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Brasil sobe juros para 16,75%; pode afectar empresas nacionais

O Banco Central brasileiro subiu ontem a sua taxa de juro de referência em 50 pontos base para os 16,75%. A medida deverá levar ao abrandamento da actividade económica, podendo ter consequências...

24 de Maio de 2001 às 13:16
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O Banco Central brasileiro subiu ontem a sua taxa de juro de referência em 50 pontos base para os 16,75%. A medida deverá levar ao abrandamento da actividade económica, podendo ter consequências negativas sobre o volume de negócios das empresas nacionais que estão presentes no Brasil, adiantou Isabel Costa, analista do Banco Finantia, ao negocios.pt.

Após a decisão de ontem da autoridade monetária brasileira, o preço do dinheiro no Brasil passou a estar ao nível mais elevado desde Julho de 2000.

Esta media «visou essencialmente conter pressões inflacionistas», afirmou Isabel Costa ao negocios.pt, sublinhando que «há outras consequências ao nível da actividade económica, devendo o produto interno bruto (PIB) ter um crescimento mais lento do que se esperava este ano».

No entanto, a mesma fonte referiu que «estamos a falar de uma economia que se esperava que aumentasse 4,5% e que deverá progredir ao nível dos 3%, o que continua a ser um crescimento saudável».

Aumento dos juros com impacto na facturação das empresas nacionais

«As implicações para as empresas nacionais representadas no Brasil podem passar por um volume de negócios um pouco mais baixo», segundo a analista do Banco Finantia, sublinhando, no entanto, que esta redução «não deverá ser drástica».

O consumo privado no Brasil tem-se mantido forte, «mas é provável que tenha um abrandamento» em função do aumento do preço do dinheiro, embora o mesmo não seja muito substancial, adiantou a mesma fonte.

Relativamente à divida das participadas de companhias nacionais no Brasil, a analista avançou que «se por um lado, as empresas são afectadas por taxas de juro mais elevadas, por outro, poderão beneficiar (...) se esta medida contrariar a desvalorização do real», o que poderia contribuir para a estabilização da dívida denominada em moeda estrangeira.

Desde o início deste ano, o real já desvalorizou 16,95% face ao dólar, tendo perdido mais de 8% face ao euro desde meados de Fevereiro. «O real tem sido prejudicado pela instabilidade na Argentina, pela discussão política no Brasil em torno de acusações de corrupção e mais recentemente pela crise energética que afecta o país», explicou a mesma analista.

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