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CDS quer criminalizar o abandono de idosos

"O CDS-PP já anunciou que a primeira grande bandeira política que vai assumir será precisamente o apoio social à terceira idade", afirma Francisco Rodrigues dos Santos.

Lusa
Lusa 05 de Março de 2020 às 14:50
O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, anunciou hoje que o partido voltará a apresentar iniciativas legislativas para criminalizar o abandono dos idosos no sentido de resgatar o valor da "solidariedade intergeracional".

"O CDS-PP já anunciou que a primeira grande bandeira política que vai assumir será precisamente o apoio social à terceira idade", afirmou o líder centrista, à margem de uma visita ao Centro Social Paroquial de S. Pedro e S. João do Estoril, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa.

Para Francisco Rodrigues dos Santos, é necessário assegurar todos os apoios sociais relacionados com a qualidade de vida e o conforto dos idosos, de forma a "permitir que se sintam úteis na sociedade onde estão inseridos".

O líder centrista sublinhou ainda a necessidade de resgatar um valor "muito caro" ao CDS, "que é o da solidariedade intergeracional".

"Eu sou, como é sabido, o líder partidário mais jovem e considero muito útil, numa sociedade humanista como aquela em que vivemos, que possamos cuidar de quem cuidou de nós e nos permitiu sermos quem somos e o Estado não se pode demitir das suas funções de cuidador", vincou o dirigente.

Francisco Rodrigues dos Santos confessou querer "viver num país que criminaliza o abandono de animais mas que também criminaliza o abandono dos idosos" e revelou que o CDS irá voltar a apresentar propostas legislativas nesse sentido.

"Queremos que o estatuto do cuidador informal, que neste momento está criado muito por iniciativa política do CDS, tenha efetivos direitos para quem cuida dos seus familiares, possamos mitigar o abandono dos idosos e as suas situações de isolamento e, por último, que sejam criadas condições para que a população possa viver em segurança, sem ameaças à sua integridade física e ao seu património", concluiu o líder.

Questionado sobre as explicações dadas por António Costa, esta quarta-feira no debate quinzenal sobre o surto do novo Covid-19, o líder deixou algumas críticas às "contradições" entre o discurso da ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas.

"O que verificamos é que os mecanismos colocados à disposição das populações não estão a funcionar. Ontem verificámos que a linha de assistência e de apoio foi contactada 44 vezes por uma médica e não obteve nenhuma resposta", afirmou o líder.

Francisco Rodrigues dos Santos lembrou ainda que António Costa "chamou a si a responsabilidade na gestão deste assunto" o que, para o líder, "significa que, daqui para a frente, uma vez avocada esta matéria, a quem os partidos políticos e a sociedade irá pedir responsabilidades é ao sr. primeiro-ministro que está, a partir de hoje, sob exame de toda a sociedade".

Portugal tem mais dois casos confirmados do novo coronavírus, elevando para oito o número de casos confirmados, revelou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS). Estes dois novos casos confirmados são de dois homens, que estão internados no Centro Hospitalar universitário de São João, no Porto.

No total, Portugal tem oito casos confirmados de Covid-19, sete homens e uma mulher. Os doentes estão internados em hospitais do Porto, Coimbra e Lisboa.

No boletim divulgado ao final do dia de quarta-feira sobre a situação epidemiológica em Portugal, a DGS informava que estavam registados 117 casos suspeitos.

O Covid-19 é o nome atribuído pela Organização Mundial de Saúde à doença provocada pelo novo coronavírus, que surgiu em Wuhan, na China, no final do ano passado.

O surto de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia. Já provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países.

A Itália, o país mais afetado na Europa, anunciou na quarta-feira o encerramento de todas as escolas e universidades a partir de hoje e até 15 de março, como medida de precaução face à epidemia de Covid-19, que no país já matou mais de 100 pessoas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
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