Notícia
Cavaco volta a pedir mecanismo de resposta a crises no euro
Antigo Presidente da República sublinha que "a UE pode ser atingida no futuro por uma nova recessão económica global com custos muito elevados para os cidadãos" e que este instrumento seria essencial para dar uma resposta.
03 de Fevereiro de 2023 às 16:37
O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva voltou a defender esta sexta-feira a necessidade de se criar um mecanismo de resposta às crises no espaço da Zona Euro.
Em artigo de opinião no Expresso, o ex-Chefe de Estado defende que "compete à Comissão Europeia relançar o debate político para completar a arquitetura da União Económica e Monetária, não esperando pelo fim da iniciativa Next Generation EU, em 2026, para fazê-lo".
Cavaco Silva vai mais longe e sublinha que "os ensinamentos que se retiram da resposta que foi dada à crise deviam estimular os líderes europeus a, rapidamente, dotar a Zona Euro de uma função de estabilização orçamental comum".
"Por um lado, porque a UE pode ser atingida no futuro por uma nova recessão económica global com custos muito elevados para os cidadãos, principalmente se a política monetária do BCE estiver a operar a um nível de taxas de juro muito baixas", escreveu o também economista no artigo.
Cavaco acrescenta também que "a resposta a uma recessão global, para ser eficaz, tem de ser centralizada a nível europeu, mobilizável sem atrasos e devidamente coordenada com a política monetária do BCE".
"O precedente de recurso à mutualização da dívida pública europeia, aberto pela iniciativa Next Generation EU, pode contribuir para atenuar a resistência dos Estados-membros em acrescentar à arquitetura da zona euro uma função permanente de estabilização da atividade económica", argumentou.
No passado, também o antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa tinha defendido a implementação de uma mecanismo idêntico a um Fundo Monetário Internacional (FMI) aplicável à moeda única.
Em artigo de opinião no Expresso, o ex-Chefe de Estado defende que "compete à Comissão Europeia relançar o debate político para completar a arquitetura da União Económica e Monetária, não esperando pelo fim da iniciativa Next Generation EU, em 2026, para fazê-lo".
"Por um lado, porque a UE pode ser atingida no futuro por uma nova recessão económica global com custos muito elevados para os cidadãos, principalmente se a política monetária do BCE estiver a operar a um nível de taxas de juro muito baixas", escreveu o também economista no artigo.
Cavaco acrescenta também que "a resposta a uma recessão global, para ser eficaz, tem de ser centralizada a nível europeu, mobilizável sem atrasos e devidamente coordenada com a política monetária do BCE".
"O precedente de recurso à mutualização da dívida pública europeia, aberto pela iniciativa Next Generation EU, pode contribuir para atenuar a resistência dos Estados-membros em acrescentar à arquitetura da zona euro uma função permanente de estabilização da atividade económica", argumentou.
No passado, também o antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa tinha defendido a implementação de uma mecanismo idêntico a um Fundo Monetário Internacional (FMI) aplicável à moeda única.