA e as preocupações com o crescimento da maior economia do mundo estão a assustar os mercados. Apesar de Donald Trump ter recuado nas tarifas que queria impor ao México e ao Canadá, a indefinição em torno das suas políticas está a travar uma recuperação da moeda norte-americana.

A esta hora, o euro avança 0,73% para 1,0864 dólares, enquanto a libra sobe 0,40% para 1,2934 dólares. Por sua vez, a divisa dos EUA recua 0,43% para 147,34 ienes – mínimos de outubro do ano passado. O dólar também perdeu alguma força face à moeda canadiana e mexicana após o passo atrás dado pela administração Trump.

"Os sinais de que o excecionalismo dos EUA está em declínio continuam a aumentar", começa por explicar Kieran Williams, analista da InTouch Capital Market, à Reuters. Neste contexto, o dólar "caiu em desgraça" no meio de tanta incerteza, com as políticas inflacionistas de Trump a não serem suficientes para apoiar a divisa norte-americana.

Com a incerteza a pressionar o dólar e as economias europeias a prepararem-se para aumentar os gastos com a defesa, o fosso entre a política monetária dos EUA e a do Velho Continente já não parece estar a ter grande impacto no euro. A divisa prepara-se para fechar a semana com o maior ganho semanal desde 2009.

07.03.2025

Bitcoin cai quase 6% com Trump a afastar compra da criptomoeda para já

A bitcoin chegou a cair quase 6% esta madrugada, após o Presidente dos EUA ter assinado uma ordem executiva para criar uma "reserva estratégica" da criptomoeda. Ao contrário do que Donald Trump deu a entender no passado domingo, a reserva vai ser composta apenas por ativos já apreendidos pela justiça norte-americana, com o Governo a deixar de lado planos para comprar bitcoin e outras criptomoedas.

Entretanto, a moeda digital mais famosa do mundo reduziu as perdas para 1,21%, com cada bitcoin a valer agora cerca de 88,760 dólares. O pessimismo estendeu-se a todo o mercado dos criptoativos, com as outras moedas que Trump tinha anunciado como parte desta reserva estratégica - Ether, XRP, Cardano e Solana – a encabeçarem as perdas.

Os cofres do "Uncle Sam" já detêm mais de 200 mil bitcoins, o que representa cerca de 17,5 mil milhões de dólares ao preço atual, segundo anunciou David Sacks, o intitulado "czar" de cripto da administração norte-americano. De acordo com a ordem executiva, qualquer aquisição de bitcoin para esta reserva iria ter de ser feita através de "estratégias que não tenham impacto no orçamento" do país – deixando, para já, de parte esta compra.

07.03.2025

Ouro prestes a fechar semana com ganhos mas ainda à procura de catalisadores

A onça de ouro encaminha-se para fechar a semana com ganhos, com o metal precioso a beneficiar da sua posição como um ativo refúgio numa altura de incerteza para os mercados. Os investidores aguardam agora pelos dados da criação do emprego, à espera de pistas sobre o futuro da política monetária dos EUA.

O ouro avança 0,36% para 2.922,33 dólares por onça, preparando-se para encerrar a semana com ganhos superiores a 2%. As perspetivas para o futuro do metal amarelo continuam "bastante positivas", mas a matéria-prima continua à procura de novos catalisadores para quebrar a barreira dos 3 mil dólares, como explica à Reuters Kunal Shah, diretor de "research" da Nirmal Bang Commodities.

Pelo menos no curto-prazo, não se esperam novos cortes por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Esta quinta-feira, um dirigente do banco central afirmou que estava bastante inclinado para votar contra um novo alívio das taxas de juro na reunião deste mês – embora reconheça que a inflação está em trajetória descendente e admita novos cortes até ao final do ano.

O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros. Os dados da criação de emprego podem iluminar o caminho a seguir, caso mostrem uma maior vulnerabilidade do mercado laboral aos riscos económicos e políticos vividos nos EUA. Espera-se que a economia norte-americana tenha criado 160 mil postos de trabalho no mês de fevereiro.

07.03.2025

Petróleo vive pior semana desde outubro. Brent aponta para queda de 5%

O petróleo prepara-se para registar a pior semana desde outubro, numa altura em que as tarifas continuam a ocupar o palco principal das preocupações dos investidores, injetando grandes níveis de volatilidade e incerteza nos mercados.

O Brent - de referência para o continente europeu - continua negociar abaixo da barreira dos 70 dólares por barril, embora registe ganhos modestos esta manhã. O índice avança 0,69% para 69,94 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 0,66% para 66,80 dólares.

Na quinta-feira o Presidente norte-americano anunciou que ia adiar as taxas sobre os produtos mexicanos e canadianos abrangidos pelo acordo comercial tripartido (USMC). É mais um passo atrás na política comercial de Trump, depois de o republicano ter aliviado as preocupações do setor automóvel na quarta-feira, mas os avanços e recuos estão a preocupar os investidores.

Os dois índices de referência para o mercado europeu e norte-americano preparam-se para encerrar a semana com quedas de cerca de 5% - as maiores perdas desde a semana acabada em 14 de outubro de 2024. "Parece que os mercados estão em modo pânico total e já não são facilmente apaziguados pelos adiamentos e isenções de um mês de Trump", explica Vandana Hari, da Vanda Insights, à Reuters.

07.03.2025

Vaivém de Trump assusta mercados. Ásia e Europa no vermelho

As bolsas asiáticas encerraram a derradeira sessão da semana no vermelho, numa altura em que os avanços e recuos da política comercial de Donald Trump continuam a cobrir os mercados de incerteza. Pela Europa, as praças apontam para uma abertura com perdas.

"A confusão reina em torno da agenda política da administração Trump", explica Chris Weston, analista da Pepperstone Group, à Bloomberg. "Embora haja poucos sinais de pânico – o Presidente até deu mais um passo atrás na introdução de tarifas -, os mercados estão nervosos", completa.

Pelo Japão, o Topix e o Nikkei 225 encerraram com perdas de 1,6% e 2,2%, respetivamente, num dia em que as "yields" do país a 30 anos alcançaram valores que já não eram vistos desde a crise financeira de 2008.

Já na China, o volume de exportações ficou aquém do esperado pelos economistas. As vendas ao exterior cresceram apenas 2,3% entre janeiro e fevereiro em comparação com o ano anterior, quando as expectativas apontavam para um aumento de 5%. Esta evolução marca o ritmo de crescimento mais baixo desde abril de 2024.

Apesar deste cenário, os principais índices chineses encerraram a sessão desta sexta-feira com perdas bastante modestas. O Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite caíram ambos apenas 0,2%.

Já pela Coreia do Sul, o Kospi cedeu 0,49%, enquanto o australiano S&P/ASX 200 afundou 1,81% e terminou a sessão em mínimos de seis meses.

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