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Biden diz que é tempo de curar a América. E quer conquistar a confiança de todos

O democrata Joe Biden tornou-se no 46.º Presidente dos Estados Unidos da América ao derrotar o seu adversário republicano e detentor do cargo, de acordo com as televisões norte-americanas. O Negócios continua a acompanhar estas eleições ao minuto.

Biden cada vez mais próximo da vitória

Joe Biden está cada vez mais perto de poder declarar vitória sobre Donald Trump, numa altura em que já restam poucos estados a realizar a contagem de votos, apesar de os republicanos terem dado início a lutas legais para travar o processo em pelo menos dois estados.

Biden tem agora 264 delegados no Colégio Eleitoral, dos 270 necessários para ganhar o lugar na Casa Branca, de acordo com a Associated Press. Trump tem 214.

Biden precisa apenas de ganhar mais um estado decisivo, como o Nevada, onde lidera, ou a Geórgia, onde a sua campanha acredita que os votos não presenciais lhe darão a vitória.

"Não estou aqui para declarar que vencemos, mas estou aqui para dizer que, quando a contagem terminar, acreditamos que seremos os vencedores", disse aos jornalistas em Wilmington, Delaware, depois de ter obtido a vitória no Wisconsin.

Trump declarou falsamente vitória na Pensilvânia. O presidente estava à frente no estado por 383.000 votos, mas as autoridades da Pensilvânia informaram que ainda falta contar mais de um milhão de votos.

Para ganhar a votação do Colégio Eleitoral, Trump teria de vencer na Pensilvânia, Georgia, Carolina do Norte e Nevada.

As vitórias de Biden no Wisconsin e Michigan revertem duas das surpresas de Trump em 2016, quando derrotou Hillary Clinton.

A campanha de Trump disse que exigirá uma recontagem no Wisconsin, onde os candidatos estavam separados por menos de 1 ponto percentual.

Rússia espera para ver
"A situação atual não nos permite comentar de forma alguma", disse Dmitri S. Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin, a jornalistas, nesta quinta-feira. "Claro que preferimos fazer uma pausa e esperar".

Maior é a preocupação nos media russos quanto às eleições presidenciais norte-americanas, numa altura em que Joe Biden toma a dianteira na corrida. Vários jornais estatais alinham com as acusações de Donald Trump de que as eleições foram fraudulentas.

É o caso de Margarita Simonyan, jornalista russa e editora-chefe da rede de notícias RT, que comentou as eleições através do seu Twitter, alegando que o processo não estava a ser "nem livre, nem justo".

Recorde-se que nas eleições de 2016, a Rússia foi acusada de interferir nas eleições e de ter influenciado o ato eleitoral que levou Donald Trump à Casa Branca. 

Agora, e depois de o diretor dos serviços de informação dos EUA ter dito que a Rússia obtivera informações dos eleitores e estaria a tentar interferir nas presidenciais de 3 de novembro, Putin permanece em silêncio.


Biden e Trump separados por apenas 164 mil votos na Pensilvânia

Numa altura em que estão contabilizados 89% dos votos na Pensilvânia, Trump lidera com 50,7% e Biden regista 48,1%. 

Republicanos podem bater recorde de mulheres na Câmara dos Representantes
Os republicanos podem bater o recorde do partido no que diz respeito ao número de mulheres eleitas para a Câmara dos Representantes. O Partido Republicano pode somar 13 ou mais congressistas face às mulheres eleitas nas intercalares de 2018. 

Apesar de algumas disputas persistirem equilibradas enquanto prossegue a contagem de votos, a imprensa americana refere que os republicanos poderão eleger 33 mulheres para a câmara baixa do Congresso, o que a acontecer será um máximo do partido. 
Bloomberg investiu 100 milhões mas não evitou vitórias de Trump
A CNBC noticia que, depois de se retirar das primárias democratas, Michael Bloomberg e a sua equipa de assessores desenharam um plano para apoiar a eleição de Joe Biden que assentou num investimento de 100 milhões de dólares em três dos estados considerados decisivos, tendo a maior parte do dinheiro sido investido na Florida. 

Mas apesar deste esforço financeiro do multimilionário americano, a verdade é que Donald Trump acabou por, tal como em 2016, vencer não só na Florida, mas também no Texas e no Ohio, três estados em que as sondagens indicavam que os democratas poderiam vencer os republicanos. 
Joe Biden apela a que os votos continuem a ser contados
Apesar de o favoritismo estar do seu lado, Joe Biden não foi eleito presidente dos EUA. Biden apela a que os votos continuem a ser contabilizados. 
Em que ponto está a contagem em quatro estados decisivos
São nesta altura quatros os estados decisivos para determinar quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. Geórgia, Pensilvânia, Arizona e Nevada.

Na Geórgia, com 98% dos votos apurados, Trump lidera com mais 18.098 votos do que Biden, no entanto a vantagem do presidente tem vindo a cair à medida que são contabilizados novos votos. A CNN cita uma fonte que garante que se Trump perder neste estado vai pedir a recontagem dos votos. Todavia, para Biden ultrapassar o atual presidente neste estado precisaria, segundo cálculos do Negócios, recolher em torno de 68% dos votos ainda por apurar, sendo que nesta altura o democrata está com 49,2% votos e Trump com 49,6%.

Quanto à Pensilvânia, e quando falta apurar 11% dos votos, a distância entre os dois candidatos caiu para apenas 164.418 votos, com vantagem para Trump. No entanto, se os votos por correio (faltam contabilizar cerca de 750 mil votos por correspondência) continuarem a pender para o lado de Biden ao ritmo a que vem sendo registado, serão os democratas a arrebatar os 20 delegados atribuídos pela Pensilvânia.

No Arizona (onde se considera que os 11 grandes eleitores vão para os democratas), com 88% dos votos contabilizados, Biden tem uma vantagem de 68.390 votos para Trump. No entanto, Trump tem vindo a aproximar-se, pese embora boa parte dos votos ainda por contar dizerem respeito a um condado tradicionalmente favorável aos democratas.

Já no Nevada, Joe Biden segue com mais 7.647 votos do que Donald Trump quando estão apurados 75% dos votos. Numa altura em que Biden já garantiu 264 delegados ao Colégio Eleitoral, se os democratas conseguirem os 6 eleitores especiais em jogo no Nevada vencem a eleição presidencial.
Trump: "Parem a contagem"

O ainda presidente dos Estados Unidos já regressou ao Twitter para repetir uma das mensagens centrais da sua campanha nas últimas 48 horas. 

"Parem a contagem [dos votos]", atirou Donald Trump numa altura em que Biden se aproxima cada vez mais em estados como a Pensilvânia. 

Procurador-geral da Pensilvânia assegura contagem de todos os votos legais
Citado pela MSNBC, Josh Shapiro, procurador-geral do estado da Pensilvânia, garante que não permitirá que o processo de contagem de votos seja interrompido pois trata-se de "votos legais". "Vão ser contabilizados", afirmou.

Shapiro acusou ainda o presidente Donald Trump de tentar arrastar as pessoas envolvidas no processo eleitoral numa batalha política. 

Recorde-se que o Supremo Tribunal da Pensilvânia decidiu, poucos dias antes das eleições de 3 de novembro, que seriam contabilizados todos os votos por correspondência válidos recebidos até esta sexta-feira, 3 de novembro. A campanha de Trump avançou com uma ação judicial para anular esta decisão.
Faltam apurar 60 mil votos na Geórgia, Trump lidera por 18 mil
As autoridades eleitorais da Geórgia revelaram que faltam agora apurar 60 mil boletins de voto no estado onde Donald Trump (49,6%) mantém uma vantagem estreita de apenas 18.144 votos para Joe Biden (49,2%).

Os democratas continuam assim a estreitar a diferença relativamente à candidatura republicana. Os resultados deverão ser conhecidos ainda esta quinta-feira. 
Tendência no Nevada é favorável a Biden
Num dos condados do estado do Nevada, 64% dos votos que estavam por apurar são favoráveis aos democratas. No conjunto do Nevada, Biden precisa recolher entre 46% e 48% dos votos por apurar, pelo que a tendência parece ser-lhe favorável. 

Os votos oriundos do condado de Clark (onde fica situada Las Vegas) elevaram a vantagem de Biden sobre Trump neste estado para perto de 12 mil votos.
Trump insiste ter vencido na Pensilvânia com resultado final por apurar
Donald Trump publicou um tweet em que garante ter obtido uma "grande vitória legal na Pensilvânia", uma garantia feita numa altura em que continuam por apurar resultados finais e em que a vantagem do candidato republicano sobre Joe Biden tem vindo a diminuir ao longo desta quinta-feira. 
Com 88% dos votos apurados neste estado, Trump detém uma vantagem de 115 mil votos para Biden.
Ação de Trump na Georgia rejeitada na justiça

Um juiz do estado da Georgia, James Bass, rejeitou uma ação intentada pelos responsáveis da campanha do presidente Donald Trump e pelo Partido Republicano da Georgia contra a comissão eleitoral do condado de Chatham, refere a AP.

 

Nesta ação, intentada ontem, pedia-se que um juiz ordenasse ao referido condado que explicasse os votos recebidos depois das 19h no dia das eleições (3 de novembro) e garantisse que as leis estaduais estavam a ser cumpridas.

 

A ação alegava que um observador republicano viu um funcionário responsável pelas urnas a retirar, de uma sala de arrumos, votos ainda não processados de eleitores que votaram de forma não presencial e a misturá-los com os votos já processados de eleitores que votaram à distância e que estavam em fase de apuramento.

 

Os queixosos diziam que havia 53 destes votos que não estavam na caixa original dos votos de quem votou de forma não presencial, mas os responsáveis da comissão eleitoral do condado atestaram que os referidos votos deram entrada a tempo.

Biden volta a pedir "paciência" enquanto votos são contados
Uma vez mais, o antigo número dois de Barack Obama recorreu ao Twitter para pedir calma aos seus apoiantes enquanto os votos continuam a ser apurado, reiterando uma mensagem de confiança no resultado final. 
"Pessoal, tenham paciência. Os votos estão a ser contados e sentimo-nos bem sobre onde estamos", afirmou. 

Também através de um tweet, e neste dia que assinala a saída formal dos EUA do Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas, repudiado pela administração Trump, Joe Biden garantiu que no primeiro dia de uma futura administração Biden, os Estados Unidos vão voltar a integrar este acordo multilateral.
Congressista diz que Trump vai perder devido à "consciência da América"
O congressista democrata eleito para a Câmara dos Representantes pelo estado da Pensilvânia, Malcom Kenyatta, lembra que Trump ficará na história como um dos poucos presidentes incumbentes a falhar a reeleição e garante que, em grande medida, isso acontecerá devido à "consciência da América" e aos eleitores negros.
Ação judicial de Trump no Michigan rejeitada

Donald Trump sofreu no Michigan a segunda derrota judicial do dia.

Após um juiz na Geórgia ter rejeitado uma ação interposta pela campanha do atual presidente dos EUA sobre irregularidades na votação de um condado, agora a juíza Cynthia Stephens rejeitou um processo da campanha de Trump sobre a falta de acesso de observadores republicanos à contagem dos votos não presenciais.

A magistrada assinalou que a ação judicial deu entrada ao final da tarde de quarta-feira, poucas horas antes dos últimos boletins serem contados, e notou que a ação visava a secretária do Estado, Jocelyn Benson, sendo a pessoa errada, uma vez que não controla a área logística da contagem dos votos.

A AP e as estações televisivas já declararam o democrata Joe Biden vencedor no Michigan, conquistando os 16 votos no Colégio Eleitoral.

Resultados no decisivo Nevada podem só ser conhecidos domingo
O maior condado do Nevada, Clark County, poderá apenas concluir a contagem dos votos por correio no sábado ou domingo, indicou esta quinta-feira, em conferência de imprensa um responsável da comissão eleitoral.

De acordo com Joe Gloria, citado pela AP, o condado tem ainda por processar pelo menos 63.262 boletins de voto, dos quais cerca de 39 mil não presenciais. No entanto, ainda continuam a chegar boletins de voto por correio com data até 3 de novembro, o dia das eleições.

O Nevada assume uma importância decisiva nestas eleições podendo, neste momento, com os seus seis votos no Colégio Eleitoral, assegurar a vitória de Joe Biden.

Com 89% dos votos apurados, o candidato democrata lidera com 49,4% contra 48,5% de Donald Trump. Em termos de número de votos, a vantagem de Biden é de cerca de 11.400 votos.
Trump diz que poderia "ganhar facilmente" se os votos legais fossem contados

Donald Trump fez uma curta declaração à imprensa a partir da Casa Branca – a primeira desde que, na noite das eleições, se declarou vencedor – tendo declarado que se os "votos legais" fossem contados ele poderia "ganhar facilmente".

"Se contarem os votos legais, venço facilmente. Se contarem os votos ilegais, os votos que chegaram com atraso, eles podem tentar roubar-nos as eleições", afirmou, dizendo que esta comunicação tinha como objetivo atualizar os norte-americanos sobre os seus esforços para proteger a integridade destas eleições.

 

O recandidato ao leme do país acusou assim os democratas de estarem a tentar roubar-lhe as eleições, adulterando a contagem dos boletins de voto, e uma vez mais colocou a possibilidade de os resultados poderem acabar contestados no Supremo Tribunal.

 

Nesta sua mensagem, Trump disse não haver a prevista "onda azul" (em que os democratas ganhavam tudo, ficando com a Casa Branca e com maioria na Câmara dos Representantes e no Senado) mas sim uma grande "onda vermelha" e voltou a falar de esquemas fraudulentos nas eleições, atacando o processo de contagem de votos em vários estados onde inicialmente estava à frente mas onde a sua vantagem foi encolhendo à medida que a contagem foi prosseguindo.

 

Esta seletividade no seu ataque tem-lhe merecido alfinetadas em muitos meios. "O presidente não manifestou preocupações com o processo de contagem nos estados onde foi vencedor", diz o WSJ.

 

Trump também criticou de novo os votos por correspondência, dizendo que foi o que lhe fez diminuir a vantagem na Georgia – estado onde a contagem ainda prossegue. 

 

Após a sua declaração, de cerca de 15 minutos, Trump saiu sem aceitar responder a perguntas dos jornalistas.

Como estão as contagens?

Numa altura em que prossegue a contagem de votos nos estados decisivos da Pensilvânia, Nevada, Georgia e Arizona – sendo que na Carolina do Norte também ainda se contam os votos –, Joe Biden continua à frente nos resultados.

 

O candidato democrata conta com 264 votos eleitorais, faltando-lhe seis delegados para vencer as eleições. Já Trump conta com 214 votos, estando a 56 delegados de conseguir a vitória.

O Negócios continuará, esta sexta-feira, a acompanhar ao minuto.

Biden já está à frente de Trump na Geórgia

Joe Biden já assumiu a liderança no estado da Geórgia esta sexta-feira, seguindo agora à frente do adversário Donald Trump quando estão apurados 99% dos votos. Recorde-se que Biden tem de vencer em dois destes estados – Arizona, Carolina do Norte, Nevada e Geórgia – ou vencer na Pensilvânia para chegar à Casa Branca.

Na Pensilvânia Trump ainda lidera, com uma vantagem de cerca de 18 mil votos. No entanto, ainda há cerca de 200 mil votos por contar.

Ted Cruz alinha com Trump e pede contagem transparente dos votos
O senador republicano pelo Texas colocou-se ao lado de Donald Trump pondo em causa a forma como está a ser feito o escrutínio dos boletins de voto. 

Ted Cruz considera que os americanos têm razões para estar "zangados" devido ao que diz ser a forma pouco transparente como os votos estão a ser contabilizados, exigindo a presença de observadores nos centros de contagem. 

"Temos de contar todos os votos legais", diz o senador.
Ponto de situação às 10:30 (hora de Lisboa)
Além de ter ultrapassado Donald Trump na Geórgia, Joe Biden continua a aproximar-se de forma consistente do candidato republicano no estado da Pensilvânia. O candidato democrata mantém-se ainda na frente nos estados do Arizona e do Nevada. 

Note-se que meios como a Associated Press e a Fox News já consideram desde as primeiras horas de quinta-feira que os 11 delegados ao Colégio Eleitoral do Arizona vão cair para o lado de Joe Biden, no entanto a aproximação conseguida por Donald Trump mantém ainda algumas dúvidas quanto ao resultado final neste estado. Ainda assim, com 90% dos votos apurados, Biden mantém uma vantagem de 47 mil votos. 

Admitindo que Biden vence no Arizona, basta ao ex-vice-presidente assegurar também a conquista do Nevada, estado onde lidera por quase 11.500 votos, para garantir a vitória na eleição presidencial. Por outro lado, o democrata continua a aproximar-se na Pensilvânia depois de ter chegado a estar a meio milhão de votos após o encerramento das urnas, estado onde a maior parte dos votos por apurar pode ficar contabilizada ainda esta sexta-feira.

Com dezenas de milhar de boletins por apurar, sobretudo relativas à região em torno da cidade de Filadélfia (favorável aos democratas), Joe Biden poderá ainda superar Trump na Pensilvânia. 

Já a contabilização dos votos postais ainda por apurar no Nevada não deverá ser concluída antes do fim de semana, enquanto o Arizona pode ficar decidido ainda esta sexta-feira.
Biden só precisa vencer um estado
A Pensilvânia continua a centrar boa parte das atenções nesta longa fase pós-eleitoral. Admitindo que não haverá nenhuma reviravolta no Arizona e que este estado é para os democratas, Joe Biden precisa apenas vencer um dos estados ainda por decidir: Nevada, Geórgia (segue na frente em ambos), Pensilvânia ou Carolina do Norte. 

Já Donald Trump só pode aspirar à reeleição se conquistar os 20 grandes eleitores atribuídos pela Pensilvânia e se vencer também no Nevada, Geórgia e Carolina do Norte.
Equipa de Biden acredita que vitória é iminente
O Politico escreve que a equipa do candidato presidencial do Partido Democrata mobilizou-se nas últimas horas para realizar contactos com grupos empresariais, tendo transmitido a ideia de que a vitória de Joe Biden estará iminente, isto numa altura em que os democratas estão a alargar a vantagem sobre Donald Trump na Geórgia e em que estão cada vez mais próximos do presidente incumbente na Pensilvânia.
EUA registam novo recorde de novos casos de covid
Na quinta-feira, foram registados 118 mil novos casos de covid-19 nos Estados Unidos, um novo recorde de infeções e o segundo dia consecutivo com mais de 100 mil novos casos. 

Centro de Controle e Prevenção de Doenças apresentou ontem uma nova projeção que aponta para que no final do presente mês de novembro os EUA registem um total de 266 mil mortes causadas pelo novo coronavírus.

A crise pandémica e a forma como esta foi gerida pela adminsitração Trump foi um dos principais temas ao longo da campanha eleitoral para as presidenciais.
Bannon foi banido do Twitter após incitar à violência contra Fauci
A rede social Twitter baniu a conta do ex-conselheiro de Donald Trump, Steve Bannon, após o internacionalista de extrema-direita ter defendido a decapitação de Anthony Fauci e de Christopher Wray, respetivamente o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA e o diretor do FBI.

No podcast War Room, Bannon defendeu que as cabeças de Fauci e Wray deviam ser colocadas defronte da Casa Branca como "aviso".
Senador republicano da Pensilvânia rejeita alegações de Trump
Pat Toomey, senador eleito pela Pensilvânia e membro do Partido Republicano, considera "não fundamentadas" as alegações de fraude repetidamente feitas por Donald Trump. "Vi o discurso do presidente feito na noite passada e foi muito difícil de ver. As alegações do presidente sobre fraude em larga escala e roubo da eleição simplesmente não são fundamentadas", declarou. 

No discurso em causa, Trump alegou novamente que as eleições estavam a ser falseadas, levando várias cadeias televisivas a interromper a transmissão do discurso considerando que mais uma vez o presidente americano estava a fazer declarações sem qualquer base para as fundamentar.

São cada vez mais os republicanos a demarcarem-se das alegações infundadas do presidente. O senador Mitt Romney, um dos poucos republicanos que há muito se opõe frontalmente a Trump, insistiu na ideia de que contar todos os votos faz parte do âmago da democracia americana, enquanto o congressista Adam Kinzinger apelou a que "parem de disseminar desinformação" porque a situação "está a ficar insana". "Não podemos permitir inflamação sem informação", acrescentou o republicano Chris Christie, antigo governador de Nova Jersey.
Biden já lidera na Pensilvânia
O candidato democrata já passou para a frente na Pensilvânia e está cada vez mais próximo de se tornar o 46.º presidente dos EUA. Joe Biden tem agora 49,4% dos votos apurados neste estado decisivo e dispóe de uma vantagem de 5.587 votos para Donald Trump (49,3%) quando estão contabilizados 98% dos votos estimados.

Se Biden assegurar os 20 delegados atribuídos pela Pensilvânia será eleito presidente pelo Colégio Eleitoral. Já Donald Trump está obrigado a vencer neste estado decisivo para poder ser reeleito.

A contagem dos votos postais continua assim a favorecer a candidatura presidencial democrata, que depois de ter estado cerca de meio milhão de votos atrás do "ticket" republicano depois do fecho das urnas, aproximou-se progressivamente de Trump, que acaba de ser ultrapassado.

Uma parte importante dos votos ainda por apurar neste estado dizem respeito à cidade da Filadélfia, tendencialmente favorável a Biden. 
Momento Zen da Fox News
Logo depois de se saber que Biden havia ultrapassado Trump na corrida pela vitória na Pensilvânia, o apresentador do satírico The Daily Show recuperou o nome da conhecida rubrica do programa televisivo (Momento Zen) para ilustrar a forma como a notícia terá sido recebida na Fox News, uma cadeia televisiva próxima dos republicanos e que foi uma aliada de Trump ao longo dos quase quatro anos de mandato presidencial. 
Joe Biden lidera em todos os estados por decidir, menos na Carolina do Norte
Depois de, nas últimas horas, ter passado para a frente de Trump na Geórgia, primeiro, e na Pensilvânia, agora, Joe Biden lidera a contagem de votos em todos os estados cujos grandes eleitores estão ainda por atribuir, exceção feita à Carolina do Norte. 

Biden lidera na Geórgia, Pensilvânia e Nevada, bastando-lhe conquistar um destes três estados para vencer a disputa presidencial. 
25 mil votos por apurar em Filadélfia
Uma fonte oficial das autoridades de Filadélfia, citada pela CNN, adiantou que nesta altura faltam apurar cerca de 25 mil votos na principal cidade do estado da Pensilvânia. Biden tem recebido 80,8% dos votos em Filadélfia quando faltam apurar 5% dos votos no condado.

A mesma fonte citada pela CNN notou, porém, que poderá levar tempo a apurar os votos em falta por se tratarem de votos provisórios, o que exige um maior esforço de verificação de datas e assinaturas.
Prémio de consolação para Trump? Presidente superou votação recorde de Obama
Poderá ser uma espécie de prémio de consolação para Donald Trump caso se confirme aquilo que parece ser a iminente vitória de Joe Biden. O ainda presidente americano superou o recorde de votos populares que foi registado por Barack Obama em 2008 (primeira eleição do ex-presidente).

Nesta altura, Trump soma quase 69,7 milhões de votos em todo o território, acima dos perto de 69,5 milhões obtidos por Obama e que eram um máximo em termos de voto popular. No entanto, o recorde absoluto no voto popular pertence já a Joe Biden, que nestas eleições segue com mais de 73,8 milhões de votos apurados. 

A grande polarização política e social em que os Estados Unidos estão mergulhados ajudam a explicar a grande participação eleitoral nestas presidenciais de 3 de novembro, a maior afluência desde 1876.
Democratas a caminho da quarta vitória seguida no voto popular
O Partido Democrata encaminha-se para confirmar a quarta vitória consecutiva no voto popular em presidenciais, somando a maior votação em termos absolutas que Joe Biden deverá conseguir em 2020 aos resultados em 2016, 2012 e 2008. Em 2008 e 2012, Barack Obama venceu no voto popular e no Colégio Eleitoral, sendo duas vezes eleito presidente dos EUA.

Há quatro anos, apesar de Trump ter conseguido a eleição como presidente, Hillary Clinton conseguiu cerca de mais 3 milhões de votos populares. Isto acontece porque o presidente americano é eleito através de uma eleição indireta, vencendo quem conseguir um mínimo de 270 delegados no Colégio Eleitoral. 

Tendo em conta que George W. Bush apenas em 2004 foi eleito recebendo mais votos populares (em 2000 venceu a eleição, mas ficou atrás de Al Gore no voto popular), e contando com as vitórias de Bill Clinton nos anos 1990, os democratas somam sete vitórias nas últimas oito presidenciais no que diz respeito à votação em termos absolutos.
Trump diz que Filadélfia tem "história corrupta em termos de integridade eleitoral"
Após perder a dianteira na corrida pelos 20 delegados da Pensilvânia, em boa parte devido aos resultados muito favoráveis a Joe Biden na cidade de Filadélfia, Trump recorreu novamente ao Twitter, desta feita para afirmar que aquela cidade "tem uma história corrupta em termos de integridade eleitoral". 

O presidente americano põe uma vez mais em causa a integridade do processo eleitoral, mais concretamente do processo de validação e contabilização dos votos antecipados por correspondência. 
Campanha de Trump garante que eleição não acabou, haverá ações judiciais
Perante a cada vez mais próxima confirmação de que Biden será o próximo presidente dos Estados Unidos, a campanha de Donald Trump já veio avisar que a história da eleição está longe de terminar e reiterar que irá avançar com processos judiciais para impugnar irregularidades no processamento dos votos em pelo menos quatro estados decisivos para determinar o desfecho das presidenciais e onde prossegue ainda o apuramento dos votos.

"A eleição ainda não terminou", garantiu Matt Morgan, conselheiro geral da campanha Trump, para quem a vitória de Biden assente nos resultados da Pensilvânia, Arizona, Nevada e Geórgia não passa de uma "falsa projeção". 

No entanto, a guerra judicial que os republicanos já puseram em marcha, não será fácil para as aspirações de Trump. Como explica o jornalista da ABC News, Steve Osunsami, as alegações de fraude e irregularidades dificilmente poderão colher no estado da Geórgia, onde os republicanos detêm maioria na assembleia legislativa local, controlam o gabinete do governador e em que além de o secretário de estado é republicano e um entusiástico apoiante de Trump. 

Por outro lado, seguirem os seus intentos, as ações judiciais de Trump terão de subir dos supremos estaduais para o Supremo Tribunal dos EUA. Isso mesmo parece decorrer das afirmações do procurador-geral do Nevada, Aaron Ford, que classificou de "lixo" a alegação da Casa Branca de que aquele estado está a contabilizar "votos indevidos".  
Geórgia vai fazer recontagem dos votos
O secretário de estado da Geórgia, Brad Raffensperger, anunciou, citado pela Fox News, que, devido ao enorme equilíbrio verificado nos resultados apurados, este estado vai proceder à recontagem dos votos. 

Com 99% dos votos estimados apurados na Geórgia, Joe Biden e Donald Trump estão empatados com 49,4%, embora o democrata esteja com mais 1.098 votos do que o ainda presidente.
Pelosi: "Muito em breve o hífen de vice-presidente vai mudar para presidente-eleito Biden"
A líder da maioria democrata na Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano deu uma conferência de imprensa em que dá como garantida a eleição de Joe Biden e Kamala Harris como próximos presidente e vice-presidente dos Estados Unidos. 

"Muito em breve o hífen de vice-presidente vai mudar para presidente-eleito Joe Biden", assegurou Nancy Pelosi. 

Pelosi referiu-se repetidamente a Biden como "presidente-eleito" dos EUA e anunciou ainda a recandidatura à liderança da Câmara dos Representantes, isto apesar de os democratas estarem a caminho de ver reduzida a sua maioria na câmara baixa do Congresso.

Senador republicano considera palavras de Trump "perturbadoras"

O senador republicano da Pensilvânia, Pat Toomey, considerou esta sexta-feira que não existem provas que apoiem a acusação de Donald Trump de que os democratas esteja a tentar "roubar" a eleição e classificou o discurso do presidente "muito perturbador"

"Simplesmente não há provas apresentadas por ninguém de corrupção ou fraude alargada", disse Toomey, cujo estado é decisivo para o resultado das eleições. 

"O discurso do presidente ontem à noite foi muito perturbador para mim porque fez alegações muito, muito sérias sem quaisquer provas que as sustentassem", acrescentou o senador no programa da CBS "This Morning".

"Eu votei no presidente Trump. Eu apoiei o presidente Trump. Quero que o próximo presidente seja a pessoa que legitimamente vença o Colégio Eleitoral e aceitarei o resultado seja ele qual for", acrescentou.

McConnell recusa dizer o que fará se Trump não aceitar derrota
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, recusou esclarecer os jornalistas sobre como irá agir no caso de Donald Trump não aceitar aquilo que se afigura cada vez como mais provável: A vitória de Joe Biden na eleição presidencial. 

Confrontado pelos jornalistas, McConnell rejeitou falar sobre questões "hipotéticas" e, já através do Twitter, defendeu que por ora é preciso contabilizar "todos os votos legais" e assegurar que todos os boletins de voto ilegalmente submetidos não sejam contados. O líder da maioria do Partido Republicano na câmara alta do Congresso, que tudo indica será mantida após estas eleições, acrescenta que quanto a potenciais disputas judiciais, "os tribunais estão aqui para aplicar a lei".
Se vencer, Joe Biden será o presidente mais velho da história americana
Se se confirmar que Joe Biden vence a eleição indireta para presidente dos Estados Unidos, o democrata vai destronar o republicano Ronald Reagan como o mais velho de sempre a chegar à Casa Branca. 

Biden completa 78 anos no próximo dia 20 de novembro e se for ele a tomar posse como presidente dos EUA a 20 de janeiro, será o mais velho de sempre. É que quando Reagan abandonou a Casa Branca em 1989 tinha 77 anos de idade.
Condados com mais surtos de covid apoiaram esmagadoramente Trump
Logo na madrugada eleitoral foi percetível que os estados norte-americanos mais atingidos pela crise pandémica haviam maioritariamente apoiado o atual presidente dos Estados Unidos na disputa presidencial. 

Agora, uma análise mais fina realizada pela Associated Press não só confirma aquele dado como conclui que os condados onde atualmente se verificam os maiores surtos de covid-19 votaram de forma esmagadora em Donald Trump. 

A AP refere que apesar de aquando da ida às urnas os estudos de opinião mostrarem um país dividido quanto à eficácia, ou a falta dela, na gestão da crise sanitária pela administração Trump, em 93% dos 376 condados com números mais elevados de novos casos per capita, o apoio o voto foi favorável ao ainda presidente americano. 

Sabe-se que as zonas urbanas são mais favoráveis a Biden e as zonas rurais pendem mais para Trump. Ora, os condados com apoio esmagador para Trump estão situados nos estados mais rurais dos EUA tais como o Montana, Nebraska ou Kansas.
Trump faz nova bateria de tweets contra eleição fraudulenta
Numa série de tweets publicados durante a última hora, Donald Trump repete alusões a irregularidades na eleição. Num dos tweets, argumenta que o governador da Pensilvânia, o democrata Tom Wolf, e o Supremo Tribunal deste estado "violaram a Constituição dos Estados Unidos". 
Romney: comentários de Trump prejudicam "a causa da liberdade"
O senador republicano e candidato presidencial derrotado por Obama em 2012 considerou esta sexta-feira que os comentários sobre a eleição estar a ser "roubada" feitos por Donald Trump "prejudicam a causa da liberdade aqui e em todo o mundo".

Através do Twitter, Romney considerou "errada" a postura do atual presidente dos EUA.

Mayor de Filadélfia pede a Trump que vista "calças de rapaz crescido"
O mayor da cidade de Filadélfia, o democrata Jim Kenney, fez uma declaração pública em que abordou as acusações feitas por Trump acerca de alegadas irregularidades no processamento dos votos no estado da Pensilvânia, e em particular em Filadélfia, ironizando ao dizer que "aquilo que o presidente precisa fazer é, francamente, vestir as calças de rapaz crescido".
Biden lidera em quatro dos cinco estados-chave em disputa
Biden lidera em quatro dos cinco estados-chave em disputa

Quando ainda não estão concluídas as contagens de votos em cinco estados-chave para determinar o vencedor das eleições, Joe Biden lidera em quatro e Trump apenas num.

Admitindo que o Arizona ainda não pode ser declarado como conquistado por Biden, algo que a AP já fez, o candidato democrata está ainda a 17 delegados de garantir a presidência. Se incluirmos o Arizona, a distância é de apenas seis delegados.

Pelas 19:00 horas (hora de Lisboa), Biden liderava nos estados do Arizona, Nevada, Geórgia e Pensilvânia, enquanto Trump seguia à frente na Carolina do Norte.

No Arizona, que elege 11 delegados, Biden dispunha de uma vantagem de mais de 43 mil votos, quando estavam apurados 93% dos escrutínios. No Nevada, que vale seis delegados, o democrata liderava mas com uma margem de 20 mil  votos, com 92% dos boletins já contados. 

Na Pensilvânia, que elege 20 delegados, Trump chegou a dispor de mais de 500 mil votos de avanço, mas agora Biden passou para a frente por 13 mil votos, com 96% da contagem feita. E na Geórgia, que elege 16 delegados, o candidato democrata lidera por cerca de 1.600 votos.

Já na Carolina do Norte, que vale 15 delegados, Trump segue na frente com mais cerca de 77 mil votos, embora a sua vantagem já tenha sido bem maior.

Republicanos do Michigan avançam com investigação ao processo eleitoral

O porta-voz republicano da Câmara dos Representantes no Michigan, Lee Chatfield, anunciou que os comités legislativos de supervisão vão reunir-se este sábado para darem início a uma investigação às eleições e aos processos de contagem de votos naquele estado, refere a CNN.

 

"Isto não é para alterar resultados. A América precisa de certezas e união. E isto vai ajudar", referiu num tweet.

 

"Quem tiver mais votos vai vencer no Michigan! Ponto final. E acabou-se. Depois seguimos em frente", afirmou.

 

Jim Ananich, líder no Michigan da minoria democrata no Senado, criticou a decisão, considerando-a "um desenvolvimento muito triste".

 

"Trata-se de um desenvolvimento muito triste e só serve para alimentar o caos no qual este presidente tem prosperado", declarou à CNN.

 

Este anúncio surge depois de Donald Trump e o Partido Republicano no Michigan terem tentado alegar – sem sucesso, uma vez que a ação intentada em tribunal foi rejeitada – que houve fraude na forma como a votação foi conduzida naquele estado.



Tendência dos votos provisórios na Pensilvânia costuma bater certo com resultado final

O procurador-geral da Pensilvânia, o democrata Josh Shapiro, declarou – em resposta a questões sobre os votos provisórios – que, historicamente, estes tendem a refletir os resultados finais no estado.

 

Os votos provisórios (provisional ballot) são elencados quando existem dúvidas acerca da elegibilidade do eleitor e só são contabilizados quando os responsáveis da comissão eleitoral têm a certeza de que esse voto deve ser aceite. Se um eleitor, por exemplo, se esquecer do seu documento de identificação em casa, ou se não aparecer na lista de eleitores daquele estado, o seu voto assume um carácter provisório até que a situação esteja resolvida, explica a CNN.

 

E por que motivo é que estes votos demoram mais a ser contabilizados? Porque os vários estados gerem os votos provisórios de formas diferentes.

 

Às 22:45 (hora de Lisboa), Joe Biden lidera na Pensilvânia com 3.315.745 votos, contra 3.301.204 votos para Donad Trump, numa altura em que 96% dos votos já foram contados.

 

"Historicamente, os votos provisórios tendem a acompanhar a votação global, porque são votos aleatórios em todo o estado, baseados no facto de alguém ter de preencher um boletim provisório", afirmou Shapiro.

 

O procurador-geral disse não saber quantos votos provisórios existem neste momento na Pensilvânia, mas o porta-voz republicano da Câmara dos Representantes naquele estado, Bryan Cutler, declarou que há cerca de 100.000 (e a CNN reportou pelo menos 69.000).

 

Shapiro recordou que a demora na contagem dos votos provisórios na Pensilvânia se deve a uma lei estadual que só permite que a contagem desses votos se inicie após as 17h locais (22h em Lisboa) desta sexta-feira.

 

Cada estado determina um prazo diferente para quando deve ser tomada uma decisão acerca da admissibilidade dos votos provisórios. Em muitos estados, os responsáveis das comissões eleitorais dispõem de uma semana ou mais para contarem esses votos. Na Pensilvânia são sete dias.

Biden reconhece que ainda não ganhou mas espera vitória clara
Biden reconhece que ainda não ganhou mas espera vitória clara

O candidato democrata à Casa Branca Joe Biden reconheceu, na sexta-feira, que ainda não ganhou as eleições presidenciais de 03 de novembro, mas os números indicam que terá uma "vitória clara e convincente". "É tempo de nos unirmos", declarou o ex-vice-Presidente de Barack Obama, numa breve intervenção em Wilmington, no estado do Delaware, no nordeste do país, enquanto continuam sem serem conhecidos os resultados finais do escrutínio de terça-feira.

"Devemos ultrapassar a cólera", acrescentou, e prometeu também trabalhar, a partir do "primeiro dia" na Casa Branca para combater a pandemia da covid-19, que já causou um total de mais de 236 mil mortos e de mais de 9,7 milhões de casos no país. Biden salientou que "não está à espera para começar a trabalhar", tendo mantido reuniões, juntamente com a senadora Kamala Harris, candidata a vice-Presidente, sobre a situação da covid-19 e a economia no país.

"Não temos mais tempo a perder com guerras partidárias", sublinhou, dirigindo-se a milhões de norte-americanos desempregados e com dificuldados em pagar a renda ou comprar comida.

Supremo Tribunal exige à Pensilvânia que separe votos por correspondência

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos ordenou na sexta-feira ao estado da Pensilvânia que separe os votos chegados depois do dia das eleições, na sequência de uma ação apresentada pelos republicanos.

O tribunal, numa ordem escrita pelo juiz conservador Samuel Alito, ordenou que se separem todos os votos recebidos pelo correio depois das 20:00 de 3 de novembro, hora de encerramento das urnas, sejam armazenados e contados em separado.

Alito indicou que a secretaria de estado da Pensilvânia, máxima autoridade eleitoral, Kathy Boockvar (democrata), "não foi capaz de verificar se todas as juntas eleitorais (dos condados) estão a cumprir a ordem da secretaria" de separar os votos. A ordem do Supremo Tribunal respondeu a uma ação interposta pelo Partido Republicano para garantir o cumprimentos da ordem de separar os votos por correspondência, no objetivo final de que sejam declarados nulos, num outro processo judicial.

Como defendeu o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e candidato à reeleição, os conservadores da Pensilvânia consideraram que os votos por correspondência recibidos depois do dia das presidenciais devem ser considerados nulos, apesar de terem sido recebidos dentro do prazo. O Supremo Tribunal da Pensilvânia tinha alargado até sexta-feira à tarde o prazo limite para a receção dos votos enviados por correio, que aumentaram devido à pandemia da covid-19, causando atrasos no processamento pelo Serviço Postal norte-americano.

Os republicanos interpuseram uma ação para anular esses votos e por isso pediram ao Supremo federal, e até que haja uma decisão, faça cumprir a ordem de manter os boletins separados.

Novo Presidente dos EUA pode apenas ser conhecido em 20 de janeiro

Desconhece-se quando serão validados os resultados das presidenciais da passada terça-feira nos EUA, e aproxima-se um combate judicial, arrastando, em caso extremo, uma decisão até 20 de janeiro, quando um novo Presidente tem de tomar posse, nem que seja interinamente.

No meio de uma pandemia, com o Presidente cessante, Donald Trump, a contestar os resultados, anunciando que vai até ao Supremo Tribunal Federal, nenhum analista arrisca dizer quando se saberá quem vai ser o próximo Presidente dos Estados Unidos.

Por outro lado, nos Estados Unidos não há uma lei eleitoral nacional: cada Estado tem regras próprias e define os seus próprios cronogramas, seja para aceitar votos por correspondência e/ou antecipados, seja para definir os momentos da sua contagem ou para estabelecer formas de resolver casos de contestação. O processo pode passar pelo Supremo Tribunal e acabar no Congresso onde, segundo a Constituição, deverá ser escolhido um Presidente, que tem de tomar posse em 20 de janeiro, nem que seja interinamente, que, em situação extrema, pode ser o/a líder da maioria da Câmara de Representantes ou, seguinte na linha de sucessão, o/a presidente ‘pro tempore’ do Senado.

Presidente Donald Trump manterá poderes intactos até 20 de janeiro

A confirmar-se a vitória do candidato democrata, Joe Biden, nas eleições presidenciais de terça-feira passada, o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá manter os seus poderes até às 12:00 de 20 de janeiro de 2021, altura em que o próximo ocupante da Casa Branca será empossado.

A Constituição dos Estados Unidos prevê que o mandato presidencial tenha a duração exata de quatro anos, sendo que o presidente Trump assumiu o cargo a 20 de janeiro de 2017.

As disputas, a transição e um novo presidente

Os eleitores norte-americanos foram às urnas a 3 de novembro para elegerem um novo Presidente, mas as condições excecionais da eleição, que aconteceu durante a pandemia de covid-19, levaram ao atraso na contagem dos votos.

O compasso de espera, devido ao grande número de boletins de voto por correspondência, gerou indefinição na atribuição dos 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para eleger um presidente nos Estados Unidos da América.

Pensilvânia, Geórgia e Nevada são estados críticos onde não foi declarado um vencedor nos dias que se seguiram à eleição pelo elevado número de votos por contar e a margem muito reduzida de diferença entre os candidatos.

Leia aqui alguns pontos essenciais deste tema.

Trump anuncia conferência de imprensa esta tarde

O presidente dos Estados Unidos anunciou no twitter que vai decorrer uma "grande conferência de imprensa" esta tarde em Filadélfia, uma das cidades do decisivo estado da Pensilvânia onde o Partido Republicano está atrás dos Democratas. A conferência decorrerá pelas 16h30 (hora de Lisboa) .

 

Trump tem continuado muito ativo no Twitter a descrever o que diz serem fraudes na contagem dos votos, o que levou a rede social a alertar para a veracidade dos posts do atual presidente.

 

"Não há evidência de fraude" nas eleições

A Comissão Federal de Eleições dos Estados Unidos assegurou este sábado que, ao contrário do que tem alegado Donald Trump, não existem "evidências de fraudes" nas eleições deste ano.

Em declarações citadas pela CNN, Ellen Weintraub adiantou que "têm existido muito poucas queixas", mas "não há evidência de qualquer tipo de fraudes com os votos" das presidenciais.

Desde a noite das eleições que o candidato do Partido Republicano e o presidente dos Estados Unidos tem referido por várias vezes que existe fraude e corrupção nestas eleições, garantindo estar a ser roubado e que se fossem contados apenas os votos legais teria uma reeleição fácil.

Trump volta a declarar vitória
Antes da conferência de imprensa Donald Trump voltou a alegar, falsamente, que ganhou as eleições dos Estados Unidos. Apesar de Joe Biden estar à beira de garantido os 270 votos eleitorais para chegar à Casa Branca, Trump alega que a vitória foi sua e "por muito". 

O democrata segue à frente na contagem de votos no Nevada, Pensilvânia e Georgia, sendo que basta vencer num destes estados para ganhar as eleições (assumindo que o Arizona será ganho pelos democratas, tal como já declarou a Associated Press e a Fox News).


CNN declara Biden como vencedor das eleições

A estação de televisão norte-americana CNN considera que os democratas venceram na Pensilvânia pelo que já declaram Joe Biden o vencedor das eleições e próximo residente da Casa Branca.

A CNN (que não dá ainda a vitória a Biden no Arizona), soma os 20 delegados eleitorais da Pensilvânia aos 253 já contabilizados anteriormente, ficando assim superada a marca dos 270 delegados.

A CNN é até agora a única estação de televisão a declarar um vencedor das eleições, apesar de todas apontarem o democrata como tendo o caminho aberto para tal.

AP também declara Biden como próximo presidente dos EUA

Minutos depois da CNN, também a Associated Press declarou o democrata Joe Biden como o presidente dos Estados Unidos. A agência de notícias, considerada uma das fontes mais relevantes a declarar vitórias nas presidênciais, também dá a vitória de Biden na Pensilvânia. Nas contas da AP, Biden já tem 284 votos eleitorais.

 

 

Fox já deu vitória a Biden

A Fox News, estação de televisão considerada próxima dos Republicanos, também já atribuiu a vitórias nas eleições a Joe Biden. A Fox declarou Biden como o próximo presidente dos EUA depois de concluir que os democratas ganharam na Pensilvânia e no Nevada, chegando assim a 290 delegados eleitorais.

 

 

Biden reage a vitória: "É tempo de a América se unir"

Joe Biden já emitiu um comunicado depois de ter sido declarado vencedor das eleições, afirmando estar "honrado" pela "confiança" demonstrada pelos norte-americanos na sua candidatura e da vice-presidente-eleita Kamala Harris.

 

Conquistada a vitória nas eleições, Biden diz que é tempo de "colocar para trás das costas a raiva e a retórica dura" para nos "juntarmos com uma nação".

 

"É tempo de a América se unir", diz Biden no curto comunicado.

 
Biden também já reagiu nas redes sociais, onde reconhece ter um "trabalho duro pela frente" e promete ser o presidente de todos os norte-americanos.

Kamala Harris, que será a primeira mulher negra na vice-presidência, também reagiu no twitter à vitória nas eleições, garantindo estar preparada para iniciar o trabalho que tem pela frente.


Hillary Clinton diz que vitória de Biden é "repúdio de Trump e nova página para a América"
Hillary Clinton, candidata derrotada por Donald Trump em 2016, considera a eleição de Joe Biden para presidente dos EUA "um repúdio de Trump e uma nova página para a América".

No Twitter, Hillary escreve que "os eleitores pronunciaram-se e escolheram Joe Biden e Kamala Harris para serem os nossos próximos presidente e vice-presidente".

"É um 'ticket' que faz história, um repúdio de Trump e uma nova página para a América", acrescenta.

"Obrigado a todos que ajudaram isto a acontecer. Em frente, juntos", conclui.
Trump acusa Biden de precipitação e promete luta judicial

O Presidente dos EUA, Donald Trump, acusou o candidato democrata Joe Biden de "precipitação" ao anunciar que é o vencedor das eleições e promete apresentar contestações legais às projeções da imprensa norte-americana que concedem a vitória a Biden.

A Associated Press refere que Donald Trump garantiu que "não cede" e promete que vai contestar legalmente os resultados que dão a vitória a Biden, depois de vários dias a criticar a contagem dos votos.

A agência France-Press refere que Donald Trump acusou Biden de se precipitar ao anunciar já que era o novo Presidente norte-americano.

Rui Rio felicita Joe Biden por "importante vitória para o mundo"
O presidente do PSD, Rui Rio, felicitou hoje Joe Biden pela sua anunciada eleição como Presidente dos Estados Unidos da América, dizendo que foi "uma vitória muito importante para o mundo".

Rui Rio felicitou o candidato democrata com uma publicação em inglês na sua conta oficial no Twitter, acompanhada por imagens das bandeiras de Portugal e dos Estados Unidos.

"Parabéns, sr. Presidente. Uma vitória muito importante para o mundo", destaca Rio, que partilha igualmente a publicação no Twitter em que Biden assume a vitória.
Kamala Harris mostra conversa com Biden

A vice-presidente eleita dos Estados Unidos publicou no twitter a conversa com Joe Biden após o democrata ter sido declarado Presidente dos Estados Unidos.

 

Costa dá os parabéns a Biden pela vitória
Sucedem-se as reações à vitória de Joe Biden. O primeiro-ministro António Costa já o fez, também no twitter, onde dá os parabéns ao democrata, com quer trabalhar "no reforço das relações transatlânticas e na gestão de assuntos globais, como as alterações climáticas, a defesa da democracia e a segurança internacional".
Campanha de Trump vai avançar com processos por fraude

O advogado de Donald Trump, Rudy Giuliani, disse hoje numa conferência de imprensa em Filadélfia que a campanha do ainda Presidente dos Estados Unidos vai avançar com processos contra o processo eleitoral devido a "fraude".

 

"Os processos vão começar a ser levados a tribunal na segunda-feira", disse Rudy Giuliani, advogado do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, numa conferência de imprensa transmitida em vários meios de comunicação social, em que estava rodeado por alegados observadores republicanos que, disse, terão sido impedidos de inspecionar boletins de voto enviados por correio.

 

Rudy Giuliani, também antigo presidente da câmara de Nova Iorque, disse que "os votos por correio são mais suscetíveis a fraude", referindo ainda que Filadélfia, cidade tradicionalmente democrata, tem "um histórico muito grande de fraude eleitoral".

Obama orgulhoso pela vitória de Biden

O antigo presidente dos Estados Unidos Barack Obama saudou hoje a vitória histórica nas eleições presidenciais do seu antigo vice-presidente Joe Biden, considerando que tem "desafios extraordinários" pela frente.

"Nestas eleições, em circunstâncias nunca experimentadas, os americanos foram votar em números nunca vistos. E uma vez contados todos os votos, o Presidente-eleito [Joe] Biden e a vice-presidente-eleita [Kamala] Harris terão ganho uma vitória histórica e decisiva", pode ler-se numa declaração de Obama publicada na rede social Twitter.

O antigo presidente democrata (2008-2016) disse não poder "estar mais orgulhoso por congratular" Joe Biden e a próxima primeira-dama, Jill Biden, bem como "Kamala Harris e Doug Emhoff pela eleição inédita" da senadora como vice-presidente, sendo a primeira mulher negra e asiática-americana no cargo.



Sucedem-se as felicitações ao presidente eleito dos EUA, como a de vários líderes europeus, como o presidente do Conselho Europeu e a presidente da Comissão Europeia.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, felicitou hoje Joe Biden e Kamala Harris pela anunciada vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, afirmando esperar empenho para uma "forte parceria transatlântica".

 

Joe Biden fala ao país às 20:00 locais (01:00 em Lisboa)

O candidato democrata Joe Biden, que as projeções de imprensa apontam como o vencedor das eleições norte-americanas, irá falar ao país às 20:00 locais (01:00 TMG), a partir da sua cidade natal, Wilmington, Delaware, foi hoje anunciado.

"O presidente eleito Joe Biden fará um discurso à nação em Wilmington, Delaware, e será acompanhado por Jill Biden [mulher de Joe Biden], a vice-presidente eleita Kamala Harris e Doug Emhoff [marido de Kamala Harris]", anunciou, em comunicado, a campanha eleitoral do democrata.

Presidente da República saúda Biden e espera que relações se continuem a estreitar
Presidente da República saúda Biden e espera que relações se continuem a estreitar
O Presidente da República português saudou hoje o anunciado vencedor das eleições dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse esperar que as relações entre os dois países se continuem "a estreitar no futuro".

Numa declaração enviada à Agência Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa "saúda Joe Biden, Presidente-eleito dos EUA, de acordo com os resultados eleitorais anunciados".

"Com a certeza que as relações entre Portugal e os Estados Unidos da América, com mais de duzentos anos de história, se continuarão a estreitar no futuro, a bem dos dois Países e de todos os seus cidadãos, nomeadamente o milhão e meio de Portugueses e luso-descentes que ali vivem", refere.

"Mais espera, também, um aprofundamento das relações entre a União Europeia e os EUA, bem como no quadro da Nato", acrescenta o chefe de Estado.
Vitória de Biden ainda tem de passar por longo processo de certificação

A vitória de Joe Biden nas Presidenciais norte-americanas, hoje anunciada pelos principais media norte-americanos, requer um longo processo de certificação que varia de estado para estado e poderá demorar várias semanas.

A certificação dos resultados das eleições presidenciais nos EUA tem prazos e regras específicas em cada estado, mas todos devem terminar o processo até 14 de dezembro, dia em que o Colégio Eleitoral vota para eleger o Presidente.

A contabilidade dos votos passa por vários processos de verificação e confirmação, sendo enviada pelos oficiais de cada condado até ser certificada pelo secretário de estado de cada estado ou pela figura independente do chefe/administrador de eleições. O processo pode demorar semanas até ser completado.

Isto significa, como explica um diagrama processual do New York Times, que os resultados reportados pelos estados na noite da eleição e horas seguintes não são oficiais. Os resultados têm de ser confirmados e certificados até se chegar a um número final.

 

Apoiantes de Biden festejam nas ruas
Veja as imagens
Trump continua a dizer que ganhou as eleições

Horas depois de Joe Biden ter sido declarado como vencedor das eleições, Donald Trump reagiu pela primeira vez no twitter, disparando um conjunto de frases em caixa alta (ou seja, a gritar) onde insiste na fraude do processo eleitoral e que foi ele a ganhar.

"Ganhei as eleições. Tive 71 milhões de votos legais", escreveu o ainda presidente dos EUA.

 

 Num segundo tweet colocado na rede social logo de seguida repete que obteve 71 milhões de votos legais, o que representa um recorde para uma presidente que se recandidata. 

Esta afirmação de Trump dificilmente será classificada como potencialmente falsa pelo Twitter. Contudo, Donald Trump não disse que Joe Biden foi o presidente eleito com o maior número de votos de sempre e cerca e 4 milhões acima do republicano.

Quando as televisões norte-americanas declararam Biden vencedor das eleições Trump estava a jogar golfe. Estes tweets foram publicados minutos depois do presidente dos EUA ter regressado à Casa Branca.

Biden e Harris discursam em breve

O democrata Joe Biden, vencedor das presidenciais norte-americanas, e sua vice-presidente, Kamala Harris, vão em breve discursar perante a nação, no Chase Center – na cidade natal de Biden, em Wilmington (Delaware).

 

“Faz hoje 48 anos que Biden conquistou o seu primeiro assento no Senado, aqui em Delaware, e agora, 48 anos depois, está a caminho da Casa Branca”, comentou Arlette Saenz, da CNN.

 

Biden, que foi vice-presidente na Administração de Barack Obama, leva agora para esse cargo Kamala Harris, a primeira mulher a ocupá-lo.

 

Espera-se que Biden mantenha a mensagem, no discurso de hoje, de que vai ser um presidente para todos os americanos, apelando à união do país.

Donald Trump, que continua a contestar o resultado das eleições, é o 11º presidente dos EUA a não ser reeleito para um segundo mandato.

Kamala Harris: as pessoas têm o poder de construir um futuro melhor
Kamala Harris: as pessoas têm o poder de construir um futuro melhor
A vice-presidente eleita, Kamala Harris, está a discursar em Wilmington (Delaware) e realçou que as pessoas têm o poder de construir um futuro melhor.

 

Kamala Harris falou sobre a vida e o legado do falecido republicano John Lewis, recordando aos americanos que "a democracia não é um dado adquirido".

 

A democracia, sublinhou, "só é forte na medida em que for forte a nossa vontade de lutar por ela".

"E quando a nossa democracia esteve a votação, nestas eleições, com a própria alma da América em jogo e com o mundo inteiro a assustir, vocês trouxeram um novo dia à América", afirmou.

"Vocês escolheram a esperança e a união, a decência, a ciência e, sim, a verdade", afirmou, acrescentando que "apesar de eu ser a primeira mulher neste cargo, não serei a última".


Biden: os americanos escolheram e deram-nos uma vitória clara

Joe Biden disse, no seu discurso desta noite, que os americanos lhe deram "uma vitória clara".

 

"As pessoas desta nação falaram e deram-nos uma vitória clara.Uma vitória convincente. Uma vitória para ‘Nós, o Povo’", afirmou, aludindo à frase de abertura no preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos.

 

"Ganhámos com o mais alto número de votos numa eleição presidencial na história da nação", acrescentou. "74 milhões" [de votos].

Aquele que será o 46.º presidente dos EUA falou também na sua família e teceu rasgados elogios à sua mulher, a educadora Jill Biden. "Como já disse muitas vezes, sou o marido da Jill e não estaria aqui sem o apoio dela, dos meus filhos, netos, genros e noras e toda a família. A minha mulher é uma educadora e para todos os professores hoje é um dia importante, têm um deles na Casa Branca".

 

Biden falou também sobre a "enorme honra" de servir ao lado de Kamala Harris, que "representa aqueles que lutaram muito para conseguirem o que desejam".


"A quem votou no presidente Trump, compreendo a vossa desilusão esta noite. Também já perdi algumas vezes, mas é hora de darmos uma hipótese uns aos outros", declarou.

 

E prosseguiu: "Acredito nisto: os americanos escolheram-nos para mobilizarmos as forças da decência e as forças da justiça. Para mobilizarmos as forças da ciência e as forças da esperança nas grandes batalhas desta nossa era".

Biden: não quero Estados Vermelhos e Estados Azuis. Quero Estados Unidos
Biden: não quero Estados Vermelhos e Estados Azuis. Quero Estados Unidos

No seu discurso desta noite, Joe Biden invocou a Bíblia, dizendo que para tudo há um tempo – um tempo para construir, um tempo para colher, um tempo para semear. E um tempo para curar. "Este é o tempo de curar a América".

 

"Não podemos consertar a economia, restaurar a nossa vitalidade ou saborear os momentos preciosos da vida – abraçar um neto, aniversários, casamentos, cerimónias de graduação, todos os momentos que nos são mais importantes – enquanto não tivermos este vírus sob controlo", declarou, referindo-se à covid-19, que nos EUA já provocou mais de 237 mil mortos.

 

Biden disse também que se compromete "a ser um presidente que procura não dividir, mas sim unir. Que não quer Estados Vermelhos [republicanos] e Estados Azuis [democratas], mas sim Estados Unidos".

 

"Trabalharei com todo o meu afinco para conquistar a confiança de todos os norte-americanos".


"Esta noite, o mundo inteiro está a olhar para a América e acredito que, no nosso melhor, somos uma referência para o planeta. Iremos liderar não só pelo exemplo do nosso poder, mas também pelo poder do nosso exemplo", afirmou.

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