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Bruxelas prepara plano B para financiar Ucrânia com 20 mil milhões

Modelo financiado por dívida tem ganhado tração como a forma mais prática de providenciar apoio à Ucrânia se o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, recusar recuar no veto na cimeira de líderes prevista para 1 de fevereiro.

Valentyn Ogirenko/Reuters
27 de Dezembro de 2023 às 09:52
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A União Europeia (UE) está a preparar um plano B no valor de 20 mil milhões de euros para financiar a Ucrânia de modo a contornar o veto da Hungria a um pacote de apoio à reconstrução do país.

Segundo o Financial Times, o plano B passa por utilizar um esquema assente na dívida que permitiria libertar rapidamente fundos para a Ucrânia.

Depois de os líderes dos 27 terem fracassado, no início do mês, em chegar a um acordo para um pacote de 50 mil milhões de euros para quatro anos destinado à Ucrânia, têm sido procuradas alternativas para aliviar Kiev de uma iminente crise orçamental caso as diferenças no seio do bloco não sejam resolvidas.

De acordo com o jornal financeiro, fontes envolvidas nas negociações indicaram que um modelo financiado por dívida ganhou tração como a forma mais prática de providenciar apoio à Ucrânia se o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, recusar recuar no veto na cimeira de líderes prevista para 1 de fevereiro.

Esta solução assentaria na emissão de garantias pelos Estados-membros para o orçamento da UE, o que permitiria à Comissão Europeia contrair empréstimos de até 20 mil milhões de euros nos mercados de capitais para Kiev no próximo ano, de acordo com fontes citadas pelo Financial Times. No entanto, os termos precisos ainda estão a ser discutidos e o montante final da ajuda será definido em linha com as necessidades da Ucrânia.

Esta opção é semelhante à estrutura usada em 2020 quando a comissão providenciou até 100 mil milhões de euros em financiamento "barato" aos Estados-membros para cobrir apoios de curto prazo durante a pandemia, mas não irá requerer garantias de todos os Estados-membros, desde que o grupo dos principais participantes inclua países com notações de crédito de topo. Isso, sublinha o mesmo jornal, permitiria contornar o veto da Hungria porque não exige unanimidade.

Alguns Estados-membros, como a Alemanha ou os Países Baixos, precisarão de aprovação dos parlamentos nacionais, um processo que as autoridades acreditam que pode ser concluído a tempo de providenciar ajuda à Ucrânia até março.

Uma fonte próxima do processo de conversações afirmou que nenhum "problema técnico" bloqueia formas de prestar financiamento a Kiev, mas admite que politicamente "é mais complicado".

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