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Carlos Carreiras: “Sempre que fomos resgatados houve revisões constitucionais”

Presidente da câmara de Cascais diz que há uma “relação causa-efeito” entre intervenções externas e revisões constitucionais. Passos Coelho pediu ao PS para permitir mudanças na Constituição.

22 de Fevereiro de 2014 às 18:16
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O nome de Carlos Carreiras tem sido muito falado nas hostes social-democratas durante o congresso do PSD, que decorre este fim-de-semana no Coliseu do Recreios, em Lisboa, devido à possibilidade de vir a integrar a direcção do partido. Ao Negócios, Carreiras não quis adiantar se vai ou não integrar a Comissão Política Nacional. Mas comentou a revisão constitucional abordada por Passos Coelho. “Sempre que fomos resgatados, passados poucos anos houve revisões constitucionais”, adiantou ao Negócios. “Pode haver aí uma relação de causa-efeito”, sustentou.
 
Passos Coelho disse, na apresentação da sua moção de estratégia, que, apesar das sucessivas revisões, “ainda não temos a Constituição que mais se ajusta às necessidades de hoje”. Ainda assim, garantiu, esse tema não será já colocado na discussão política. Carreiras diz que é “preciso criar condições do ponto de vista legislativo” para iniciar esse debate, no qual é preciso envolver o Partido Socialista (PS).
 
Miguel Macedo também comentou a questão da revisão constitucional, afirmando que não é tempo de falar sobre isso. "O primeiro-ministro disse que, ainda que sendo importante adequar a Constituição, há tarefas prioritárias mais importantes", disse o ministro da Administração Interna em declarações ao Negócios.
 
Carlos Carreiras defendeu ainda que os socialistas têm de ser envolvido no pós-troika. "Precisamos de um compromisso muito alargado" para sair do programa ajustamento. E "quanto mais depressa conseguirmos as 
Cada um de nos sentirá que está com menos agora, mas isso é reflexo das medidas tomadas para resolver a situação herdada do Governo anterior.
 
Carlos Carreiras
bases para um compromisso alargado, mais depressa teremos condições para implementar uma reforma fiscal", antecipou. Sem isso, acrescentou, "resta a solução de subir impostos".
 
Numa entrevista concedida esta Sábado ao jornal "i", Carlos Carreiras afirma mesmo que "um Governo a três seria útil no mais curto espaço de tempo". "É uma inevitabilidade que, após as próximas eleições legislativas, vão ter de lá estar os três partidos comprometidos", disse o autarca de Cascais ao "i". 
 
"O PSD e o CDS deverão ir coligados às próximas legislativas e, mesmo com maioria absoluta, deviam chamar o PS. E isto porque a questão que se levanta é daqui a quanto tempo queremos a 4ª troika. Ou aprendemos com isto tudo ou a história vai julgar-nos muito mal a todos", defendeu na mesma entrevista.
 
"PSD nunca colocou a social democracia na gaveta"
  
O ajustamento da economia foi inevitável: "Se não tivéssemos pago o preço que pagámos, estávamos muito pior”, assegurou Carlos Carreiras. "Cada um de nos sentirá que está com menos agora, mas isso é reflexo das medidas tomadas para resolver a situação herdada do Governo anterior", justificou.
 
O autarca de Cascais afirmou, tal como o fizera o líder da distrital de Lisboa Miguel Pinto Luz (que é vereador em Cascais), que “o PSD nunca colocou a social-democracia na gaveta”. “O PS é que não tirou o socialismo da gaveta”, criticou.
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