Notícia
Catarina Martins defende nova comissão de inquérito à CGD
"Cheguem esses novos dados e haja matéria, deve haver nova comissão de inquérito", afirmou Catarina Martins.
29 de Janeiro de 2019 às 17:50
A coordenadora do BE defendeu esta terça-feira que, caso surjam novos dados e "haja matéria", deverá ser realizada uma nova comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas rejeitou que a última tenha sido parada abruptamente.
Catarina Martins participou hoje num almoço promovido pela Associação 25 de Abril, em Lisboa, e no período de debate, no qual respondeu a perguntas dos participantes, o tema da CGD foi abordado, com a líder do BE a acusar o PSD de estar de novo a instrumentalizar o banco público.
"O BE pensa o mesmo agora que pensava na altura. Foi importante tirar as conclusões da comissão de inquérito porque ela ficar suspensa 'ad eternum' impedia-nos de mandar aquelas conclusões para o Ministério Público e avançar a investigação", disse.
Segundo a líder do BE, neste momento aguardam-se "novos dados, nomeadamente auditorias que têm sido muito debatidas".
"Cheguem esses novos dados e haja matéria, deve haver nova comissão de inquérito", afirmou.
Sobre as acusações do PSD estar a instrumentalizar a CGD, Catarina Martins considerou que os sociais-democratas não querem "discutir os problemas da banca", mas "ajustar contas com o passado, porque quiseram privatizar o banco público e foram impedidos de o fazer.
"Aliás, ouvi ontem [segunda-feira] Rui Rio dizer duas coisas extraordinárias. A primeira é que uma comissão de inquérito da Caixa tinha sido parada abruptamente no parlamento e, aparentemente, o Bloco de Esquerda teria responsabilidades nisso. Entendamo-nos: nenhuma comissão de inquérito foi parada abruptamente", garantiu.
A última comissão de inquérito, acrescentou, "durou mais tempo do que estava inicialmente previsto e foi até ao fim".
"O que aconteceu foi que, a determinada altura, o PSD quis suspender a comissão de inquérito, não se sabia por quanto tempo, à espera de um documento que estava em segredo de justiça e que poderia ou não chegar e o que nós dissemos é que, vindo o documento, pode-se depois fazer tudo o que for preciso, mas aquela comissão de inquérito já tinha matéria para ter conclusões , exigimos conclusões e mandamos as conclusões para o Ministério Público", relatou.
O que o PSD queria, criticou a líder bloquista, "era que não houvesse conclusões nenhumas sobre as responsabilidades políticas", de administrações nomeadas por PS e também por PSD, arrastando o processo, "sem nunca enviar ao Ministério Público o material que já existia".
"Eu acho que foi uma decisão correta fazer conclusões da comissão de inquérito, em vez de a deixar suspensa permanentemente", insistiu.
Catarina Martins disse ainda não ter percebido as intenções do PSD, porque o líder social-democrata disse "que está a pensar em propor uma nova comissão de inquérito, mas não sabe se vai propor ou não".
"E, aparentemente, quer que os outros partidos tenham opinião sobre uma ideia que o próprio PSD não sabe o que pensa", criticou.
O presidente do PSD revelou segunda-feira estar a "avaliar" a possibilidade de pedir uma comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, notando que a esquerda cortou "abruptamente" a anterior "antes que doesse a alguém".
Catarina Martins participou hoje num almoço promovido pela Associação 25 de Abril, em Lisboa, e no período de debate, no qual respondeu a perguntas dos participantes, o tema da CGD foi abordado, com a líder do BE a acusar o PSD de estar de novo a instrumentalizar o banco público.
Segundo a líder do BE, neste momento aguardam-se "novos dados, nomeadamente auditorias que têm sido muito debatidas".
"Cheguem esses novos dados e haja matéria, deve haver nova comissão de inquérito", afirmou.
Sobre as acusações do PSD estar a instrumentalizar a CGD, Catarina Martins considerou que os sociais-democratas não querem "discutir os problemas da banca", mas "ajustar contas com o passado, porque quiseram privatizar o banco público e foram impedidos de o fazer.
"Aliás, ouvi ontem [segunda-feira] Rui Rio dizer duas coisas extraordinárias. A primeira é que uma comissão de inquérito da Caixa tinha sido parada abruptamente no parlamento e, aparentemente, o Bloco de Esquerda teria responsabilidades nisso. Entendamo-nos: nenhuma comissão de inquérito foi parada abruptamente", garantiu.
A última comissão de inquérito, acrescentou, "durou mais tempo do que estava inicialmente previsto e foi até ao fim".
"O que aconteceu foi que, a determinada altura, o PSD quis suspender a comissão de inquérito, não se sabia por quanto tempo, à espera de um documento que estava em segredo de justiça e que poderia ou não chegar e o que nós dissemos é que, vindo o documento, pode-se depois fazer tudo o que for preciso, mas aquela comissão de inquérito já tinha matéria para ter conclusões , exigimos conclusões e mandamos as conclusões para o Ministério Público", relatou.
O que o PSD queria, criticou a líder bloquista, "era que não houvesse conclusões nenhumas sobre as responsabilidades políticas", de administrações nomeadas por PS e também por PSD, arrastando o processo, "sem nunca enviar ao Ministério Público o material que já existia".
"Eu acho que foi uma decisão correta fazer conclusões da comissão de inquérito, em vez de a deixar suspensa permanentemente", insistiu.
Catarina Martins disse ainda não ter percebido as intenções do PSD, porque o líder social-democrata disse "que está a pensar em propor uma nova comissão de inquérito, mas não sabe se vai propor ou não".
"E, aparentemente, quer que os outros partidos tenham opinião sobre uma ideia que o próprio PSD não sabe o que pensa", criticou.
O presidente do PSD revelou segunda-feira estar a "avaliar" a possibilidade de pedir uma comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, notando que a esquerda cortou "abruptamente" a anterior "antes que doesse a alguém".