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Carlos Silva: Interesse nacional deve ser defesa de direitos dos trabalhadores

O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores, Carlos Silva, hoje eleito no XII Congresso que decorre em Lisboa, afirmou que "o superior interesse nacional" deve ser a defesa dos direitos dos trabalhadores.

Miguel Baltazar/Negócios
21 de Abril de 2013 às 18:59
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No discurso de tomada de posse, Carlos Silva disse que "a UGT só representa trabalhadores", pelo que a central sindical "deverá estar sempre, sempre, sempre do lado dos trabalhadores".

"Esse deve ser para nós, sindicalistas, o superior interesse nacional", reiterou o dirigente sindical, acrescentando que, "entre a defesa dos direitos dos trabalhadores e os credores" que emprestam dinheiro a Portugal, "a UGT não pode vacilar".

 

Num discurso mobilizador e de apelo à união, Carlos Silva, eleito hoje para o cargo de secretário-geral da central sindical com 88,77% dos votos, substituindo João Proença, afirmou que "é em equipa que [a UGT] vai enfrentar os desafios que aí vêm" e que "os sucessos da UGT serão os sucessos dos trabalhadores".

 

Reconhecendo que "o momento do país é extremamente doloroso", Carlos Silva disse que "não é este o país prometido há 39 anos" e que "ainda estão por cumprir os sonhos que essa alvorada trouxe", referindo-se ao 25 de Abril de 1974.

 

Carlos Silva deixou ainda duras críticas ao Governo liderado por Pedro Passos Coelho, considerando "inaceitável" a posição do executivo relativamente aos parceiros sociais.

"O diálogo social não pode ser apenas simbólico e formal", disse, acrescentando que "cabe ao Governo apresentar alternativas e discuti-las com os parceiros sociais".

 

Para Carlos Silva, "o diálogo tripartido tem de ser feito com cedências mútuas e discussão".

No entanto, deixou um aviso: a central sindical "vai defender com todas as suas forças o diálogo social", considerando que "a sua destruição não é uma alternativa".

 

O dirigente sindical reafirmou que "a UGT não abandonará a mesa das negociações", mas alertou que não vai aceitar "a qualquer preço as políticas de austeridade" que o Governo ainda quer implementar.

 

"O direito à negociação colectiva é um direito constitucional, não podemos aceitar o seu bloqueio como forma de limitar a acção dos sindicatos. A 'troika' [Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu] não é nem pode ser argumento para o Governo não querer discutir esta matéria", afirmou o novo líder da UGT.

               

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