Notícia
Barroso diz que é "praticamente seguro" que De Guindos seja o próximo líder do Eurogrupo
O antigo presidente da Comissão Europeia diz que os seus contactos em Bruxelas lhe asseguram que o ministro espanhol das Finanças vai suceder a Jeroen Dijsselbloem. Em entrevista, Barroso disse também que Merkel, apesar da sua fama, é menos dura do que os líderes de países como a Holanda, Finlândia e Eslováquia.
Sai um holandês, entra um espanhol para a liderança do Eurogrupo. Durão Barroso está confiante que Luis de Guindos vai suceder a Jeroen Dijsselbloem como presidente dos ministros das Finanças da Zona Euro.
O antigo primeiro-ministro português considera que é "praticamente seguro" que o actual ministro das Finanças espanhol se torne o novo presidente do Eurogrupo.
Barroso disse que esta é uma "candidatura forte" e citou os contactos que mantém em Bruxelas que lhe asseguram a eleição de De Guindos para o cargo. Jeroen Dijsselbloem foi eleito em Janeiro de 2013 e o seu mandato vai terminar em Julho.
As declarações de Durão Barroso foram feitas esta quarta-feira, 15 de Abril, numa entrevista à Radio Nacional de Espanha.
Na entrevista, o político português recordou também momentos "dramáticos" da história recente da União Europeia, como na cimeira do G-20, em Novembro de 2011, em que Angela Merkel derramou lágrimas ao ser pressionada por vários países que pediam que a Alemanha disponibilizasse mais dinheiro para a Grécia.
Barroso disse que Merkel, apesar da sua fama, é menos dura com os parceiros europeus do que os líderes de países como a Holanda, Finlândia e Eslováquia que têm sido mais "duros" e que mostram mais dúvidas em ajudar os gregos.
"É redutor apresentar a Alemanha como a má", disse o antigo primeiro-ministro português, que sublinhou que, para Berlim, o euro é uma "aposta existencial", com vários parceiros a esconderem-se atrás dos alemães.
Olhando para a Grécia, a possibilidade de Atenas abandonar a moeda única é bem real neste momento, considera Durão Barroso.