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Berlusconi "satisfeito e comovido" com resultados da cimeira
O primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, manifestou hoje a sua "satisfação e comoção" com os acordos obtidos em torno do Afeganistão e no reforço da parceria com a Rússia durante a cimeira da NATO em Lisboa.
20 de Novembro de 2010 às 18:00

O chefe do executivo italiano revelou que vai reunir-se com o Presidente russo Dmitri Medvedev, no dia 3 de Dezembro em Sochi [estância russa no leste do mar negro]. Uma cimeira bilateral, informou, destinada a efectuar o balanço "deste trabalho comum".
A formação do Exército e polícia afegãs foi o primeiro aspecto sublinhado pelo chefe do executivo transalpino, antes de revelar que a Itália respondeu ao apelo do secretário geral da NATO e do Presidente dos EUA, Barack Obama, e prometeu "o envio de 200 instrutores que vão formar forças militares e policiais no Afeganistão".
Berlusconi destacou ainda a contribuição italiana, e frisou que após os Estados Unidos e o Reino Unido, a Itália é o terceiro país com maior presença no Afeganistão, com 4.230 militares.
Ao abordar a anunciada fase final do período de transição, com conclusão prevista para 2014, Berlusconi disse que foi garantido ao Afeganistão "um apoio que vai prosseguir do ponto de vista comercial e económico". Mas alertou para a necessidade de o país se tornar numa "verdadeira democracia" e consiga "derrotar a Al Qaida e outras forças terroristas".
A aposta na preservação do "prestígio da Itália no plano internacional" foi outro aspecto enfatizado por Berlusconi. Recordou que o país é o sexto contribuidor das Nações Unidas e o terceiro contribuidor da União Europeia (UE). E que em termos de envolvimento militar na NATO, a Itália "está em igualdade com a Alemanha e a França". Porque a importância de um país no palco internacional também deriva "do que faz em termos concretos, em termos militares".
O projecto de uma "defesa comum europeia" foi ainda recordado por Berlusconi, que neste aspecto considerou a Europa "um pigmeu comparado com as forças militares dos Estados Unidos, Rússia ou China" e que "se acomoda sempre às decisões dos outros".