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Bruxelas mantém preocupações relativas à compra da GDP pela EDP
A Comissária da Concorrência, Neelie Kroes, mantém as preocupações suscitadas pela proposta da EDP para comprar, em conjunto com a ENI, 51% do capital da Gás de Portugal, depois da reunião realizada hoje de manhã com o presidente executivo da EDP.
A Comissária da Concorrência, Neelie Kroes, mantém as preocupações suscitadas pela proposta da EDP para comprar, em conjunto com a ENI, 51% do capital da Gás de Portugal, depois da reunião realizada hoje de manhã com o presidente executivo da EDP, confirmou hoje o porta-voz da nova comissária, dando a entender que a proposta feita por João Talone não foi suficiente para conseguir o acordo à concentração.
Quanto questionado sobre o teor dessas preocupações, o mesmo responsável remeteu para as objecções levantadas pela Comissão no comunicado de Agosto que suscitou a investigação aprofundada à concentração.
Embora a decisão final da Comissão não esteja tomada, o responsável lembrou ainda para a declaração do anterior comissário da Concorrência, Mario Monti que na sexta-feira passada confirmou ter recomendado o chumbo da operação por considerar que as concessões feitas pela EDP eram insuficientes para eliminar as objecções e preocupações da Direcção-Geral da Concorrência, para quem a operação é prejudicial aos consumidores portugueses.
A eléctrica, na sexta-feira ao final do dia, tinha informado o mercado de que ia tentar, na próxima semana (esta) uma última revisão das divergências em aberto com Bruxelas para chegar a acordo.
No entanto, resta agora muito pouco tempo à EDP para apresentar novas soluções, dado que o prazo final para a decisão da Comissão Europeia é 15 de Dezembro. Por outro lado, amanhã, o projecto de decisão da Concorrência será sujeito à apreciação dos órgãos reguladores da concorrência dos 25 Estados-membros da União Europeia.
O prazo final para entrega dos remédios (propostas que atenuam o impacto negativo da operação na concorrência) terminou na quarta-feira da semana passada. Qualquer nova proposta da EDP terá de implicar uma alteração muito relevante e significativa em relação à posição da eléctrica para ser considerada por Bruxelas, soube o Jornal de Negócios Online.
Contactada a EDP [edp], ainda não foi possível obter nenhum comentário por parte da administração da eléctrica.