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BE e PCP apresentam projectos para suspensão da reestruturação Estaleiros de Viana

O Bloco de Esquerda vai propor hoje na Comissão de Defesa Nacional a "suspensão da decisão" da administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo de despedir 380 trabalhadores, um dia antes de iniciativa idêntica do PCP.

19 de Julho de 2011 às 10:53
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Além da suspensão do plano de reestruturação, aprovado a 14 de Junho pelo accionista Empordef, o agrupamento do BE quer que o Governo "reanalise esta situação elaborando um plano de viabilização que permita garantir não só os postos de trabalho como também a viabilização e defesa da capacidade própria deste estaleiro".

Na proposta, a discutir esta tarde na Assembleia da República, lê-se que será um "drama social de toda a região" o "desmantelando uma indústria de vital importância para o crescimento económico do país" e o envio "para o desemprego um número tão significativo de trabalhadores".

O plano da actual administração, conhecido na véspera da tomada de posse do novo Governo, previa a saída de 380 dos 720 trabalhadores da empresa até final do ano, como forma de reduzir os custos operacionais.

Em 2010 a empresa fechou com prejuízos de 40 milhões de euros e o passivo acumulado ascende a 200 milhões de euros.

"É nossa convicção que este designado Plano de Viabilização e Reestruturação dos ENVC é o primeiro passo para proceder à privatização dos ENVC", dizem por outro lado os deputados do BE.

Na quarta-feira é a vez do PCP apresentar outro projecto de resolução para suspender igualmente a reestruturação nos estaleiros de Viana, tal como tinha anunciado a 24 de Junho, de visita aos estaleiros, o deputado Honório Novo.

"Suspensão da decisão de concretizar e implementar o programa de viabilização e reestruturação dos ENVC, por considerarmos tratar-se de uma decisão ilegítima", explicou na altura.

O deputado comunista denunciou ainda a "ilegitimidade" da autorização para disponibilizar os 13 milhões necessários para os despedimentos e a validação da administração da Empordef ao programa de reestruturação "nove dias depois de realizadas as eleições".

"Vamos convidar os deputados a suspenderem uma decisão ilegítima e com repercussões sociais e económicas profundamente determinantes na economia regional e nacional", apontou ainda.

O ministério da Defesa anunciou para 02 de Setembro uma solução sobre o futuro da empresa, enquanto é estudada a situação da empresa e a proposta de reestruturação aprovada pelo anterior Governo.

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