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BCE mantém taxas de juro da Zona Euro nos 3,75%

O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a sua taxa de juro de referência nos 3,75%, apesar dos últimos indicadores terem apontado para o recuo das pressões inflacionistas e para o abrandamento da economia da Zona Euro.

25 de Outubro de 2001 às 12:45
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O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a sua taxa de juro de referência nos 3,75%, apesar dos últimos indicadores terem apontado para o recuo das pressões inflacionistas e para o abrandamento da economia da Zona Euro.

A taxa de inflação média da Alemanha, a maior economia da Zona Euro, recuou para os 2,1% até meados de Outubro, aproximando-se da meta traçada pelo BCE para este indicador, que se situa nos 2%, segundo dados divulgados ontem pelo Governo germânico.

A tendência de descida dos preços no consumidor surge na mesma altura em que a economia alemã está prestes a entrar em recessão, segundo defenderam os seis institutos de conjuntura da Alemanha no início desta semana.

A Alemanha representa cerca de um terço do produto interno bruto (PIB) da Zona Euro, pelo que uma retracção da economia poderá alastrar-se aos restantes países que partilham a moeda única.

No entanto, o BCE preferiu continuar a aguardar por novos indicadores que confirmem o recuo das pressões inflacionistas na Zona da moeda única, antes de voltar a baixar o preço do dinheiro.

O presidente do BCE, Wim Duisenberg, disse recentemente que só haverá espaço para efectuar alterações na política monetária quando a inflação europeia atingir os valores pretendidos, ou caso a aproximação a esses valores aconteça antes do previsto.

Antes da reunião do BCE, os analistas estavam divididos sobre se ocorreria já hoje uma redução dos juros, tendo em conta os dados ontem divulgados.

Desde o início do corrente ano, a autoridade monetária da zona da moeda única reduziu a sua taxa directora num total de 75 pontos base, o que compara com o corte de 400 pontos base efectuado pela Reserva Federal (FED) norte-americana, colocando a sua principal taxa de juro nos 2,5%, o valor mais baixo dos últimos 30 anos.

A descida dos juros costuma estimular o crescimento económico, através da redução dos encargos afectos à contracção de financiamentos, o que permite aos particulares e empresas aumentarem os seus níveis de consumo e investimento.

No entanto, os cortes de juros podem também levar ao incremento das pressões inflacionistas, devido ao aumento da procura, o que está a condicionar as decisões do BCE nesta matéria.

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