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Catarina Martins diz que não está a ser discutido "nenhum plano B"

A porta-voz do Bloco de Esquerda garantiu que "não está a ser debatido nenhum plano B" com o Governo, e que as conversas têm seguido o rumo de recuperação de rendimentos e dinamização da economia.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Abril de 2016 às 23:41
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"Podemos ter diferenças [com o Governo], mas o Bloco sente-se confortável a discutir reformas em nome de quem aqui vive, da economia portuguesa, e sente-se bem a discutir reformas e programas a discutir onde devem ser discutidos, na Assembleia da República", vincou a dirigente bloquista esta quarta-feira.

 

Catarina Martins falava na Casa do Alentejo, no centro de Lisboa, numa sessão pública organizada pelo Bloco de Esquerda (BE) sob o mote "Que mudanças para o país?".

 

A porta-voz do partido - um dos que apoia parlamentarmente o executivo do PS - foi peremptória: "Não está a ser debatido nenhum plano B, não estão a ser debatidas medidas de austeridade".

 

Depois, Catarina Martins, criticou os partidos de direita porque "no momento em que começa a chegar às pessoas a recuperação de rendimentos", PSD e CDS-PP estão "muito preocupados em dizer às pessoas para não acreditarem na recuperação que vêem nas carteiras", procurando alimentar "fantasmas" em torno destas políticas. "Pela primeira vez em muitos anos, quando se discute reformas, não se está a falar de cortar salários e pensões", prosseguiu a porta-voz do BE.

 

A bloquista falava na véspera do Conselho de Ministros em que o Governo irá aprovar o Programa Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade, documentos que terão de ser entregues à Comissão Europeia, em Bruxelas, até final de Abril.

 

A imprensa económica noticia hoje que o ministro das Finanças, Mário Centeno, apresentará na quinta-feira em Conselho de Ministros uma previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8%, em 2016, sem qualquer revisão em baixa.

 

No entanto, para 2017, a previsão passa dos 3,1% previstos no programa do Governo para 1,8 %. Quanto às metas do défice, a imprensa refere que o Governo revê de 2,6% para 1,4%, o que representa um corte de 0,8 pontos percentuais face aos objectivos para o corrente ano. 

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