Notícia
Cavaco sob fogo de Alegre e PS por admitir "crise grave"
Manuel Alegre disse que o seu adversário e actual Presidente da República é "factor de instabilidade e dúvida" por colocar o eleitoralismo acima dos interesses do País.
12 de Janeiro de 2011 às 19:23
O quarto dia de campanha foi novamente dominado pelos números, hoje os da dívida, bem recebidos pelos candidatos, mas com Cavaco Silva a não excluir uma "crise grave", o que o tornou alvo de críticas de Alegre e do PS.
O Tesouro português colocou hoje obrigações a dez anos com uma taxa de juro de 6,716 por cento, inferior à da emissão anterior, que atingiu os 6,806 por cento, tendo tido uma procura 3,2 vezes superior à da oferta.
No Alentejo, Manuel Alegre disse que o seu adversário e actual Presidente da República é "factor de instabilidade e dúvida" por colocar o eleitoralismo acima dos interesses do País, afirmando-se portador do legado dos ex-Chefes de Estado Mário Soares e Jorge Sampaio.
"Num momento em que o país precisa de uma palavra de confiança e de estabilidade, o candidato fez declarações que geram instabilidade e lançou a dúvida", disse, após considerar "boas" as notícias sobre a emissão de dívida.
Também o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, criticara Cavaco Silva por seguir "demasiadas vezes" a via da crítica ao Governo na campanha eleitoral, classificando-o como factor gerador de instabilidade institucional e desvalorizou as recentes críticas de Alegre às medidas de austeridade.
"Nós não podemos de facto excluir a possibilidade de ocorrer uma crise grave em Portugal, não apenas no plano económico e no plano social, mas também no plano político", afirmou Cavaco Silva em Trás-os-Montes, embora contrapondo que a emissão de dívida correu "relativamente bem", desejando que represente "um começo".
O candidato apoiado por PSD, CDS-PP e MEP recusou responder a Assis, afirmando porém ser o "Provedor dos Portugueses" e não dos descontentamentos como sugerira o líder parlamentar do PS.
Em Lisboa, o deputado socialista e candidato independente, Defensor Moura, retomou os trabalhos de deputado no Parlamento e responsabilizou Cavaco Silva pelo actual estado de "dificuldades" do Serviço Nacional de Saúde, expressando "muitas dúvidas" sobre o comportamento dos mercados, após o "sucesso" anunciado hoje pelo ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos.
Outro independente, Fernando Nobre, considerou "positiva" a operação de venda dos títulos do Tesouro do Estado português e disse que o resultado significa que Portugal tem "para já" credibilidade, numa das suas várias acções na Grande Lisboa.
"A César o que é de César. Eu não estou nesta campanha só para dizer mal", disse o presidente da Assistência Médica Internacional, que também se autoproclamou como o candidato mais capaz de vencer Cavaco Silva numa segunda volta porque Manuel Alegre tem um "discurso radical".
O comunista Francisco Lopes, no Algarve, afirmou que "continua a haver uma pressão especulativa para a extorsão dos recursos públicos" portugueses, relativamente à operação de emissão de dívida.
Na Madeira, o deputado regional da Nova Democracia, José Manuel Coelho, assumiu-se como o "José Mourinho da política portuguesa" e mostrou-se confiante num bom resultado.
O Tesouro português colocou hoje obrigações a dez anos com uma taxa de juro de 6,716 por cento, inferior à da emissão anterior, que atingiu os 6,806 por cento, tendo tido uma procura 3,2 vezes superior à da oferta.
"Num momento em que o país precisa de uma palavra de confiança e de estabilidade, o candidato fez declarações que geram instabilidade e lançou a dúvida", disse, após considerar "boas" as notícias sobre a emissão de dívida.
Também o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, criticara Cavaco Silva por seguir "demasiadas vezes" a via da crítica ao Governo na campanha eleitoral, classificando-o como factor gerador de instabilidade institucional e desvalorizou as recentes críticas de Alegre às medidas de austeridade.
"Nós não podemos de facto excluir a possibilidade de ocorrer uma crise grave em Portugal, não apenas no plano económico e no plano social, mas também no plano político", afirmou Cavaco Silva em Trás-os-Montes, embora contrapondo que a emissão de dívida correu "relativamente bem", desejando que represente "um começo".
O candidato apoiado por PSD, CDS-PP e MEP recusou responder a Assis, afirmando porém ser o "Provedor dos Portugueses" e não dos descontentamentos como sugerira o líder parlamentar do PS.
Em Lisboa, o deputado socialista e candidato independente, Defensor Moura, retomou os trabalhos de deputado no Parlamento e responsabilizou Cavaco Silva pelo actual estado de "dificuldades" do Serviço Nacional de Saúde, expressando "muitas dúvidas" sobre o comportamento dos mercados, após o "sucesso" anunciado hoje pelo ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos.
Outro independente, Fernando Nobre, considerou "positiva" a operação de venda dos títulos do Tesouro do Estado português e disse que o resultado significa que Portugal tem "para já" credibilidade, numa das suas várias acções na Grande Lisboa.
"A César o que é de César. Eu não estou nesta campanha só para dizer mal", disse o presidente da Assistência Médica Internacional, que também se autoproclamou como o candidato mais capaz de vencer Cavaco Silva numa segunda volta porque Manuel Alegre tem um "discurso radical".
O comunista Francisco Lopes, no Algarve, afirmou que "continua a haver uma pressão especulativa para a extorsão dos recursos públicos" portugueses, relativamente à operação de emissão de dívida.
Na Madeira, o deputado regional da Nova Democracia, José Manuel Coelho, assumiu-se como o "José Mourinho da política portuguesa" e mostrou-se confiante num bom resultado.