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Carlos Moedas quer mais de 100 mil milhões para a ciência europeia até 2027

O comissário europeu Carlos Moedas anunciou esta quarta-feira que vai propor aos diversos Estados-membros e ao Parlamento Europeu um orçamento superior a 100 mil milhões de euros para ciência e inovação, durante o período entre 2021 e 2027.

Pedro Elias
Lusa 24 de Janeiro de 2018 às 20:05

Carlos Moedas (na foto) transmitiu esta posição de Bruxelas em declarações à agência Lusa e Antena 1, em Davos, na Suíça, no âmbito do Fórum Económico Mundial, após ter procedido à entrega ao Presidente da República de França, Emmanuel Macron, de uma proposta para a criação de uma agência europeia da inovação.

 

O ex-secretário de Estado do executivo de Pedro Passos Coelho referiu que, neste momento, o orçamento da ciência e inovação da Comissão Europeia, que termina em 2020, gere cerca de 80 mil milhões de euros.

 

"A ambição seria pelo menos chegar aos 100 mil milhões de euros entre 2021 e 2027 e, para isso, é preciso que os Estados-membros da União Europeia estejam de acordo. É algo que tem de ser discutido com o Parlamento Europeu e com os países da União Europeia, mas considero uma ambição realista chegar pelo menos aos 100 mil milhões de euros", declarou o comissário europeu português.

 

Em relação à proposta que entregou ao chefe de Estado francês para a criação de uma agência ao nível europeu para a inovação, Carlos Moedas referiu que se pretende "meter nela todos os instrumentos que já se possui e em que os inovadores e empreendedores europeus sabem que ali podem ter financiamento".

 

"É uma inovação diferente, de diferentes disciplinas, em que se mistura artes com as ciências. Numa altura em que todas as prioridades da Europa nos trazem algum sabor negativo, como o terrorismo, as migrações ou os refugiados, aquilo que temos como mensagem positiva actualmente é a ciência e a inovação - aspectos essenciais para haver mais e melhor emprego", sustentou.

 

Carlos Moedas classificou depois como "um momento importante" a entrega desta proposta ao chefe de Estado francês, "porque o Presidente Macron foi o primeiro a falar sobre a inovação e sobre a ciência como os motores para o crescimento na Europa".

 

"Disse Macron que temos de ser melhores na inovação que cria mercado e emprego, porque há inovação que não cria emprego e dirige-se apenas para a eficiência. A inovação de que Macron fala é uma inovação que ele chama de ruptura", acrescentou Carlos Moedas.

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