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Cavaco Silva é o candidato presidencial com orçamento mais elevado
Os cinco principais candidatos presidenciais prevêem gastar, no total, quase 10 milhões de euros nas campanhas eleitorais, de acordo os respectivos orçamentos entregues no Tribunal Constitucional. A campanha de Cavaco Silva foi a que apresentou o orçament
Os cinco principais candidatos presidenciais prevêem gastar, no total, quase 10 milhões de euros nas campanhas eleitorais, de acordo os respectivos orçamentos entregues no Tribunal Constitucional. A campanha de Cavaco Silva foi a que apresentou o orçamento mais elevado.
Segundo os orçamentos de campanha hoje divulgados pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, e citados pela Lusa, a candidatura do deputado socialista Manuel Alegre prevê gastar 1,5 milhões de euros.
As candidaturas de Cavaco Silva, Mário Soares, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã tinham já divulgado na sexta-feira os respectivos orçamentos de campanha, que somam mais de 8 milhões de euros.
Além destes candidatos às eleições presidenciais de 22 de Janeiro, entregaram também orçamentos de campanha no Tribunal Constitucional os candidatos Garcia Pereira, Manuela Magno, Carmelinda Pereira e Luís Filipe Guerra, de acordo com a Lusa.
Cavaco Silva, Mário Soares, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Manuela Magno foram os únicos candidatos que incluíram nas receitas de campanha uma parte da subvenção estatal, presumindo que terão pelo menos 5% dos votos.
A candidatura do ex-primeiro-ministro Cavaco Silva foi a que apresentou o maior orçamento, que ronda o limite máximo de gastos permitido por lei: 10 mil salários mínimos (374,7 euros), ou seja, 3,747 milhões de euros.
Dos 3,7 milhões de euros que Cavaco Silva estima gastar, a maior fatia - 1,47 milhões de euros - destina-se a publicidade, seguindo-se as acções de campanha, com 665 mil euros, e o material de propaganda política, com 402 mil euros .
Quanto às receitas, o candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP não apresenta quaisquer contribuições de partidos políticos, mas estima receber mais de 2 milhões de euros de donativos de «pessoas singulares».
Cavaco Silva prevê, por outro lado, que terá cerca de 50% dos votos, ganhando à primeira volta, uma vez que coloca como valor da subvenção estatal que lhe será atribuída aproximadamente 1,7 milhões de euros.
A subvenção estatal a dividir por todos os candidatos que obtenham pelo menos 5% dos votos é de 3,747 milhões de euros, valor correspondente a 10 mil salários mínimos.
O artigo 18º da Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais determina que 20%o desse valor - cerca de 750 mil euros - são distribuídos igualmente por todos os candidatos e os restantes 80% - perto de 3 milhões de euros - na proporção dos resultados eleitorais obtidos por cada um.
A candidatura de Mário Soares, apoiada pelo PS, apresentou o segundo ma ior orçamento, de mais de 2,9 milhões de euros, contando com 1,5 milhões de euros de «contribuição do partido».
Mais de dois milhões de euros serão gastos pela candidatura de Mário Soares em publicidade, promoção e propaganda, dos quais um milhão de euros em material de campanha e igual montante em acções de campanha, detalha a agência Lusa.
Mário Soares calcula obter cerca de 25% dos votos, contando com 899 mil euros de subvenção estatal, ligeiramente menos que o seu adversário Manuel Alegre, que inclui no orçamento uma subvenção de 900 mil euros.
O deputado socialista, que não tem o apoio de qualquer partido, prevê gastar cerca de um milhão de euros em publicidade, promoção e propaganda e angariar 100 mil euros em «fundos pecuniários» e 200 mil em «donativos em espécie».
A candidatura presidencial do secretário-geral do PCP prevê gastar 1,1 milhões de euros, dos quais mais de metade em material de campanha, seguindo-se a rubrica de «transporte de pessoas», com 125 mil euros.
Jerónimo de Sousa conta com 350 mil euros de subvenção estatal, ou seja , prevê alcançar entre 5 e 7% dos votos.
O orçamento da candidatura de Francisco Louçã é o menor destes cinco: cerca de 550 mil euros.
O candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda calcula gastar mais de 400 mil euros em material e acções de campanha e obter uma subvenção estatal de 425 mil euros, ou seja, o correspondente a entre 8 e 9% dos votos.
O candidato repetente e apoiado pelo PCTP/MRPP Garcia Pereira apresento u um orçamento de 22 mil euros, inferior ao de Manuela Magno que estima gastar 307 mil euros.
Carmelinda Pereira calcula ter uma despesa de 2.000 euros com a campanha presidencial, enquanto Luís Filipe Guerra prevê gastar 5.000 euros.
Os candidatos Diamantino Maurício da Silva, Josué Gonçalves Pedro, Maria Teresa Lameiro, Luís Botelho Ribeiro não apresentaram os respectivos orçamento s de campanha.
O Tribunal Constitucional terá ainda de verificar a validade das 13 candidaturas que foram formalizadas até sexta-feira passada, último dia do prazo.