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Casamentos só sobem por causa das uniões gay

O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo ainda pesa pouco, mas subiu 21% no ano passado, impedindo uma nova quebra no total de casamentos. Mais de metade das crianças nasceram fora do casamento em 2016 e quase um terço de mulheres foi mãe com mais de 35 anos.

Bruno Simão
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O número de casamentos em Portugal tem vindo a cair desde pelo menos 2010 mas o ano passado fugiu à tendência: foram registados mais seis casamentos do que no ano anterior, um ligeiríssimo aumento, garantido pela subida destas cerimónias entre pessoas do mesmo sexo.

Apesar de representarem apenas 1,3% dos mais de 32 mil casamentos registados no ano passado, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo aumentaram 21% no ano passado, para 422 casamentos homossexuais, revelam os dados divulgados esta quinta-feira, 27 de Abril, pelo Instituto Nacional de Estatística.

Os casamentos entre pessoas de sexo oposto, pelo contrário, registaram uma ligeiríssima quebra de 0,2% (menos 66 casamentos), retomando a tendência de quebra que só tinha sido interrompida em 2015.

O número de casamentos católicos voltou a cair, enquanto os casamentos civis aumentaram (para 64,2% do total), de acordo com os dados que se baseiam no registo das conservatórias.

Filhos fora do casamento e cada vez mais tarde

O que a informação agora divulgada também mostra é que o peso dos nascimentos fora do casamento (52%) já é maior do que dentro do casamento, uma tendência que se consolida, já que se verifica pelo segundo ano consecutivo.

Quase um terço (31%) das mães tem filhos depois dos 35 anos, faixa etária que tem vindo a ganhar peso. Em 2010 não superava os 22%. Dois terços dos nascimentos registaram-se entre os 25 e os 34 anos.


Mais óbitos do que nascimentos

Os mesmos dados confirmam que o número de nascimentos recuperou pelo segundo ano consecutivo. No ano passado nasceram 87,6 mil crianças, mais 1,9% do que no ano anterior. O ritmo terá desacelerado face ao aumento registado em 2015 (de 3,8%).

Apesar desta recuperação, o número de nascimentos está 14% abaixo do nível de 2010.

O saldo natural negativo agravou-se no ano passado. Morreram mais 23,4 mil pessoas do que as que nasceram.

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