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Bush escolhe homem forte do capital de risco para Portugal

Thomas F. Stephenson deverá, no início de Dezembro, entregar as suas credenciais a Cavaco Silva, apresentando-se como sucessor de Alfred Hoffman, o empresário do sector imobiliário que, nos últimos dois anos, esteve à frente da Embaixada dos Estados Unido

27 de Novembro de 2007 às 13:08
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Thomas F. Stephenson deverá, no início de Dezembro, entregar as suas credenciais a Cavaco Silva, apresentando-se como sucessor de Alfred Hoffman, o empresário do sector imobiliário que, nos últimos dois anos, esteve à frente da Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal.

À semelhança de Hoffman, que se despede do cargo de embaixador na sexta-feira, também Stephenson tem um currículo construído à margem do circuito diplomático. E tal como Hoffman, tem sido um apoiante e financiador activo dos democratas nas últimas campanhas presidenciais norte-americanas.

Licenciado em Economia, com um MBA da Harvard Business School e formação em Direito pela Boston College Law School, Stephenson começou a sua carreira como analista da gestora de fundos de investimento Fidelity Investments, tendo participado na fundação da Fidelity Ventures, sociedade capital de risco à qual presidiu entre 1977 e 1987.

Stephenson seguiu o seu rumo na área do "private equity". Desde 87, permaneceu até hoje como "partner" da Sequoia Capital, uma das empresas mais activas de Silicon Valley e que tem no seu portfolio, investimentos e parcerias com "start ups" que são hoje referências mundiais. Entre estas, a Apple, Oracle, Cisco Systems e Yahoo!. E, mais recentemente, Google Inc. e YouTube.

Republicano e futebolista

Stephenson foi um apoiante activo de George W. Bush nas campanhas presidenciais de 2001 e 2004, tendo assumido cargos em comités financeiros ao serviços dos republicanos, quer a nível nacional, quer no estado da Califórnia, onde reside.

De acordo com a imprensa norte-americana, a Sequoia Capital figura na lista dos principais financiadores colectivos do partido republicano. Mas a título individual, o próprio Thomas Stephenson, e a sua mulher Barbara, constam como fortes contribuintes da causa republicana. Nomeada por George W. Bush, a sua mulher é, desde 2001, membro da comissão presidencial de aconselhamento para a área das artes.

Política e socialmente activo, o futuro embaixador dos EUA em Portugal tem assento em inúmeras associações e clubes que lhe conferem uma "network" de peso.

Stephenson mantém ainda hoje laços fortes com a Universidade de Harvard, tendo presidindo ao Harvard College Fund e estando representando em vários conselhos da universidade, nomeadamente no conselho de supervisores. As suas ligações estendem-se também à Universidade de Stanford, na qual está ligado a vários comités executivos. É ainda membro activo de várias instituições ligadas às artes, como o Kennedy Center e o Wilson Center.

O currículo é vasto, mas pouco revelador acerca dos seus interesses pessoais. O Jornal de Negócios tentou contactar com Thomas Stephenson, o qual optou por não responder uma vez que ainda não tomou oficialmente posse. Sabe-se, no entanto, que o futebol americano é, desde os tempos de faculdade, uma das suas paixões.

De jovem jogador, Stephenson é hoje, seguindo uma tradição de família, um dos grandes patrocinadores do futebol em Harvard.

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