Notícia
Biden diz que é tempo de curar a América. E quer conquistar a confiança de todos
O democrata Joe Biden tornou-se no 46.º Presidente dos Estados Unidos da América ao derrotar o seu adversário republicano e detentor do cargo, de acordo com as televisões norte-americanas. O Negócios continua a acompanhar estas eleições ao minuto.
- Biden cada vez mais próximo da vitória
- Rússia espera para ver
- Biden e Trump separados por apenas 164 mil votos na Pensilvânia
- Republicanos podem bater recorde de mulheres na Câmara dos Representantes
- Bloomberg investiu 100 milhões mas não evitou vitórias de Trump
- Joe Biden apela a que os votos continuem a ser contados
- Em que ponto está a contagem em quatro estados decisivos
- Trump: "Parem a contagem"
- Procurador-geral da Pensilvânia assegura contagem de todos os votos legais
- Faltam apurar 60 mil votos na Geórgia, Trump lidera por 18 mil
- Tendência no Nevada é favorável a Biden
- Trump insiste ter vencido na Pensilvânia com resultado final por apurar
- Ação de Trump na Georgia rejeitada na justiça
- Biden volta a pedir "paciência" enquanto votos são contados
- Congressista diz que Trump vai perder devido à "consciência da América"
- Ação judicial de Trump no Michigan rejeitada
- Resultados no decisivo Nevada podem só ser conhecidos domingo
- Trump diz que poderia "ganhar facilmente" se os votos legais fossem contados
- Como estão as contagens?
- Biden já está à frente de Trump na Geórgia
- Ted Cruz alinha com Trump e pede contagem transparente dos votos
- Ponto de situação às 10:30 (hora de Lisboa)
- Biden só precisa vencer um estado
- Equipa de Biden acredita que vitória é iminente
- EUA registam novo recorde de novos casos de covid
- Bannon foi banido do Twitter após incitar à violência contra Fauci
- Senador republicano da Pensilvânia rejeita alegações de Trump
- Biden já lidera na Pensilvânia
- Momento Zen da Fox News
- Joe Biden lidera em todos os estados por decidir, menos na Carolina do Norte
- 25 mil votos por apurar em Filadélfia
- Prémio de consolação para Trump? Presidente superou votação recorde de Obama
- Democratas a caminho da quarta vitória seguida no voto popular
- Trump diz que Filadélfia tem "história corrupta em termos de integridade eleitoral"
- Campanha de Trump garante que eleição não acabou, haverá ações judiciais
- Geórgia vai fazer recontagem dos votos
- Pelosi: "Muito em breve o hífen de vice-presidente vai mudar para presidente-eleito Biden"
- Senador republicano considera palavras de Trump "perturbadoras"
- McConnell recusa dizer o que fará se Trump não aceitar derrota
- Se vencer, Joe Biden será o presidente mais velho da história americana
- Condados com mais surtos de covid apoiaram esmagadoramente Trump
- Trump faz nova bateria de tweets contra eleição fraudulenta
- Romney: comentários de Trump prejudicam "a causa da liberdade"
- Mayor de Filadélfia pede a Trump que vista "calças de rapaz crescido"
- Biden lidera em quatro dos cinco estados-chave em disputa
- Republicanos do Michigan avançam com investigação ao processo eleitoral
- Tendência dos votos provisórios na Pensilvânia costuma bater certo com resultado final
- Biden reconhece que ainda não ganhou mas espera vitória clara
- Supremo Tribunal exige à Pensilvânia que separe votos por correspondência
- Novo Presidente dos EUA pode apenas ser conhecido em 20 de janeiro
- Presidente Donald Trump manterá poderes intactos até 20 de janeiro
- As disputas, a transição e um novo presidente
- Trump anuncia conferência de imprensa esta tarde
- "Não há evidência de fraude" nas eleições
- Trump volta a declarar vitória
- CNN declara Biden como vencedor das eleições
- AP também declara Biden como próximo presidente dos EUA
- Fox já deu vitória a Biden
- Biden reage a vitória: "É tempo de a América se unir"
- Hillary Clinton diz que vitória de Biden é "repúdio de Trump e nova página para a América"
- Trump acusa Biden de precipitação e promete luta judicial
- Rui Rio felicita Joe Biden por "importante vitória para o mundo"
- Kamala Harris mostra conversa com Biden
- Costa dá os parabéns a Biden pela vitória
- Campanha de Trump vai avançar com processos por fraude
- Obama orgulhoso pela vitória de Biden
- Joe Biden fala ao país às 20:00 locais (01:00 em Lisboa)
- Presidente da República saúda Biden e espera que relações se continuem a estreitar
- Vitória de Biden ainda tem de passar por longo processo de certificação
- Apoiantes de Biden festejam nas ruas
- Trump continua a dizer que ganhou as eleições
- Biden e Harris discursam em breve
- Kamala Harris: as pessoas têm o poder de construir um futuro melhor
- Biden: os americanos escolheram e deram-nos uma vitória clara
- Biden: não quero Estados Vermelhos e Estados Azuis. Quero Estados Unidos
Joe Biden está cada vez mais perto de poder declarar vitória sobre Donald Trump, numa altura em que já restam poucos estados a realizar a contagem de votos, apesar de os republicanos terem dado início a lutas legais para travar o processo em pelo menos dois estados.
Biden tem agora 264 delegados no Colégio Eleitoral, dos 270 necessários para ganhar o lugar na Casa Branca, de acordo com a Associated Press. Trump tem 214.
Biden precisa apenas de ganhar mais um estado decisivo, como o Nevada, onde lidera, ou a Geórgia, onde a sua campanha acredita que os votos não presenciais lhe darão a vitória.
"Não estou aqui para declarar que vencemos, mas estou aqui para dizer que, quando a contagem terminar, acreditamos que seremos os vencedores", disse aos jornalistas em Wilmington, Delaware, depois de ter obtido a vitória no Wisconsin.
Trump declarou falsamente vitória na Pensilvânia. O presidente estava à frente no estado por 383.000 votos, mas as autoridades da Pensilvânia informaram que ainda falta contar mais de um milhão de votos.
Para ganhar a votação do Colégio Eleitoral, Trump teria de vencer na Pensilvânia, Georgia, Carolina do Norte e Nevada.
As vitórias de Biden no Wisconsin e Michigan revertem duas das surpresas de Trump em 2016, quando derrotou Hillary Clinton.
A campanha de Trump disse que exigirá uma recontagem no Wisconsin, onde os candidatos estavam separados por menos de 1 ponto percentual.
Maior é a preocupação nos media russos quanto às eleições presidenciais norte-americanas, numa altura em que Joe Biden toma a dianteira na corrida. Vários jornais estatais alinham com as acusações de Donald Trump de que as eleições foram fraudulentas.
É o caso de Margarita Simonyan, jornalista russa e editora-chefe da rede de notícias RT, que comentou as eleições através do seu Twitter, alegando que o processo não estava a ser "nem livre, nem justo".
Recorde-se que nas eleições de 2016, a Rússia foi acusada de interferir nas eleições e de ter influenciado o ato eleitoral que levou Donald Trump à Casa Branca.Neither free nor fair.
— ????????? ???????? (@M_Simonyan) November 4, 2020
Agora, e depois de o diretor dos serviços de informação dos EUA ter dito que a Rússia obtivera informações dos eleitores e estaria a tentar interferir nas presidenciais de 3 de novembro, Putin permanece em silêncio.
Numa altura em que estão contabilizados 89% dos votos na Pensilvânia, Trump lidera com 50,7% e Biden regista 48,1%.
Apesar de algumas disputas persistirem equilibradas enquanto prossegue a contagem de votos, a imprensa americana refere que os republicanos poderão eleger 33 mulheres para a câmara baixa do Congresso, o que a acontecer será um máximo do partido.
At least 30 Republican women will make their way to Congress come January, potentially surpassing a record set in 2006 https://t.co/sVHkkNc8Iv via @BW
— Bloomberg (@business) November 5, 2020
Mas apesar deste esforço financeiro do multimilionário americano, a verdade é que Donald Trump acabou por, tal como em 2016, vencer não só na Florida, mas também no Texas e no Ohio, três estados em que as sondagens indicavam que os democratas poderiam vencer os republicanos.
Mike Bloomberg Loses Big in States Trump Won https://t.co/OX1LPyShXx
— Sean Hannity (@seanhannity) November 5, 2020
Every vote must be counted. pic.twitter.com/kWLGRfeePK
— Joe Biden (@JoeBiden) November 5, 2020
Na Geórgia, com 98% dos votos apurados, Trump lidera com mais 18.098 votos do que Biden, no entanto a vantagem do presidente tem vindo a cair à medida que são contabilizados novos votos. A CNN cita uma fonte que garante que se Trump perder neste estado vai pedir a recontagem dos votos. Todavia, para Biden ultrapassar o atual presidente neste estado precisaria, segundo cálculos do Negócios, recolher em torno de 68% dos votos ainda por apurar, sendo que nesta altura o democrata está com 49,2% votos e Trump com 49,6%.
Quanto à Pensilvânia, e quando falta apurar 11% dos votos, a distância entre os dois candidatos caiu para apenas 164.418 votos, com vantagem para Trump. No entanto, se os votos por correio (faltam contabilizar cerca de 750 mil votos por correspondência) continuarem a pender para o lado de Biden ao ritmo a que vem sendo registado, serão os democratas a arrebatar os 20 delegados atribuídos pela Pensilvânia.
No Arizona (onde se considera que os 11 grandes eleitores vão para os democratas), com 88% dos votos contabilizados, Biden tem uma vantagem de 68.390 votos para Trump. No entanto, Trump tem vindo a aproximar-se, pese embora boa parte dos votos ainda por contar dizerem respeito a um condado tradicionalmente favorável aos democratas.
Já no Nevada, Joe Biden segue com mais 7.647 votos do que Donald Trump quando estão apurados 75% dos votos. Numa altura em que Biden já garantiu 264 delegados ao Colégio Eleitoral, se os democratas conseguirem os 6 eleitores especiais em jogo no Nevada vencem a eleição presidencial.
Here’s the changing situation in Arizona & Pennsylvania - things are narrowing in opposite directions. It could really go to the wire pic.twitter.com/OdWpR2OvvR
— Sophy Ridge (@SophyRidgeSky) November 5, 2020
O ainda presidente dos Estados Unidos já regressou ao Twitter para repetir uma das mensagens centrais da sua campanha nas últimas 48 horas.
"Parem a contagem [dos votos]", atirou Donald Trump numa altura em que Biden se aproxima cada vez mais em estados como a Pensilvânia.
STOP THE COUNT!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 5, 2020
Shapiro acusou ainda o presidente Donald Trump de tentar arrastar as pessoas envolvidas no processo eleitoral numa batalha política.
Recorde-se que o Supremo Tribunal da Pensilvânia decidiu, poucos dias antes das eleições de 3 de novembro, que seriam contabilizados todos os votos por correspondência válidos recebidos até esta sexta-feira, 3 de novembro. A campanha de Trump avançou com uma ação judicial para anular esta decisão.
Os democratas continuam assim a estreitar a diferença relativamente à candidatura republicana. Os resultados deverão ser conhecidos ainda esta quinta-feira.
Georgia election officials say there are about 60,000 ballots to be still counted, which will continue through Thursday.
— CBS News (@CBSNews) November 5, 2020
As of 10:30 a.m. ET, President Trump leads Joe Biden by less than 19,000 votes https://t.co/fxHKy8hSEp pic.twitter.com/K0nDXFCXTO
Os votos oriundos do condado de Clark (onde fica situada Las Vegas) elevaram a vantagem de Biden sobre Trump neste estado para perto de 12 mil votos.
NEWS: First batch of new votes from NV, from Clark, shows Biden lead up to 12K.
— Jon Ralston (@RalstonReports) November 5, 2020
Com 88% dos votos apurados neste estado, Trump detém uma vantagem de 115 mil votos para Biden.Big legal win in Pennsylvania!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 5, 2020
Um juiz do estado da Georgia, James Bass, rejeitou uma ação intentada pelos responsáveis da campanha do presidente Donald Trump e pelo Partido Republicano da Georgia contra a comissão eleitoral do condado de Chatham, refere a AP.
Nesta ação, intentada ontem, pedia-se que um juiz ordenasse ao referido condado que explicasse os votos recebidos depois das 19h no dia das eleições (3 de novembro) e garantisse que as leis estaduais estavam a ser cumpridas.
A ação alegava que um observador republicano viu um funcionário responsável pelas urnas a retirar, de uma sala de arrumos, votos ainda não processados de eleitores que votaram de forma não presencial e a misturá-los com os votos já processados de eleitores que votaram à distância e que estavam em fase de apuramento.
Os queixosos diziam que havia 53 destes votos que não estavam na caixa original dos votos de quem votou de forma não presencial, mas os responsáveis da comissão eleitoral do condado atestaram que os referidos votos deram entrada a tempo.
"Pessoal, tenham paciência. Os votos estão a ser contados e sentimo-nos bem sobre onde estamos", afirmou.Be patient, folks. Votes are being counted, and we feel good about where we are.
— Joe Biden (@JoeBiden) November 5, 2020
Também através de um tweet, e neste dia que assinala a saída formal dos EUA do Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas, repudiado pela administração Trump, Joe Biden garantiu que no primeiro dia de uma futura administração Biden, os Estados Unidos vão voltar a integrar este acordo multilateral.
Today, the Trump Administration officially left the Paris Climate Agreement. And in exactly 77 days, a Biden Administration will rejoin it. https://t.co/L8UJimS6v2
— Joe Biden (@JoeBiden) November 5, 2020
Pennsylvania State Rep. Kenyatta on Pres. Trump: "He's going to go down in history as one of a very small handful of incumbent presidents to lose reelection...it is going to be in large part because of the conscious of America, and that is Black voters." https://t.co/ay1qded6ZX
— MSNBC (@MSNBC) November 5, 2020
Donald Trump sofreu no Michigan a segunda derrota judicial do dia.
Após um juiz na Geórgia ter rejeitado uma ação interposta pela campanha do atual presidente dos EUA sobre irregularidades na votação de um condado, agora a juíza Cynthia Stephens rejeitou um processo da campanha de Trump sobre a falta de acesso de observadores republicanos à contagem dos votos não presenciais.
A magistrada assinalou que a ação judicial deu entrada ao final da tarde de quarta-feira, poucas horas antes dos últimos boletins serem contados, e notou que a ação visava a secretária do Estado, Jocelyn Benson, sendo a pessoa errada, uma vez que não controla a área logística da contagem dos votos.
A AP e as estações televisivas já declararam o democrata Joe Biden vencedor no Michigan, conquistando os 16 votos no Colégio Eleitoral.
De acordo com Joe Gloria, citado pela AP, o condado tem ainda por processar pelo menos 63.262 boletins de voto, dos quais cerca de 39 mil não presenciais. No entanto, ainda continuam a chegar boletins de voto por correio com data até 3 de novembro, o dia das eleições.
O Nevada assume uma importância decisiva nestas eleições podendo, neste momento, com os seus seis votos no Colégio Eleitoral, assegurar a vitória de Joe Biden.
Com 89% dos votos apurados, o candidato democrata lidera com 49,4% contra 48,5% de Donald Trump. Em termos de número de votos, a vantagem de Biden é de cerca de 11.400 votos.
Donald Trump fez uma curta declaração à imprensa a partir da Casa Branca – a primeira desde que, na noite das eleições, se declarou vencedor – tendo declarado que se os "votos legais" fossem contados ele poderia "ganhar facilmente".
"Se contarem os votos legais, venço facilmente. Se contarem os votos ilegais, os votos que chegaram com atraso, eles podem tentar roubar-nos as eleições", afirmou, dizendo que esta comunicação tinha como objetivo atualizar os norte-americanos sobre os seus esforços para proteger a integridade destas eleições.
O recandidato ao leme do país acusou assim os democratas de estarem a tentar roubar-lhe as eleições, adulterando a contagem dos boletins de voto, e uma vez mais colocou a possibilidade de os resultados poderem acabar contestados no Supremo Tribunal.
Nesta sua mensagem, Trump disse não haver a prevista "onda azul" (em que os democratas ganhavam tudo, ficando com a Casa Branca e com maioria na Câmara dos Representantes e no Senado) mas sim uma grande "onda vermelha" e voltou a falar de esquemas fraudulentos nas eleições, atacando o processo de contagem de votos em vários estados onde inicialmente estava à frente mas onde a sua vantagem foi encolhendo à medida que a contagem foi prosseguindo.
Esta seletividade no seu ataque tem-lhe merecido alfinetadas em muitos meios. "O presidente não manifestou preocupações com o processo de contagem nos estados onde foi vencedor", diz o WSJ.
Trump também criticou de novo os votos por correspondência, dizendo que foi o que lhe fez diminuir a vantagem na Georgia – estado onde a contagem ainda prossegue.
Após a sua declaração, de cerca de 15 minutos, Trump saiu sem aceitar responder a perguntas dos jornalistas.
LIVE: President @realDonaldTrump delivers remarks https://t.co/Oa13t7CxaC
— The White House (@WhiteHouse) November 5, 2020
Numa altura em que prossegue a contagem de votos nos estados decisivos da Pensilvânia, Nevada, Georgia e Arizona – sendo que na Carolina do Norte também ainda se contam os votos –, Joe Biden continua à frente nos resultados.
O candidato democrata conta com 264 votos eleitorais, faltando-lhe seis delegados para vencer as eleições. Já Trump conta com 214 votos, estando a 56 delegados de conseguir a vitória.
O Negócios continuará, esta sexta-feira, a acompanhar ao minuto.
Joe Biden já assumiu a liderança no estado da Geórgia esta sexta-feira, seguindo agora à frente do adversário Donald Trump quando estão apurados 99% dos votos. Recorde-se que Biden tem de vencer em dois destes estados – Arizona, Carolina do Norte, Nevada e Geórgia – ou vencer na Pensilvânia para chegar à Casa Branca.
Na Pensilvânia Trump ainda lidera, com uma vantagem de cerca de 18 mil votos. No entanto, ainda há cerca de 200 mil votos por contar.
Ted Cruz considera que os americanos têm razões para estar "zangados" devido ao que diz ser a forma pouco transparente como os votos estão a ser contabilizados, exigindo a presença de observadores nos centros de contagem.
"Temos de contar todos os votos legais", diz o senador.
What we’ve been seeing the last three days of #ElectionResults2020 is partisan, political, & lawless. The American people are angry that vote counting has been shrouded in darkness. We must count every vote legally cast. pic.twitter.com/U4DJVWnpsr
— Senator Ted Cruz (@SenTedCruz) November 6, 2020
Note-se que meios como a Associated Press e a Fox News já consideram desde as primeiras horas de quinta-feira que os 11 delegados ao Colégio Eleitoral do Arizona vão cair para o lado de Joe Biden, no entanto a aproximação conseguida por Donald Trump mantém ainda algumas dúvidas quanto ao resultado final neste estado. Ainda assim, com 90% dos votos apurados, Biden mantém uma vantagem de 47 mil votos.
Admitindo que Biden vence no Arizona, basta ao ex-vice-presidente assegurar também a conquista do Nevada, estado onde lidera por quase 11.500 votos, para garantir a vitória na eleição presidencial. Por outro lado, o democrata continua a aproximar-se na Pensilvânia depois de ter chegado a estar a meio milhão de votos após o encerramento das urnas, estado onde a maior parte dos votos por apurar pode ficar contabilizada ainda esta sexta-feira.
Com dezenas de milhar de boletins por apurar, sobretudo relativas à região em torno da cidade de Filadélfia (favorável aos democratas), Joe Biden poderá ainda superar Trump na Pensilvânia.
Já a contabilização dos votos postais ainda por apurar no Nevada não deverá ser concluída antes do fim de semana, enquanto o Arizona pode ficar decidido ainda esta sexta-feira.
Vote leads as of 5:30 a.m. ET Friday:
— NBC News (@NBCNews) November 6, 2020
• Georgia (99% in): Biden +917
• Nevada (89%): Biden +11,438
• Pennsylvania (94%): Trump +18,229
• Arizona (90%): Biden +47,052
Já Donald Trump só pode aspirar à reeleição se conquistar os 20 grandes eleitores atribuídos pela Pensilvânia e se vencer também no Nevada, Geórgia e Carolina do Norte.
Joe Biden only needs a win in one more state—Georgia. Pennsylvania, Nevada or North Carolina —to reach the 270 electoral votes he needs to be elected president, provided that other race calls stand #Election2020 https://t.co/SxlL6fHZU2 pic.twitter.com/YZfJWoAGEH
— Bloomberg QuickTake (@QuickTake) November 6, 2020
Biden world has started to mobilize in D.C. They have called around to business groups in town suggesting a call on the election is imminent, and requested that statements include a reference to “legitimate democratic processes.” https://t.co/cAushmgJjb
— POLITICO (@politico) November 6, 2020
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças apresentou ontem uma nova projeção que aponta para que no final do presente mês de novembro os EUA registem um total de 266 mil mortes causadas pelo novo coronavírus.
A crise pandémica e a forma como esta foi gerida pela adminsitração Trump foi um dos principais temas ao longo da campanha eleitoral para as presidenciais.
US again breaks daily coronavirus record with 118,000 new cases https://t.co/KQuyj6xgXd pic.twitter.com/eaFVEv9iFO
— The Hill (@thehill) November 6, 2020
No podcast War Room, Bannon defendeu que as cabeças de Fauci e Wray deviam ser colocadas defronte da Casa Branca como "aviso".
Twitter bans Steve Bannon for video suggesting violence against Fauci, FBI Director Wray https://t.co/imQDFToPew
— The Washington Post (@washingtonpost) November 6, 2020
No discurso em causa, Trump alegou novamente que as eleições estavam a ser falseadas, levando várias cadeias televisivas a interromper a transmissão do discurso considerando que mais uma vez o presidente americano estava a fazer declarações sem qualquer base para as fundamentar.
São cada vez mais os republicanos a demarcarem-se das alegações infundadas do presidente. O senador Mitt Romney, um dos poucos republicanos que há muito se opõe frontalmente a Trump, insistiu na ideia de que contar todos os votos faz parte do âmago da democracia americana, enquanto o congressista Adam Kinzinger apelou a que "parem de disseminar desinformação" porque a situação "está a ficar insana". "Não podemos permitir inflamação sem informação", acrescentou o republicano Chris Christie, antigo governador de Nova Jersey.
Pennsylvania Republican Sen. Pat Toomey: "I saw the president's speech last night and it was very hard to watch. The president's allegations of large-scale fraud and theft of the election are just not substantiated." https://t.co/SOXaMn23Ps
— Axios (@axios) November 6, 2020
A contagem dos votos postais continua assim a favorecer a candidatura presidencial democrata, que depois de ter estado cerca de meio milhão de votos atrás do "ticket" republicano depois do fecho das urnas, aproximou-se progressivamente de Trump, que acaba de ser ultrapassado.
Uma parte importante dos votos ainda por apurar neste estado dizem respeito à cidade da Filadélfia, tendencialmente favorável a Biden.
Biden is on the cusp of winning the US presidency after passing Trump in the battleground state of Pennsylvania. Follow live updates: https://t.co/Q30DBMI76V pic.twitter.com/dcdnPX7DTJ
— CNN Breaking News (@cnnbrk) November 6, 2020
And here it is, your Moment of Zen pic.twitter.com/0Dwd32AAs5
— The Daily Show (@TheDailyShow) November 6, 2020
Biden lidera na Geórgia, Pensilvânia e Nevada, bastando-lhe conquistar um destes três estados para vencer a disputa presidencial.
Biden is now leading (for now) in all of the undecided states remaining except for North Carolina.
— Abby D. Phillip (@abbydphillip) November 6, 2020
As @kaitlancollins just reported, Trump is telling allies he has no plans to concede.
To win, Trump would need to regain a lead in 3 of 4 states where he is currently down.
A mesma fonte citada pela CNN notou, porém, que poderá levar tempo a apurar os votos em falta por se tratarem de votos provisórios, o que exige um maior esforço de verificação de datas e assinaturas.
Nesta altura, Trump soma quase 69,7 milhões de votos em todo o território, acima dos perto de 69,5 milhões obtidos por Obama e que eram um máximo em termos de voto popular. No entanto, o recorde absoluto no voto popular pertence já a Joe Biden, que nestas eleições segue com mais de 73,8 milhões de votos apurados.
A grande polarização política e social em que os Estados Unidos estão mergulhados ajudam a explicar a grande participação eleitoral nestas presidenciais de 3 de novembro, a maior afluência desde 1876.
Há quatro anos, apesar de Trump ter conseguido a eleição como presidente, Hillary Clinton conseguiu cerca de mais 3 milhões de votos populares. Isto acontece porque o presidente americano é eleito através de uma eleição indireta, vencendo quem conseguir um mínimo de 270 delegados no Colégio Eleitoral.
Tendo em conta que George W. Bush apenas em 2004 foi eleito recebendo mais votos populares (em 2000 venceu a eleição, mas ficou atrás de Al Gore no voto popular), e contando com as vitórias de Bill Clinton nos anos 1990, os democratas somam sete vitórias nas últimas oito presidenciais no que diz respeito à votação em termos absolutos.
O presidente americano põe uma vez mais em causa a integridade do processo eleitoral, mais concretamente do processo de validação e contabilização dos votos antecipados por correspondência.
“Philadelpiha has got a rotten history on election integrity.” @Varneyco @FoxBusiness
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 6, 2020
"A eleição ainda não terminou", garantiu Matt Morgan, conselheiro geral da campanha Trump, para quem a vitória de Biden assente nos resultados da Pensilvânia, Arizona, Nevada e Geórgia não passa de uma "falsa projeção".
No entanto, a guerra judicial que os republicanos já puseram em marcha, não será fácil para as aspirações de Trump. Como explica o jornalista da ABC News, Steve Osunsami, as alegações de fraude e irregularidades dificilmente poderão colher no estado da Geórgia, onde os republicanos detêm maioria na assembleia legislativa local, controlam o gabinete do governador e em que além de o secretário de estado é republicano e um entusiástico apoiante de Trump.
Por outro lado, seguirem os seus intentos, as ações judiciais de Trump terão de subir dos supremos estaduais para o Supremo Tribunal dos EUA. Isso mesmo parece decorrer das afirmações do procurador-geral do Nevada, Aaron Ford, que classificou de "lixo" a alegação da Casa Branca de que aquele estado está a contabilizar "votos indevidos".
Nevada attorney general says Trump campaign's voting fraud complaint is "garbage" https://t.co/EtHOLsYKU0
— CBS News (@CBSNews) November 6, 2020
Com 99% dos votos estimados apurados na Geórgia, Joe Biden e Donald Trump estão empatados com 49,4%, embora o democrata esteja com mais 1.098 votos do que o ainda presidente.
Georgia secretary of state announces recount over razor-thin margin in presidential racehttps://t.co/WArXJF4rez
— Fox News (@FoxNews) November 6, 2020
"Muito em breve o hífen de vice-presidente vai mudar para presidente-eleito Joe Biden", assegurou Nancy Pelosi.
Pelosi referiu-se repetidamente a Biden como "presidente-eleito" dos EUA e anunciou ainda a recandidatura à liderança da Câmara dos Representantes, isto apesar de os democratas estarem a caminho de ver reduzida a sua maioria na câmara baixa do Congresso.
Tune in as I speak with reporters this morning in Washington. https://t.co/P20e3SZxiy
— Nancy Pelosi (@SpeakerPelosi) November 6, 2020
O senador republicano da Pensilvânia, Pat Toomey, considerou esta sexta-feira que não existem provas que apoiem a acusação de Donald Trump de que os democratas esteja a tentar "roubar" a eleição e classificou o discurso do presidente "muito perturbador"
"Simplesmente não há provas apresentadas por ninguém de corrupção ou fraude alargada", disse Toomey, cujo estado é decisivo para o resultado das eleições.
"O discurso do presidente ontem à noite foi muito perturbador para mim porque fez alegações muito, muito sérias sem quaisquer provas que as sustentassem", acrescentou o senador no programa da CBS "This Morning".
"Eu votei no presidente Trump. Eu apoiei o presidente Trump. Quero que o próximo presidente seja a pessoa que legitimamente vença o Colégio Eleitoral e aceitarei o resultado seja ele qual for", acrescentou.
Confrontado pelos jornalistas, McConnell rejeitou falar sobre questões "hipotéticas" e, já através do Twitter, defendeu que por ora é preciso contabilizar "todos os votos legais" e assegurar que todos os boletins de voto ilegalmente submetidos não sejam contados. O líder da maioria do Partido Republicano na câmara alta do Congresso, que tudo indica será mantida após estas eleições, acrescenta que quanto a potenciais disputas judiciais, "os tribunais estão aqui para aplicar a lei".
Here’s how this must work in our great country: Every legal vote should be counted. Any illegally-submitted ballots must not. All sides must get to observe the process. And the courts are here to apply the laws & resolve disputes.
— Leader McConnell (@senatemajldr) November 6, 2020
That's how Americans' votes decide the result.
Biden completa 78 anos no próximo dia 20 de novembro e se for ele a tomar posse como presidente dos EUA a 20 de janeiro, será o mais velho de sempre. É que quando Reagan abandonou a Casa Branca em 1989 tinha 77 anos de idade.
Agora, uma análise mais fina realizada pela Associated Press não só confirma aquele dado como conclui que os condados onde atualmente se verificam os maiores surtos de covid-19 votaram de forma esmagadora em Donald Trump.
A AP refere que apesar de aquando da ida às urnas os estudos de opinião mostrarem um país dividido quanto à eficácia, ou a falta dela, na gestão da crise sanitária pela administração Trump, em 93% dos 376 condados com números mais elevados de novos casos per capita, o apoio o voto foi favorável ao ainda presidente americano.
Sabe-se que as zonas urbanas são mais favoráveis a Biden e as zonas rurais pendem mais para Trump. Ora, os condados com apoio esmagador para Trump estão situados nos estados mais rurais dos EUA tais como o Montana, Nebraska ou Kansas.
“This is what we know. We have to go back to the state level and how this morass came to be in the first instance. The Governor, Wolf, and the State Supreme Court, flagrantly violated the Constitution of the U.S. The power to set these rules and regulations is vested in the
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 6, 2020
Através do Twitter, Romney considerou "errada" a postura do atual presidente dos EUA.
— Mitt Romney (@MittRomney) November 6, 2020
Philadelphia Mayor Jim Kenney: “I think what the president needs to do is, frankly, put his big boy pants on." pic.twitter.com/yfMGPTUN8V
— MSNBC (@MSNBC) November 6, 2020
Quando ainda não estão concluídas as contagens de votos em cinco estados-chave para determinar o vencedor das eleições, Joe Biden lidera em quatro e Trump apenas num.
Admitindo que o Arizona ainda não pode ser declarado como conquistado por Biden, algo que a AP já fez, o candidato democrata está ainda a 17 delegados de garantir a presidência. Se incluirmos o Arizona, a distância é de apenas seis delegados.
Pelas 19:00 horas (hora de Lisboa), Biden liderava nos estados do Arizona, Nevada, Geórgia e Pensilvânia, enquanto Trump seguia à frente na Carolina do Norte.
No Arizona, que elege 11 delegados, Biden dispunha de uma vantagem de mais de 43 mil votos, quando estavam apurados 93% dos escrutínios. No Nevada, que vale seis delegados, o democrata liderava mas com uma margem de 20 mil votos, com 92% dos boletins já contados.
Na Pensilvânia, que elege 20 delegados, Trump chegou a dispor de mais de 500 mil votos de avanço, mas agora Biden passou para a frente por 13 mil votos, com 96% da contagem feita. E na Geórgia, que elege 16 delegados, o candidato democrata lidera por cerca de 1.600 votos.
Já na Carolina do Norte, que vale 15 delegados, Trump segue na frente com mais cerca de 77 mil votos, embora a sua vantagem já tenha sido bem maior.
O porta-voz republicano da Câmara dos Representantes no Michigan, Lee Chatfield, anunciou que os comités legislativos de supervisão vão reunir-se este sábado para darem início a uma investigação às eleições e aos processos de contagem de votos naquele estado, refere a CNN.
"Isto não é para alterar resultados. A América precisa de certezas e união. E isto vai ajudar", referiu num tweet.
"Quem tiver mais votos vai vencer no Michigan! Ponto final. E acabou-se. Depois seguimos em frente", afirmou.
Jim Ananich, líder no Michigan da minoria democrata no Senado, criticou a decisão, considerando-a "um desenvolvimento muito triste".
"Trata-se de um desenvolvimento muito triste e só serve para alimentar o caos no qual este presidente tem prosperado", declarou à CNN.
Este anúncio surge depois de Donald Trump e o Partido Republicano no Michigan terem tentado alegar – sem sucesso, uma vez que a ação intentada em tribunal foi rejeitada – que houve fraude na forma como a votação foi conduzida naquele estado.
For accountability, the legislature’s oversight committees will be meeting tomorrow to begin an inquiry into the election and counting procedures in our state for this election and future ones. This isn’t to change results. America needs certainty and unity. This will help.
— Lee Chatfield (@LeeChatfield) November 6, 2020
O procurador-geral da Pensilvânia, o democrata Josh Shapiro, declarou – em resposta a questões sobre os votos provisórios – que, historicamente, estes tendem a refletir os resultados finais no estado.
Os votos provisórios (provisional ballot) são elencados quando existem dúvidas acerca da elegibilidade do eleitor e só são contabilizados quando os responsáveis da comissão eleitoral têm a certeza de que esse voto deve ser aceite. Se um eleitor, por exemplo, se esquecer do seu documento de identificação em casa, ou se não aparecer na lista de eleitores daquele estado, o seu voto assume um carácter provisório até que a situação esteja resolvida, explica a CNN.
E por que motivo é que estes votos demoram mais a ser contabilizados? Porque os vários estados gerem os votos provisórios de formas diferentes.
Às 22:45 (hora de Lisboa), Joe Biden lidera na Pensilvânia com 3.315.745 votos, contra 3.301.204 votos para Donad Trump, numa altura em que 96% dos votos já foram contados.
"Historicamente, os votos provisórios tendem a acompanhar a votação global, porque são votos aleatórios em todo o estado, baseados no facto de alguém ter de preencher um boletim provisório", afirmou Shapiro.
O procurador-geral disse não saber quantos votos provisórios existem neste momento na Pensilvânia, mas o porta-voz republicano da Câmara dos Representantes naquele estado, Bryan Cutler, declarou que há cerca de 100.000 (e a CNN reportou pelo menos 69.000).
Shapiro recordou que a demora na contagem dos votos provisórios na Pensilvânia se deve a uma lei estadual que só permite que a contagem desses votos se inicie após as 17h locais (22h em Lisboa) desta sexta-feira.
Cada estado determina um prazo diferente para quando deve ser tomada uma decisão acerca da admissibilidade dos votos provisórios. Em muitos estados, os responsáveis das comissões eleitorais dispõem de uma semana ou mais para contarem esses votos. Na Pensilvânia são sete dias.
O candidato democrata à Casa Branca Joe Biden reconheceu, na sexta-feira, que ainda não ganhou as eleições presidenciais de 03 de novembro, mas os números indicam que terá uma "vitória clara e convincente". "É tempo de nos unirmos", declarou o ex-vice-Presidente de Barack Obama, numa breve intervenção em Wilmington, no estado do Delaware, no nordeste do país, enquanto continuam sem serem conhecidos os resultados finais do escrutínio de terça-feira.
"Devemos ultrapassar a cólera", acrescentou, e prometeu também trabalhar, a partir do "primeiro dia" na Casa Branca para combater a pandemia da covid-19, que já causou um total de mais de 236 mil mortos e de mais de 9,7 milhões de casos no país. Biden salientou que "não está à espera para começar a trabalhar", tendo mantido reuniões, juntamente com a senadora Kamala Harris, candidata a vice-Presidente, sobre a situação da covid-19 e a economia no país.
"Não temos mais tempo a perder com guerras partidárias", sublinhou, dirigindo-se a milhões de norte-americanos desempregados e com dificuldados em pagar a renda ou comprar comida.
Tune in as I address the nation on the current state of the race. https://t.co/w0er4issEk
— Joe Biden (@JoeBiden) November 7, 2020
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos ordenou na sexta-feira ao estado da Pensilvânia que separe os votos chegados depois do dia das eleições, na sequência de uma ação apresentada pelos republicanos.
O tribunal, numa ordem escrita pelo juiz conservador Samuel Alito, ordenou que se separem todos os votos recebidos pelo correio depois das 20:00 de 3 de novembro, hora de encerramento das urnas, sejam armazenados e contados em separado.
Alito indicou que a secretaria de estado da Pensilvânia, máxima autoridade eleitoral, Kathy Boockvar (democrata), "não foi capaz de verificar se todas as juntas eleitorais (dos condados) estão a cumprir a ordem da secretaria" de separar os votos. A ordem do Supremo Tribunal respondeu a uma ação interposta pelo Partido Republicano para garantir o cumprimentos da ordem de separar os votos por correspondência, no objetivo final de que sejam declarados nulos, num outro processo judicial.
Como defendeu o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e candidato à reeleição, os conservadores da Pensilvânia consideraram que os votos por correspondência recibidos depois do dia das presidenciais devem ser considerados nulos, apesar de terem sido recebidos dentro do prazo. O Supremo Tribunal da Pensilvânia tinha alargado até sexta-feira à tarde o prazo limite para a receção dos votos enviados por correio, que aumentaram devido à pandemia da covid-19, causando atrasos no processamento pelo Serviço Postal norte-americano.
Os republicanos interpuseram uma ação para anular esses votos e por isso pediram ao Supremo federal, e até que haja uma decisão, faça cumprir a ordem de manter os boletins separados.
Desconhece-se quando serão validados os resultados das presidenciais da passada terça-feira nos EUA, e aproxima-se um combate judicial, arrastando, em caso extremo, uma decisão até 20 de janeiro, quando um novo Presidente tem de tomar posse, nem que seja interinamente.
No meio de uma pandemia, com o Presidente cessante, Donald Trump, a contestar os resultados, anunciando que vai até ao Supremo Tribunal Federal, nenhum analista arrisca dizer quando se saberá quem vai ser o próximo Presidente dos Estados Unidos.
Por outro lado, nos Estados Unidos não há uma lei eleitoral nacional: cada Estado tem regras próprias e define os seus próprios cronogramas, seja para aceitar votos por correspondência e/ou antecipados, seja para definir os momentos da sua contagem ou para estabelecer formas de resolver casos de contestação. O processo pode passar pelo Supremo Tribunal e acabar no Congresso onde, segundo a Constituição, deverá ser escolhido um Presidente, que tem de tomar posse em 20 de janeiro, nem que seja interinamente, que, em situação extrema, pode ser o/a líder da maioria da Câmara de Representantes ou, seguinte na linha de sucessão, o/a presidente ‘pro tempore’ do Senado.
A confirmar-se a vitória do candidato democrata, Joe Biden, nas eleições presidenciais de terça-feira passada, o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá manter os seus poderes até às 12:00 de 20 de janeiro de 2021, altura em que o próximo ocupante da Casa Branca será empossado.
A Constituição dos Estados Unidos prevê que o mandato presidencial tenha a duração exata de quatro anos, sendo que o presidente Trump assumiu o cargo a 20 de janeiro de 2017.
Os eleitores norte-americanos foram às urnas a 3 de novembro para elegerem um novo Presidente, mas as condições excecionais da eleição, que aconteceu durante a pandemia de covid-19, levaram ao atraso na contagem dos votos.
O compasso de espera, devido ao grande número de boletins de voto por correspondência, gerou indefinição na atribuição dos 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para eleger um presidente nos Estados Unidos da América.
Pensilvânia, Geórgia e Nevada são estados críticos onde não foi declarado um vencedor nos dias que se seguiram à eleição pelo elevado número de votos por contar e a margem muito reduzida de diferença entre os candidatos.
Leia aqui alguns pontos essenciais deste tema.
O presidente dos Estados Unidos anunciou no twitter que vai decorrer uma "grande conferência de imprensa" esta tarde em Filadélfia, uma das cidades do decisivo estado da Pensilvânia onde o Partido Republicano está atrás dos Democratas. A conferência decorrerá pelas 16h30 (hora de Lisboa) .
Big press conference today in Philadelphia at Four Seasons Total Landscaping — 11:30am!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 7, 2020
Trump tem continuado muito ativo no Twitter a descrever o que diz serem fraudes na contagem dos votos, o que levou a rede social a alertar para a veracidade dos posts do atual presidente.
#Twitter again masking @realDonaldTrump tweets regarding #Election2020 votes. pic.twitter.com/btYyOm95Fd
— Steve Herman (@W7VOA) November 7, 2020
A Comissão Federal de Eleições dos Estados Unidos assegurou este sábado que, ao contrário do que tem alegado Donald Trump, não existem "evidências de fraudes" nas eleições deste ano.
Em declarações citadas pela CNN, Ellen Weintraub adiantou que "têm existido muito poucas queixas", mas "não há evidência de qualquer tipo de fraudes com os votos" das presidenciais.
Desde a noite das eleições que o candidato do Partido Republicano e o presidente dos Estados Unidos tem referido por várias vezes que existe fraude e corrupção nestas eleições, garantindo estar a ser roubado e que se fossem contados apenas os votos legais teria uma reeleição fácil.
O democrata segue à frente na contagem de votos no Nevada, Pensilvânia e Georgia, sendo que basta vencer num destes estados para ganhar as eleições (assumindo que o Arizona será ganho pelos democratas, tal como já declarou a Associated Press e a Fox News).
I WON THIS ELECTION, BY A LOT!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 7, 2020
A estação de televisão norte-americana CNN considera que os democratas venceram na Pensilvânia pelo que já declaram Joe Biden o vencedor das eleições e próximo residente da Casa Branca.
A CNN (que não dá ainda a vitória a Biden no Arizona), soma os 20 delegados eleitorais da Pensilvânia aos 253 já contabilizados anteriormente, ficando assim superada a marca dos 270 delegados.
A CNN é até agora a única estação de televisão a declarar um vencedor das eleições, apesar de todas apontarem o democrata como tendo o caminho aberto para tal.
BREAKING: JOE BIDEN WINS
— CNN (@CNN) November 7, 2020
Joe Biden will be the 46th president of the United States, CNN projects, after a victory in Pennsylvania puts the Scranton-born Democrat over 270 https://t.co/pZ8pr4cMTG #CNNElection pic.twitter.com/4pbJtzY1FT
Minutos depois da CNN, também a Associated Press declarou o democrata Joe Biden como o presidente dos Estados Unidos. A agência de notícias, considerada uma das fontes mais relevantes a declarar vitórias nas presidênciais, também dá a vitória de Biden na Pensilvânia. Nas contas da AP, Biden já tem 284 votos eleitorais.
JOE BIDEN DEFEATS PRESIDENT DONALD TRUMP
— The Associated Press (@AP) November 7, 2020
The Associated Press declares Joe Biden the winner of a grueling campaign for the American presidency. He will lead a polarized nation through a historic collision of health, economic and social crises. #APracecall pic.twitter.com/lInwqjX3PB
A Fox News, estação de televisão considerada próxima dos Republicanos, também já atribuiu a vitórias nas eleições a Joe Biden. A Fox declarou Biden como o próximo presidente dos EUA depois de concluir que os democratas ganharam na Pensilvânia e no Nevada, chegando assim a 290 delegados eleitorais.
Fox News projects Biden to defeat Trump, become 46th president after winning Nevada, Pennsylvaniahttps://t.co/BTx2gwdT2N pic.twitter.com/oFrpHTWTKt
— Fox News (@FoxNews) November 7, 2020
Joe Biden já emitiu um comunicado depois de ter sido declarado vencedor das eleições, afirmando estar "honrado" pela "confiança" demonstrada pelos norte-americanos na sua candidatura e da vice-presidente-eleita Kamala Harris.
Conquistada a vitória nas eleições, Biden diz que é tempo de "colocar para trás das costas a raiva e a retórica dura" para nos "juntarmos com uma nação".
"É tempo de a América se unir", diz Biden no curto comunicado.
Biden também já reagiu nas redes sociais, onde reconhece ter um "trabalho duro pela frente" e promete ser o presidente de todos os norte-americanos.
America, I’m honored that you have chosen me to lead our great country.
— Joe Biden (@JoeBiden) November 7, 2020
The work ahead of us will be hard, but I promise you this: I will be a President for all Americans — whether you voted for me or not.
I will keep the faith that you have placed in me. pic.twitter.com/moA9qhmjn8
Kamala Harris, que será a primeira mulher negra na vice-presidência, também reagiu no twitter à vitória nas eleições, garantindo estar preparada para iniciar o trabalho que tem pela frente.
This election is about so much more than @JoeBiden or me. It’s about the soul of America and our willingness to fight for it. We have a lot of work ahead of us. Let’s get started.pic.twitter.com/Bb9JZpggLN
— Kamala Harris (@KamalaHarris) November 7, 2020
No Twitter, Hillary escreve que "os eleitores pronunciaram-se e escolheram Joe Biden e Kamala Harris para serem os nossos próximos presidente e vice-presidente".
"É um 'ticket' que faz história, um repúdio de Trump e uma nova página para a América", acrescenta.
"Obrigado a todos que ajudaram isto a acontecer. Em frente, juntos", conclui.
The voters have spoken, and they have chosen @JoeBiden and @KamalaHarris to be our next president and vice president.
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) November 7, 2020
It's a history-making ticket, a repudiation of Trump, and a new page for America.
Thank you to everyone who helped make this happen. Onward, together. pic.twitter.com/YlDY9TJONs
O Presidente dos EUA, Donald Trump, acusou o candidato democrata Joe Biden de "precipitação" ao anunciar que é o vencedor das eleições e promete apresentar contestações legais às projeções da imprensa norte-americana que concedem a vitória a Biden.
A Associated Press refere que Donald Trump garantiu que "não cede" e promete que vai contestar legalmente os resultados que dão a vitória a Biden, depois de vários dias a criticar a contagem dos votos.
A agência France-Press refere que Donald Trump acusou Biden de se precipitar ao anunciar já que era o novo Presidente norte-americano.
Rui Rio felicitou o candidato democrata com uma publicação em inglês na sua conta oficial no Twitter, acompanhada por imagens das bandeiras de Portugal e dos Estados Unidos.
"Parabéns, sr. Presidente. Uma vitória muito importante para o mundo", destaca Rio, que partilha igualmente a publicação no Twitter em que Biden assume a vitória.
Congratulations, Mr. President. A very important victory for the world. https://t.co/DweNKfnndf
— Rui Rio (@RuiRioPSD) November 7, 2020
A vice-presidente eleita dos Estados Unidos publicou no twitter a conversa com Joe Biden após o democrata ter sido declarado Presidente dos Estados Unidos.
We did it, @JoeBiden. pic.twitter.com/oCgeylsjB4
— Kamala Harris (@KamalaHarris) November 7, 2020
Parabéns ao Presidente eleito @JoeBiden. Espero que em breve possamos trabalhar no reforço das relações transatlânticas e na gestão de assuntos globais, como as alterações climáticas, a defesa da democracia e a segurança internacional.
— António Costa (@antoniocostapm) November 7, 2020
O advogado de Donald Trump, Rudy Giuliani, disse hoje numa conferência de imprensa em Filadélfia que a campanha do ainda Presidente dos Estados Unidos vai avançar com processos contra o processo eleitoral devido a "fraude".
"Os processos vão começar a ser levados a tribunal na segunda-feira", disse Rudy Giuliani, advogado do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, numa conferência de imprensa transmitida em vários meios de comunicação social, em que estava rodeado por alegados observadores republicanos que, disse, terão sido impedidos de inspecionar boletins de voto enviados por correio.
Rudy Giuliani, também antigo presidente da câmara de Nova Iorque, disse que "os votos por correio são mais suscetíveis a fraude", referindo ainda que Filadélfia, cidade tradicionalmente democrata, tem "um histórico muito grande de fraude eleitoral".
O antigo presidente dos Estados Unidos Barack Obama saudou hoje a vitória histórica nas eleições presidenciais do seu antigo vice-presidente Joe Biden, considerando que tem "desafios extraordinários" pela frente.
"Nestas eleições, em circunstâncias nunca experimentadas, os americanos foram votar em números nunca vistos. E uma vez contados todos os votos, o Presidente-eleito [Joe] Biden e a vice-presidente-eleita [Kamala] Harris terão ganho uma vitória histórica e decisiva", pode ler-se numa declaração de Obama publicada na rede social Twitter.
O antigo presidente democrata (2008-2016) disse não poder "estar mais orgulhoso por congratular" Joe Biden e a próxima primeira-dama, Jill Biden, bem como "Kamala Harris e Doug Emhoff pela eleição inédita" da senadora como vice-presidente, sendo a primeira mulher negra e asiática-americana no cargo.
This Election Day, everything is on the line. Our jobs. Our health care. Whether or not we get this pandemic under control. But here’s the good news: today, you can choose change. You can elect @JoeBiden and @KamalaHarris. Let’s win this thing. pic.twitter.com/rvW2uOknpl
— Barack Obama (@BarackObama) November 3, 2020
Sucedem-se as felicitações ao presidente eleito dos EUA, como a de vários líderes europeus, como o presidente do Conselho Europeu e a presidente da Comissão Europeia.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, felicitou hoje Joe Biden e Kamala Harris pela anunciada vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, afirmando esperar empenho para uma "forte parceria transatlântica".
Congratulations to @JoeBiden and @KamalaHarris #EU is ready to engage for a strong transatlantic partnership.
— Charles Michel (@eucopresident) November 7, 2020
COVID-19, multilateralism, climate change and international trade are some of the challenges which Europe wants to address together.#EUCO https://t.co/lPKdcHjMdl
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, felicitou hoje Joe Biden "calorosamente" pelo anúncio da vitória nas eleições presidenciais norte-americanas, garantindo que Bruxelas está "pronta a intensificar a cooperação com a nova administração".
"Felicito calorosamente Joe Biden pela sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e espero encontrá-lo o mais cedo possível", indicou Ursula von der Leyen numa declaração divulgada à imprensa em Bruxelas.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 7, 2020
Read my full statement pic.twitter.com/239JdX5rrJ
Congratulations @JoeBiden and @KamalaHarris pic.twitter.com/xrpE99W4c4
— Boris Johnson (@BorisJohnson) November 7, 2020
O candidato democrata Joe Biden, que as projeções de imprensa apontam como o vencedor das eleições norte-americanas, irá falar ao país às 20:00 locais (01:00 TMG), a partir da sua cidade natal, Wilmington, Delaware, foi hoje anunciado.
"O presidente eleito Joe Biden fará um discurso à nação em Wilmington, Delaware, e será acompanhado por Jill Biden [mulher de Joe Biden], a vice-presidente eleita Kamala Harris e Doug Emhoff [marido de Kamala Harris]", anunciou, em comunicado, a campanha eleitoral do democrata.
Numa declaração enviada à Agência Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa "saúda Joe Biden, Presidente-eleito dos EUA, de acordo com os resultados eleitorais anunciados".
"Com a certeza que as relações entre Portugal e os Estados Unidos da América, com mais de duzentos anos de história, se continuarão a estreitar no futuro, a bem dos dois Países e de todos os seus cidadãos, nomeadamente o milhão e meio de Portugueses e luso-descentes que ali vivem", refere.
"Mais espera, também, um aprofundamento das relações entre a União Europeia e os EUA, bem como no quadro da Nato", acrescenta o chefe de Estado.
A vitória de Joe Biden nas Presidenciais norte-americanas, hoje anunciada pelos principais media norte-americanos, requer um longo processo de certificação que varia de estado para estado e poderá demorar várias semanas.
A certificação dos resultados das eleições presidenciais nos EUA tem prazos e regras específicas em cada estado, mas todos devem terminar o processo até 14 de dezembro, dia em que o Colégio Eleitoral vota para eleger o Presidente.
A contabilidade dos votos passa por vários processos de verificação e confirmação, sendo enviada pelos oficiais de cada condado até ser certificada pelo secretário de estado de cada estado ou pela figura independente do chefe/administrador de eleições. O processo pode demorar semanas até ser completado.
Isto significa, como explica um diagrama processual do New York Times, que os resultados reportados pelos estados na noite da eleição e horas seguintes não são oficiais. Os resultados têm de ser confirmados e certificados até se chegar a um número final.
Horas depois de Joe Biden ter sido declarado como vencedor das eleições, Donald Trump reagiu pela primeira vez no twitter, disparando um conjunto de frases em caixa alta (ou seja, a gritar) onde insiste na fraude do processo eleitoral e que foi ele a ganhar.
"Ganhei as eleições. Tive 71 milhões de votos legais", escreveu o ainda presidente dos EUA.
THE OBSERVERS WERE NOT ALLOWED INTO THE COUNTING ROOMS. I WON THE ELECTION, GOT 71,000,000 LEGAL VOTES. BAD THINGS HAPPENED WHICH OUR OBSERVERS WERE NOT ALLOWED TO SEE. NEVER HAPPENED BEFORE. MILLIONS OF MAIL-IN BALLOTS WERE SENT TO PEOPLE WHO NEVER ASKED FOR THEM!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 7, 2020
Num segundo tweet colocado na rede social logo de seguida repete que obteve 71 milhões de votos legais, o que representa um recorde para uma presidente que se recandidata.
71,000,000 Legal Votes. The most EVER for a sitting President!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 7, 2020
Esta afirmação de Trump dificilmente será classificada como potencialmente falsa pelo Twitter. Contudo, Donald Trump não disse que Joe Biden foi o presidente eleito com o maior número de votos de sempre e cerca e 4 milhões acima do republicano.
Quando as televisões norte-americanas declararam Biden vencedor das eleições Trump estava a jogar golfe. Estes tweets foram publicados minutos depois do presidente dos EUA ter regressado à Casa Branca.
O democrata Joe Biden, vencedor das presidenciais norte-americanas, e sua vice-presidente, Kamala Harris, vão em breve discursar perante a nação, no Chase Center – na cidade natal de Biden, em Wilmington (Delaware).
“Faz hoje 48 anos que Biden conquistou o seu primeiro assento no Senado, aqui em Delaware, e agora, 48 anos depois, está a caminho da Casa Branca”, comentou Arlette Saenz, da CNN.
Biden, que foi vice-presidente na Administração de Barack Obama, leva agora para esse cargo Kamala Harris, a primeira mulher a ocupá-lo.
Espera-se que Biden mantenha a mensagem, no discurso de hoje, de que vai ser um presidente para todos os americanos, apelando à união do país.
Donald Trump, que continua a contestar o resultado das eleições, é o 11º presidente dos EUA a não ser reeleito para um segundo mandato.
Kamala Harris falou sobre a vida e o legado do falecido republicano John Lewis, recordando aos americanos que "a democracia não é um dado adquirido".
A democracia, sublinhou, "só é forte na medida em que for forte a nossa vontade de lutar por ela".
"E quando a nossa democracia esteve a votação, nestas eleições, com a própria alma da América em jogo e com o mundo inteiro a assustir, vocês trouxeram um novo dia à América", afirmou.
"Vocês escolheram a esperança e a união, a decência, a ciência e, sim, a verdade", afirmou, acrescentando que "apesar de eu ser a primeira mulher neste cargo, não serei a última".
Thank you to the American people for the faith you have entrusted in us. Tune in now as President-elect @JoeBiden and I address the nation. https://t.co/KQvJiWIEdJ
— Kamala Harris (@KamalaHarris) November 8, 2020
Joe Biden disse, no seu discurso desta noite, que os americanos lhe deram "uma vitória clara".
"As pessoas desta nação falaram e deram-nos uma vitória clara.Uma vitória convincente. Uma vitória para ‘Nós, o Povo’", afirmou, aludindo à frase de abertura no preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos.
"Ganhámos com o mais alto número de votos numa eleição presidencial na história da nação", acrescentou. "74 milhões" [de votos].
Folks, the people of this nation have spoken.
— Joe Biden (@JoeBiden) November 8, 2020
They have delivered us a clear victory. A convincing victory.
A victory for “We the People.”
Aquele que será o 46.º presidente dos EUA falou também na sua família e teceu rasgados elogios à sua mulher, a educadora Jill Biden. "Como já disse muitas vezes, sou o marido da Jill e não estaria aqui sem o apoio dela, dos meus filhos, netos, genros e noras e toda a família. A minha mulher é uma educadora e para todos os professores hoje é um dia importante, têm um deles na Casa Branca".
Biden falou também sobre a "enorme honra" de servir ao lado de Kamala Harris, que "representa aqueles que lutaram muito para conseguirem o que desejam".
"A quem votou no presidente Trump, compreendo a vossa desilusão esta noite. Também já perdi algumas vezes, mas é hora de darmos uma hipótese uns aos outros", declarou.
E prosseguiu: "Acredito nisto: os americanos escolheram-nos para mobilizarmos as forças da decência e as forças da justiça. Para mobilizarmos as forças da ciência e as forças da esperança nas grandes batalhas desta nossa era".
A new day in America has come. Tune in as Vice President-Elect @KamalaHarris and I address the nation. https://t.co/d38F58DHu8
— Joe Biden (@JoeBiden) November 8, 2020
No seu discurso desta noite, Joe Biden invocou a Bíblia, dizendo que para tudo há um tempo – um tempo para construir, um tempo para colher, um tempo para semear. E um tempo para curar. "Este é o tempo de curar a América".
"Não podemos consertar a economia, restaurar a nossa vitalidade ou saborear os momentos preciosos da vida – abraçar um neto, aniversários, casamentos, cerimónias de graduação, todos os momentos que nos são mais importantes – enquanto não tivermos este vírus sob controlo", declarou, referindo-se à covid-19, que nos EUA já provocou mais de 237 mil mortos.
Biden disse também que se compromete "a ser um presidente que procura não dividir, mas sim unir. Que não quer Estados Vermelhos [republicanos] e Estados Azuis [democratas], mas sim Estados Unidos".
"Trabalharei com todo o meu afinco para conquistar a confiança de todos os norte-americanos".
I pledge to be a President who seeks not to divide, but to unify.
— Joe Biden (@JoeBiden) November 8, 2020
Who doesn’t see Red and Blue states, but a United States.
And who will work with all my heart to win the confidence of the whole people.
"Esta noite, o mundo inteiro está a olhar para a América e acredito que, no nosso melhor, somos uma referência para o planeta. Iremos liderar não só pelo exemplo do nosso poder, mas também pelo poder do nosso exemplo", afirmou.