Notícia
Bruxelas e Madrid negam resgate a Espanha
A Comissão Europeia voltou hoje a classificar de "totalmente falsa" a notícia do jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FAZ), segundo a qual Espanha terá iniciado consultas com Bruxelas para desencadear o mecanismo europeu de estabilização financeira. Também Madrid nega o pedido de ajuda à comunidade internacional.
A Comissão Europeia voltou hoje a classificar de "totalmente falsa" a notícia do jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FAZ), segundo a qual Espanha terá iniciado consultas com Bruxelas para desencadear o mecanismo europeu de estabilização financeira. Também Madrid nega o pedido de ajuda à comunidade internacional.
“Não há plano algum para fornecer assistência a nenhum Estado-membro”, assegurou o porta-voz de Olli Rehn, comissário dos Assuntos Económicos, referindo-se à eventualidade de ser activado o fundo de 750 mil milhões de euros criado pela União Europeia, em parceria com o Fundo Monetário Internacional, para socorrer países do euro que, à semelhança da Grécia, se vejam impossibilitados de aceder aos mercados financeiros.
Citado pelo “El País”, fonte do Ministério espanhol da Economia assegura também que a notícia do FAZ é “falsa”.
À semelhança do que publicou o "Financial Times Deutchland" na semana passada, a edição de hoje do FAZ escreve que a União Europeia está já a preparar um plano de resgate de Espanha, adiantando que as conversações informais se têm intensificado na sequência da dificuldade crescente enfrentada pelos bancos espanhóis em financiarem-se. Bruxelas fala de especulação “retorcida” e aponta o dedo a Berlim.
“Não há plano, não há pedido (de ajuda). É tudo pura especulação”, acrescentou hoje o mesmo porta-voz da Comissão Europeia, ao sublinhar a “estranheza” destas notícias virem sempre do mesmo país. “Parece que há gente que não compreende isto, em particular num Estado-membro, a Alemanha”.
O jornal alemão não cita ninguém em concreto, mas adianta que quer o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, quer presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, são favoráveis a que se a Europa se mobilize para ajudar Espanha – que representa 12% do PIB da Zona Euro, muito mais do que os 2,5% da Grécia – a financiar-se, apoiando simultaneamente reformas estruturais dolorosas, designadamente para tornar mais flexível o mercado de trabalho.
A notícia do FAZ surge no dia em que foi conhecido que a dívida da banca espanhola ao Banco Central Europeu (BCE) atingiu ou 85.618 milhões de euros em Maio, o valor mais elevado de sempre. Segundo dados do Banco de Espanha, este valor representa um aumento de 26% face ao mesmo mês em 2009 e um crescimento de 14,7% face a Abril deste ano.
O BCE tem-se assumido igualmente como a principal fonte de financiamento da banca portuguesa, substituindo o papel do mercado interbancário e das emissões de empréstimos a médio e longo prazo. Os empréstimos feitos pelo BCE directamente à banca portuguesa atingiram em Abril o valor mais alto de sempre, ao elevarem-se a 17,7 mil milhões de euros.
“Não há plano algum para fornecer assistência a nenhum Estado-membro”, assegurou o porta-voz de Olli Rehn, comissário dos Assuntos Económicos, referindo-se à eventualidade de ser activado o fundo de 750 mil milhões de euros criado pela União Europeia, em parceria com o Fundo Monetário Internacional, para socorrer países do euro que, à semelhança da Grécia, se vejam impossibilitados de aceder aos mercados financeiros.
À semelhança do que publicou o "Financial Times Deutchland" na semana passada, a edição de hoje do FAZ escreve que a União Europeia está já a preparar um plano de resgate de Espanha, adiantando que as conversações informais se têm intensificado na sequência da dificuldade crescente enfrentada pelos bancos espanhóis em financiarem-se. Bruxelas fala de especulação “retorcida” e aponta o dedo a Berlim.
“Não há plano, não há pedido (de ajuda). É tudo pura especulação”, acrescentou hoje o mesmo porta-voz da Comissão Europeia, ao sublinhar a “estranheza” destas notícias virem sempre do mesmo país. “Parece que há gente que não compreende isto, em particular num Estado-membro, a Alemanha”.
O jornal alemão não cita ninguém em concreto, mas adianta que quer o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, quer presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, são favoráveis a que se a Europa se mobilize para ajudar Espanha – que representa 12% do PIB da Zona Euro, muito mais do que os 2,5% da Grécia – a financiar-se, apoiando simultaneamente reformas estruturais dolorosas, designadamente para tornar mais flexível o mercado de trabalho.
A notícia do FAZ surge no dia em que foi conhecido que a dívida da banca espanhola ao Banco Central Europeu (BCE) atingiu ou 85.618 milhões de euros em Maio, o valor mais elevado de sempre. Segundo dados do Banco de Espanha, este valor representa um aumento de 26% face ao mesmo mês em 2009 e um crescimento de 14,7% face a Abril deste ano.
O BCE tem-se assumido igualmente como a principal fonte de financiamento da banca portuguesa, substituindo o papel do mercado interbancário e das emissões de empréstimos a médio e longo prazo. Os empréstimos feitos pelo BCE directamente à banca portuguesa atingiram em Abril o valor mais alto de sempre, ao elevarem-se a 17,7 mil milhões de euros.